Rosivaldo Pinheiro diz que conjunto da Câmara de Vereadores se perdeu no processo
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O jornalista Oziel Aragão realizou uma transmissão ao vivo (live) pelo Instagram, na última segunda-feira (24), com o pré-candidato a vereador de Itabuna pelo Progressistas (PP) Rosivaldo Pinheiro. Questionado se a Câmara de Vereadores poderia fazer mais nesse momento de pandemia, Rosivaldo disse que faltou no parlamento “uma voz que ecoasse” para reduzir os problemas gerados pela covid-19 na cidade.

“Um vereador pode fazer uma ação parlamentar tanto de fiscalização quanto de elevar o debate e buscar os atores importantes para resolver o problema. Por exemplo: nós tínhamos, enquanto Câmara, que ter uma ação coordenada para buscar o governo do estado, fazer as pressões necessárias também em cima do governo municipal e dos deputados federais, estes para irem para dentro do governo federal, para nesse arcabouço de forças conseguir combater o problema. Tem que elevar o discurso”.

HOSPITAL DE CAMPANHA

Dentre os exemplos citados por Rosivaldo como ações que faltaram ser praticadas pelos vereadores de Itabuna está a implantação de um hospital de campanha. “[A Câmara] tinha que ter gritado a respeito do hospital de campanha E também em relação aos testes. A metodologia é que a gente questiona. Existem alguns [vereadores] voluntariosos fazendo a fiscalização”, completou.

Ele, no entanto observa que não vale oposição por oposição. “Eu costumo dizer, e eu sou muito responsável com o que digo e sem medo de dizer o que penso, que a gente tem que fazer oposição propositiva, porque enquanto estivermos só discordando, estamos jogando palavras ao vento, buscando holofotes só para nós”, destacou, fazendo a ressalva de que não quer passar a impressão de estar usando a crítica em função da disputa eleitoral.

“O parlamento se esforça, mas peca na metodologia. Quando à população diz que não vê vereador, não vê Câmara, ela até vê, mas não percebe no seu cotidiano a voz altiva que ela elegeu. E, talvez por isso, haja o sentimento na população de que a Câmara falhou. Nesse momento de pandemia, não tem isso de oposição e situação não, o que tem é que atuar na defesa da vida, responsabilidade de todos”.

VILAS-BOAS NÃO VEIO A ITABUNA

Oziel Aragão questionou a Rosivaldo o que ele faria se fosse voz única de oposição na Câmara, caso ocupasse um cargo de vereador. “Se eu estivesse na Câmara de Itabuna hoje e fosse o único opositor, eu iria para a imprensa, iria pra os meios possíveis de comunicação, redes sociais, faria os apelos necessários e iria procurar, mesmo sendo oposição, ter um encontro com o prefeito da cidade, um encontro com deputados estaduais e federais que representam a região, o secretário de saúde, Fábio Vilas Boas, que está faltando vir a Itabuna”, disse.

Comparando as Câmaras eleitas nos últimos anos, o economista refletiu: “A gente renovou a Câmara em 2012, só ficando um reeleito. E como foi a Câmara de 2012? Alguém lembra? A Câmara de 2016, como os reeleitos se comportam? Eu me coloco como ponte porque é como ponte que a gente avança. Nesse tempo que eu estou na política eu tenho feito essas pontes e conversado com todos os setores”.

Rosivaldo também disse ter conversado com 80% dos pré-candidatos a prefeito de Itabuna em 2020 para, segundo ele, falar da necessidade de unidade. “Se eu e você na imprensa ou na luta política fazemos isso, as pessoas que estão no parlamento também têm que fazer. Senão só teremos reclamação e não teremos ação. Está posto esse desafio para Itabuna”.

VEREADORES “PERDIDOS”

Por fim, disse ver abnegados no legislativo, mas diz que o conjunto está perdido no processo político. “Ou seja, a metodologia eu questionaria se eu estivesse no parlamento, e conversaria para melhorar isso. E se você mexe na metodologia, você tem que mexer no conteúdo também”, concluiu o pré-candidato.

Na live, Rosivaldo ainda falou sobre gestão da saúde no contexto da pandemia e os problemas enfrentados pelo setor cultural no país. Clique aqui e confira a entrevista completa.

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