Confira o edital
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A Faculdade Independente do Nordeste (Fainor), instituição privada de ensino superior localizada em Vitória da Conquista, abriu processo seletivo para contratação de psicólogo(a), por tempo determinado, em regime de prestação de serviço.

O cargo exige graduação em Psicologia e especialização na área, em Ciências Humanas ou Ciência Sociais Aplicadas. A seleção ocorrerá por meio de prova de títulos e entrevista.

As inscrições devem ser feitas por e-mail (psicologia@fainor.com.br), até as 17h30min desta quarta-feira (10).

Acesse a ficha de inscrição e outras informações no edital.

Gardenha Rocha é vacinada contra a Covid-19
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Um projeto desenvolvido por voluntários tem ajudado profissionais da saúde e da segurança a enfrentar a ansiedade e o pânico em meio à pandemia do novo coronavírus. O projeto PSI ABCT é uma iniciativa de profissionais de psicologia ligados à Igreja Batista Teosópolis de Itabuna.

Na sexta-feira (5), a equipe de profissionais acompanhou a vacinação contra a doença de Gardenha Rocha para que vencesse seus medos. Ela, que atua como recepcionista em uma Unidade Básica de Saúde, precisou trabalhar durante a pandemia e enfrentava ansiedade e pânico.

Gardenha relatou que o apoio de profissionais tem ajudado as suas dificuldades para lidar com a doença. “Estou muito mais tranquila, estava com medo de me vacinar quando sei que é muito importante”, disse.

O projeto PSI ABCT conta com cinco profissionais da área de psicologia e tem o apoio do Ministério da Ação Social da Igreja Batista Teosópolis de Itabuna. Já foram atendidas 60 pessoas desde a criação do projeto.

Para Geraldo Meireles, pastor presidente da igreja, o projeto PSI-ABCT representa “a consciência de responsabilidade social colocada à serviço do Reino de Deus, por profissionais da área de Psicologia, que se uniram para socorrer pessoas carentes e, agora durante a pandemia, os profissionais da segurança e da saúde”.

Presidente da Emasa presta homenagem a funcionária no Dia da Mulher
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As colaboradoras das três unidades da Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa) foram recebidas, na chegada ao trabalho, com rosas e uma mensagem parabenizando-as nesta segunda-feira, dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher.

O presidente da Emasa, Raymundo Mendes Filhos, e os diretores Bruno Mendonça, José Silva e Silva e José Erivânio prestaram a homenagem em nome da empresa. O presidente Raymundo Mendes destacou a importância da mulher na sociedade, suas lutas e conquistas, salientando a importância do papel desempenhado pelas servidoras da Emasa.

“Todos nós sabemos como foi a luta das mulheres para conquistar mudanças comportamentais em nossa coletividade. Atualmente, a presença de vocês no mercado de trabalho é de suma importância. A Emasa é privilegiada por contar com colaboradoras tão comprometidas e extremamente competentes”, disse Mendes.

A coordenadora de Assistência Social da Emasa, Maria D’Ajuda Nascimento, agradeceu em nome das colegas e disse que homenagens como a de hoje servem para valorizar e elevar a autoestima das funcionárias. “Esse tipo de homenagem mostra o reconhecimento da direção da empresa à mão de obra feminina e eleva a nossa autoestima, pois, valoriza o nosso trabalho. Em nome das demais mulheres do nosso quadro de pessoal, agradeço pela lembrança”, finalizou D’Ajuda.

Vale-alimentação estudantil será retomado agora em março
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O Vale-alimentação Estudantil do Governo do Estado será retomado agora em março, segundo anúncio feito, na manhã desta segunda-feira (8), pelo governador Rui Costa em suas redes sociais.

– Dia 15 de março vamos iniciar o ensino remoto em toda a rede estadual. Estamos programando o auxílio-alimentação de R$ 55 para cada aluno da rede – afirmou o governador.

O saque da quinta parcela do benefício será realizado com o mesmo cartão que já vem sendo utilizados pelos estudantes.

Cerca 800 mil estudantes que estavam regularmente matriculados e com frequência registrada nas escolas estaduais vão receber o vale-alimentação. Nesta quinta parcela serão destinados mais R$ 44 milhões, totalizando um investimento de R$ 220 milhões de recursos próprios do Governo do Estado.

Exposição em homenagem a Maryam Mirzakhani (1977-2017), única mulher a ganhar a Medalha Fields, maior honraria da Matemática, durante o Encontro Mundial para Mulheres em Matemática (WM)², no Riocentro.
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A presença feminina em postos de liderança e em áreas de destaque, como a ciência e a política, ainda é menor que a masculina. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), atualmente, elas são cerca de 54% dos estudantes de doutorado do Brasil. Mas tanto aqui como no resto do mundo, essa participação varia de acordo com a área do conhecimento.

Nas ciências da saúde, por exemplo, as mulheres são maioria (mais de 60%), mas nas ciências da computação, engenharia, tecnologia e matemática elas representam menos de 25%, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).

Globalmente, ainda de acordo com a ONU, menos de 30% dos pesquisadores e cientistas são mulheres.

Para a dermatologista Valéria Petri, primeira médica a detectar o HIV no Brasil, em 1982, as mulheres são sinônimo de coragem e força. Elas não costumam desistir, não recusam desafios e estão sempre dispostas a mostrar seu valor.

“Tem o 8 de março que faz as pessoas dizerem assim: ah eu adoro as mulheres. É? Não diga. Tem o 8 de março que aparecem as mulheres que tem a coragem que eu nunca tive. Vou te dizer que coragem elas têm. Elas acordam às 4h da manhã, pegam um transporte, dois transportes, ou três e chegam no trabalho. Seja o que for que ela for fazer, ela está gostando do que ela faz, ela capricha. Ela se diverte, ela se sente bem e ela mostra o que ela é mesmo. Uma pessoa que contribui com a humanidade. É isso que é a mulher”, afirma a médica.

Valéria relembra que, no surgimento dos primeiros casos de HIV no Brasil, a síndrome foi tratada, a princípio, com preconceito, principalmente entre alguns médicos homens. “Eu não recuso, nem as mulheres recusaram. As mulheres não recusaram. Agora, os homens da época ficaram até bravos comigo quando eu mandava pacientes para serem examinados em outras áreas. Alguns diziam: você não me manda estes pacientes porque eu não quero. Por que? Porque para os homens é mais difícil lidar com a transgressão”, afirma.

Mesmo atuando em ambulatórios, Valéria conta que sempre se interessou pela pesquisa científica e pela publicação de seus estudos em livros e revistas da área de saúde.

“Pesquisa é o que a gente faz o tempo todo. Quando você examina um paciente, você precisa saber tudo a respeito daquele caso, você vai procurar. Enquanto eu não resolvesse, eu não sossegava. Depois você se entusiasma para publicar os casos porque é parte do dever acadêmico. Você participa das reuniões científicas, você se relaciona com as pessoas no nível nacional e internacional. Eu fui fazendo isso como um processo natural mesmo, e eu precisava vencer. Porque eu não ia desistir no caminho”, conta.

Depois da descoberta na década de 80, a médica ganhou prestígio internacional, publicou vários livros e chegou a ocupar o cargo de vice-reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), instituição da qual ela é professora titular desde 1996.

MULHERES NO ESPORTE

A presença de mulheres em rotinas pesadas de treinos e competições é um fenômeno recente. Ao longo da história, o mito da fragilidade feminina ficou para trás e elas passaram a conquistar destaques, medalhas e pódios, tanto no nível do esporte amador quanto profissional.

É o caso da ex-ginasta Laís Sousa, que ficou internacionalmente conhecida com suas acrobacias e saltos ao fazer parte da equipe de ginástica artística brasileira.Leia Mais

Dona Maurina teve que deixar a casa onde morava após 60 anos
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Celina Santos

Uma mulher firme e, ao mesmo tempo, doce, que chega na próxima quarta-feira (10) aos 89 anos de vida. Para os moradores do Banco Raso, em Itabuna, dona Maurina dos Anjos Oliveira está no imaginário como aquela que costurou e lavou roupas para muitas famílias.

Mais recentemente, teve a imagem tornada pública, porque foi alvo de uma ação de despejo que lhe tirou a casa onde viveu por cerca de 60 anos e onde criou nove filhos. Aquele imóvel fora doado de forma verbal, como uma espécie de indenização trabalhista, ao marido dela, o saudoso seu Casé.

Esta jornalista que vos escreve traz a trajetória de dona Maurina neste Dia da Mulher, que transcorre em 08 de março. Dois dias antes do aniversário de 89 anos dela, hein? Em ligeiras palavras, é a história de uma figura feminina tão querida por onde passa.

Além disso, considero mais do que legítimo reiterar e – por que não dizer? – gritar a todos os ouvidos possíveis que essa personagem real foi injustiçada em plena pandemia. Um tempo que tanto motiva as mais diversas faces da vulnerabilidade de TODOS nós.

“VAKINHA” DE AMOR AO PRÓXIMO

Ao mesmo tempo, compartilhamos sobre um movimento de apoio nutrido entre família e amigos (braços tão fortes na construção das relações humanas).

Um conjunto de vozes que se levanta, inclusive no vasto espaço das redes sociais, para buscar apoio numa “vakinha” iniciada em janeiro, para contribuir com a compra de uma casa no bairro onde dona Maurina vive há décadas.

No link https://www.vakinha.com.br/vaquinha/idosa-de-itabuna-sonha-com-casa-propria é possível fazer parte desta corrente solidária.

EVENTOS PLANEJADOS

Outra frente planejada para reforçar o montante a ser adquirido com a citada vakinha é a realização de eventos virtuais, no esquema “drive-thru” ou para entrega em bairros vizinhos. É o caso de um leilão de tortas, feijoada, bazar, entre outras iniciativas possíveis neste momento norteado pelas medidas sanitárias.

Vale reiterar, ainda, que aqui se fala sobre uma construção coletiva de ideias frente à mais absoluta indignação ao ver uma adorável mulher ser despejada do seu lar. Junto a flores, frutas e um imenso manto de afeto testemunhado por todos que puderam frequentar aquele espaço.

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Espera-se que a atual geração corrija a caminhada e reverbere um novo percurso. Certamente, seremos mais criativos, inovadores

Efson Lima | efsonlima@gmail.com

A sociedade convencionou comemorar o dia internacional da mulher em 8 de março, anualmente. A data faz lembrar lutas históricas, entre elas, o motivo que levou uma parte dos países no mundo a relembrar esse dia.  Louvemos todas as mulheres, entretanto, peço licença para reverenciar aquelas  que fazem da escrita a luta diária, utilizam suas vozes para promover direitos,  afirmam o empoderamento feminino no dia a dia e apresentam caminhos para uma sociedade. As letras representam uma das feições mais avançadas de uma sociedade e registram o trajeto humano.

Como sabido, o ambiente do ensino superior no primeiro momento esteve reservado aos homens. Entretanto, as mulheres foram quebrando as correntes e adentrando no espaço que, aparentemente, tinha sido  projetado para a perpetuação da masculinidade. E, agora, elas não só têm concretizado suas formações, mas se espalhado na efetivação de diversos ofícios. Buscam ocupar as diferentes profissões. Tornam-se professoras, médicas, advogadas, enfermeiras,  juízas, engenheiras, escritoras… empreendedoras elas foram sempre.

O Coletivo Flisba (Festival Literário Sul-Bahia) busca compreender esse processo. Não sem razão, promoverá no dia 08/03, às 21 horas, pelo Instagram,  uma live para refletir sobre a data. A mediação da atividade será feita pela professora Silmara Oliveira, presidenta da Academia de Letras de Itabuna (ALITA) e a convidada será a professora Tica Simões, professora universitária da UESC, que formou uma geração de pessoas e orientou tantas outras no campo da literatura, do turismo e da cultura. Ambas, sócias da ALITA. Além disto, são duas mulheres que exaltam a literatura do sul da Bahia  e, certamente, vão refletir sobre a obra da poeta Valdelice Pinheiro, cuja escritora é a homenageada do Bardos Baianos – Litoral Sul.

O FLISBA reservou ainda dois outros momentos: em 09/03, às 20 horas, vai promover  uma live com o tema “Violência oculta e explícita contra a mulher”  no perfil do Flisba e no dia 11/03, uma roda de conversa “DE MULHER PARA MULHER – Desabafos e descobertas”. A roda de conversa receberá inscrições no Sympla. Estas duas atividades serão  conduzidas por Indyara (Indy) Ribeiro, psicóloga e psicanalista, e da professora  Luciana Chagas, ela que é doutora em Psicologia Clínica (USP), psicanalista e pesquisadora.

Como explicitado, o campo das letras é poder. Falar é poder. Dominar o código é ter assegurado um caminho. Mas nem sempre foi uma caminhada tranquila para as mulheres e mesmo se assenhoreando do código não significa que o trajeto só será de flores. Vejamos,  Júlia Lopes, uma grande escritora brasileira, teve seu nome apagado da ata de fundação da Academia Brasileira de Letras. Para o seu lugar, colocou-se o esposo. A esposa do jurista Clóvis Beviláqua até tentou, mas foi escamoteada. Mais tarde, Rachel de Queiroz quebrou as correntes sexistas e adentrou  ao  Petit Trianon, que não só representou uma conquista pessoal, mas também coletiva e, simbolicamente, retomou a história de Júlia Lopes, que teve seu direito cerceado no museu Pedagogium, no Rio de Janeiro, naquele 20 de julho de 1897, quando da fundação da ABL. A professora Jane Hilda Badaró tem um excelente artigo publicado sobre as mulheres nas academias de letras, na Revista Estante da Academia de Letras de Ilhéus. Ela traça um panorama do ingresso das mulheres nesses espaços.

O sul da Bahia além de cacau, sempre deu escritoras. Não sem razão, temos uma plêiade de mulheres para serem lidas e estudadas. Peço licença para registrar as flisbianas, pois, elas têm colaborado significativamente para as artes e as letras no sul da Bahia. Elas promovem lives, escrevem poemas, participam de saraus, usam suas redes sociais e proclamam um novo estado de poesia. Elas não perdem a criticidade, provocam reflexões e nos sinalizam outros caminhos. Avançam no campo da gestão cultural, se socorrem na arte da docência para o sustento; pintam telas para retratar a região e sua gente; cuidam de museus e do patrimônio cultural, fazem gestão cultural e estudam.  Não teríamos Flisba sem as presenças e sem as atuações destacadas delas. Algumas com mais tempo no grupo, outras chegando, elas se somam e mostram a força do “mulherio”: Anarleide Menezes, Aurora Souza, Cremilda Conceição, Hussiane Amaral, Indy Ribeiro, Laura Ganem, Luh Oliveira, Raquel Rocha, Sheilla Shew, Silmara Oliveira, Sophia Sá Barretto e Jane Hilda Badaró. Um salve, dois salves para elas que cumprem diversas jornadas e encontram forças para voluntariamente nos oferecer luzes sob a perspectiva de que uma outra humanidade é possível.

O feminino nunca foi problema. Problema sempre foi a masculinidade tóxica que impediu a mistura de homens e mulheres nos espaços, impossibilitou as trocas de experiências e dificultou uma geração  com mais empatia. Espera-se que a atual geração corrija a caminhada e reverbere um novo percurso. Certamente, seremos mais criativos, inovadores, consequentemente, poderemos ser chamados de seres humanos dotados de inteligência e reflexão crítica.

Efson Lima é doutor, mestre e graduado em Direito (UFBA), membro do coletivo Flisba, professor universitário e advogado.