A região do Cidadelle e atacadões ilheenses em foto de José Nazal
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Vice-prefeito de Ilhéus, o fotógrafo e memorialista  José Nazal participou, em 2019, da elaboração da lei que redefine os limites dos bairros de Itabuna.

No último final de semana, deparou-se com a notícia de que 67 localidades itabunenses tinham casos confirmados do coronavírus. Na lista, o bairro de alto padrão Cidadelle, que fica em território ilheense.

Em tom de pilhéria, Nazal não deixou passar em branco:

– Até o Cidadelle está como bairro de Itabuna… Vou ter que abrir outra vez a Batalha de Quiricós, como batizou Ricardo [Ribeiro].

Há cerca de 10 anos, Itabuna e Ilhéus quase entram em guerra – no sentido literal do termo – pela área que envolve a Ilha de Quiricós, na região do Cidadelle e das redes Atacadão e Mineirão Atacarejo (ex-Makro).

Itabuna havia “mordido” pedaços de terra de Ilhéus na região que vai do Maxxi e Jardim das Hortênsias à Nova Califórnia há quase 30 anos.

Duas décadas depois, reivindicaria a área que envolve a Ilha e parte do Rio Mutucugê. Perdeu. A renhida disputa foi definida pelo jornalista, fundador do Pimenta e hoje delegado Ricardo Ribeiro como “Batalha de Quiricós”.

Mais dois municípios têm transporte intermunicipal suspenso
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Mais de 80% dos municípios baianos estão com transporte suspenso por causa da covid-19. À lista, serão acrescentados, amanhã (10), Angical, Aracatu, Barra da Estiva, Botuporã, Central, Guajeru, Iuiu, Laje, Malhada, Mortugaba, Muquém de São Francisco, Nilo Peçanha, Nova Canaã, Piatã, Quijingue, São Miguel das Matas, Serra do Ramalho e Ubaíra terão o transporte intermunicipal suspenso a partir de quarta-feira (10).

A medida de suspensão de transporte, que foi prorrogada até o dia 21 de junho, tem o objetivo de conter o avanço do coronavírus na população baiana. Ficam proibidas nesses municípios a circulação, saída e chegada de qualquer transporte coletivo intermunicipal, público e privado, rodoviário e hidroviário, nas modalidades regular, fretamento, complementar, alternativo e de vans.

A decisão foi publicada em decreto no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (9). O decreto ainda autoriza a retomada do transporte em Anagé, Brotas de Macaúbas, Itapebi, Jaborandi, Jiquiriçá, Jussara, Lajedão, Maraú, Matina, Mirante, Nova Soure, Palmeiras, Paramirim, Paratinga, Rio do Pires, Souto Soares, Tanque Novo, Utinga e Varzedo, cidades com 14 dias ou mais sem novos casos de Covid-19. No “leia mais” confira a lista completa de municípios sem transporte.Leia Mais

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Ao invés de combater a doença, combate-se a percepção de que ela existe, saindo do campo da ciência e atuando na comunicação e na política, seguindo a cartilha do ditador do Turcomenistão.

Andreyver Lima || andreyver@gmail.com

Uma das diferenças entre democracia e ditadura, é que na democracia pelo menos você tem uma chance lutar. Não é o fim em si, mas um método de convívio político-social. Mesmo na democracia, é preciso continuar lutando por liberdade, dignidade, transparência e acesso ao conhecimento. Numa democracia, você tem a chance de pouco a pouco avançar. Porém numa ditadura, a primeira vítima é a verdade, o acesso à informação e ao conhecimento. Amarrando suas mãos e te jogando no escuro para morrer vendado na ignorância sem ter ideia do que está acontecendo.

Desde o final da semana passada o Governo Federal, durante uma emergência de saúde pública, parece fazer um esforço coordenado para deixar o Brasil no escuro, sem saber os números relacionados à doença. O atraso na divulgação dos boletins do Ministério da Saúde sobre o avanço do vírus, aconteceu justamente quando o país bateu recordes no número de óbitos por dia. Só a mudança brusca na divulgação dos dados já é o suficiente para desconfiar das intenções do Ministério da Saúde.

Quando a maior autoridade sanitária do país passa a omitir e esconder dados durante uma epidemia, gera uma cadeia de desconfiança em toda a sociedade. Talvez a intenção seja de deixar os telejornais noturnos sem as informações atualizadas.

Esse método letal de manipular as informações já foi utilizado no Brasil na grande epidemia de meningite, durante a ditadura na década de 70. E mais recentemente foi utilizado pelo ditador do Turcomenistão, Gurbanguly Berdimuhamedow, que, no meio da crise atual, proibiu que os jornais usassem o nome do vírus. A palavra “coronavírus” não pode aparecer em publicações oficiais, notícias da mídia estatal e nem mesmo em conversas de bar. A estratégia é de que uma crise não existe, se você proibir que se fale sobre ela.

No Brasil, o resultado dessa estratégia vai passar a mensagem de que o país tem menos mortes e menos casos da Covid-19. Ao invés de combater a doença, combate-se a percepção de que ela existe, saindo do campo da ciência e atuando na comunicação e na política, seguindo a cartilha do ditador do Turcomenistão.

Andreyver Lima é comentarista político no Jornal Interativa News 93,7FM e editor do site sejailimitado.com.br