Cidade de São Paulo concentra PIB||Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias
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71 municípios concentram quase metade do Produto Interno Bruto (PIB) do país, em 2018. Isso corresponde a apenas 1,3% das 5.570 das localidades brasileiras, e onde vivia um terço da população. Essa concentração da economia em poucos municípios, contudo, vem reduzindo, como mostra levantamento divulgado, nesta terça-feira (16), pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).

“A ampliação do número de municípios, entre 2002 e 2018, permite identificar a tendência à desconcentração, com municípios de menor PIB ganhando participação em relação aos de maior. Em 2002, 48 municípios concentravam quase a metade do PIB (49,9%). Já em 2018, foram necessários 71 municípios para alcançar esse mesmo percentual”, explica o analista de Contas Nacionais, Luiz Antônio de Sá.

Essa desconcentração pode ser vista em outros recortes. Em 2018, oito municípios somaram quase 25% do PIB nacional: São Paulo (SP) com 10,2%; Rio de Janeiro (RJ) com 5,2%; Brasília  com 3,6%; Belo Horizonte (MG) com 1,3%; Curitiba (PR) com 1,2% e, com 1,1% cada, Manaus (AM), Porto Alegre (RS) e Osasco (SP). Em 2002, apenas quatro municípios detinham um quarto da economia nacional.

Entre os 25 municípios de maior PIB, 13 eram não capitais e 12 capitais em 2018. Na comparação com 2017, Belém (PA) perdeu o posto nesse ranking para a Niterói (RJ). Dentre os que não eram capitais, todos estavam na região Sudeste: 10 eram paulistas, dois fluminenses e um mineiro.

“Em 2018, os municípios das capitais representavam 31,8% do PIB nacional, menor participação da série, iniciada em 2002. A cidade de São Paulo tinha maior participação (10,2%) e Rio Branco, no Acre, era a última da posição entre as capitais, com contribuição de 0,1% entre as capitais”, detalha o analista do IBGE.

A participação dos 100 municípios com os maiores PIBs também reduziu, entre 2002 e 2018, de 60% para 55,0%. Na comparação anual, a queda de concentração foi de 0,3% percentual em relação a 2017, quando a participação era de 55,3%. Três capitais estavam fora da lista dos 100 maiores PIBs: Boa Vista (RR), na 105ª posição; Palmas (TO), na 116ª; e Rio Branco (AC), na 127ª posição.

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Mais Futuro chega para estudantes, mesmo no cenário sem aulas devido à pandemia do Covid-19
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O crédito do Mais Futuro para 3.101 estudantes das universidades públicas estaduais baianas (Uneb, Uefs, Uesb e Uesc), que se enquadram no perfil moradia do programa, será efetuado nesta quinta-feira, dia 17, pelo Governo da Bahia. Com a nova parcela, no valor de R$ 1.859.700,00, o investimento do Estado no programa já totaliza R$ 45.076.200,00 neste ano.

O coordenador executivo de Programas e Projetos Estratégicos da Secretaria da Educação do Estado, Marcius Gomes, explicou que existem dois perfis de beneficiários do auxílio estudantil do Mais Futuro. O perfil moradia, formado por estudantes que estudam a mais de 100 km dos locais onde moram e que recebem R$ 600,00 por mês, durante 12 meses.

O outro perfil é o básico, daqueles que estudam no mesmo local onde residem e que recebem oito parcelas de R$ 300,00 por mês, durante oito meses, e cujos valores já foram todos depositados pelo Estado, de março a outubro deste ano.

“O Governo do Estado mantém o compromisso do crédito do Mais Futuro para os estudantes, mesmo no cenário de suspensão das aulas devido à pandemia do novo Coronavírus. Com isto, reafirma a Educação Superior como uma política de Estado e o Mais Futuro como um programa de assistência estudantil, que garante a inclusão social e a permanência no Ensino Superior de estudantes que se encontram em uma situação de vulnerabilidade socioeconômica”, afirmou Marcius Gomes.

Desde que foi lançado, em 2017, o Mais Futuro já beneficiou 17.931 universitários das quatro universidades estaduais. O total do investimento no programa, compreendendo o período entre junho de 2017 até o momento, foi de R$ 128.537.600,00. Os recursos do programa são oriundos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação à Pobreza (Funcep).