Ernesto Araújo pede exoneração do cargo de ministro || Imagem CNN
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O ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pediu exoneração do cargo durante um encontro com o presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (29). Araújo vinha sendo pressionado, principalmente por parlamentares, que o criticaram por falhas nas relações diplomáticas que teriam prejudicado a aquisição de vacinas contra a Covid-19.

No fim de semana, o chanceler se envolveu em um novo embate com parlamentares, que complicou ainda mais a situação dele no Itamaraty. Em mensagem postada no Twitter, ele afirmou que a senadora Kátia Abreu (PP-TO), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, cobrou o apoio dele à tecnologia chinesa do 5G, indicando que este era o real interesse dos parlamentares, e não as vacinas.

A afirmação deixou senadores revoltados. Kátia Abreu classificou o ministro como “a face de um marginal”, que viveria “à margem da boa diplomacia, à margem da verdade dos fatos, à margem do equilíbrio e à margem do respeito às instituições”.

Nesta segunda, um grupo de senadores se preparava para apresentar um pedido de impeachment de Araújo.

No fim da manhã, Araújo se reuniu com secretários no Itamaraty. Em seguida, foi ao Palácio do Planalto e se reuniu com o presidente, com o deputado federal Eduardo Bolsonaro e com Filipe Martins, assessor especial para assuntos internacionais da Presidência. O chanceler afirmou que não queria ser um problema para o presidente. Os dois devem voltar a se reunir ainda nesta segunda. Informações da CNN Brasil.

Comandante Paulo Coutinho não crê em paralisação da PM || Foto Mateus Pereira/GovBA
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O comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Paulo Coutinho, lamentou a morte do soldado Wesley Soares de Góes, ontem, no Farol da Barra, em Salvador, e considerou que a movimentação por motim na corporação não representa a polícia.

– A PM é bem maior que isso – disse o comandante-geral, afirmando que a polícia está em funcionamento para “servir e proteger o cidadão e qualquer manifestação de ordem política não cabe nesse momento”.

Falando sobre as negociações e o desfecho do caso, o coronel disse que foram utilizados recursos de uso progressivo da força no momento da atuação. “A situação não permitia, inclusive pela distância, a utilização de uma pistola de condicionamento. A tropa estava sendo atacada com uma arma de guerra, um fuzil. Efetivamente, é um potencial de letalidade grande. As ações foram desencadeadas com o objetivo de retirá-lo do enfrentamento”.

O coronel Coutinho destacou ainda que a instituição está prestando todo o apoio à família de Wesley. “Um policial militar que não apresentava  problemas de comportamento, não deu sinais em qualquer momento de distúrbios, trabalhava em Itacaré, assumiu o serviço ontem [domingo, dia 28] pela manhã em Itacaré e dirigiu-se ao Farol da Barra, armado, pra fazer aquela situação que nós nos envolvemos como ocorrência crítica, no veículo dele próprio. Trouxemos, inclusive, uma irmã dele, no helicóptero da corporação, em uma tentativa de negociação para encerrar aquela situação”, revelou o comandante-geral.

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A Associação de Praças da Polícia e Bombeiro Militar da Bahia (APPMBA) emitiu nota em que critica o “desfecho fatídico” da operação que resultou na morte do soldado Wesley Soares de Góes, ontem (28), no Farol da Barra, Salvador. A nota diz que o policial estava “em claro surto psicótico” e observam que, do outro lado, estavam policiais militares, razão pela qual se esperava um outro final para a ocorrência.

A entidade que reúne soldados e praças da PM baiana diz que o “grito” do soldado “foi a reação de um ser humano, policial militar, querendo ser ouvido e notado”. E questiona: “Quantos Wesleys temos na corporação passando por problemas psicológicos e o que causou essa reação no policial cumpridor das suas obrigações?”

A associação cobra que o estado invista, de forma intensa, no tratamento psicológico da tropa. “O policial não é robô para trabalhar sob forte pressão, seja dentro dos quartéis ou nas ruas, onde o enfrentamento à violência tem sido cada dia mais letal”.

Para a direção da APPM-BA, “as cobranças por números e estatísticas, sem a preocupação com o “ser humano policial militar”, tem provocado reações psicológicas sem precedentes”. A Associação cobra que o caso seja apurado de forma rigorosa. “Esperamos que o grito de Wesley não tenha sido em vão, esperamos também uma apuração rigorosa sobre esse episódio do ponto de vista de quem autorizou os disparos, uma vez que o momento era de negociação”. Clique em leia mais e confira a íntegra da nota da APPM-BA.Leia Mais

Comércio não poderá abrir a partir desta terça || Foto Maurício Maron/JBO
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O governo manteve decreto de fechamento de todas as atividades não essenciais no período das 18h  até as 5h até a próxima segunda (5). O toque de recolher permanece das 18h às 5h, menos em Itabuna, onde a Justiça concedeu liminar suspendendo a restrição de locomoção noturna (reveja aqui).

O decreto também proíbe a venda de bebidas alcoólicas, no período das 18h do dia 1º até as 5h do dia 5 de abril. O decreto renova proibições, como a prática de atividades esportivas coletivas até a segunda-feira da próxima semana, mas permite as individuais, “desde que não gerem aglomeração”.

O funcionamento de academias e estabelecimentos voltados para a prática de atividades físicas está proibido até 5 de abril em municípios onde não há lei municipal específica.

ATOS LITÚRGICOS

Os atos religiosos litúrgicos podem ocorrer na Bahia, respeitados os protocolos sanitários estabelecidos, especialmente o distanciamento social adequado e o uso de máscaras, bem como com capacidade máxima de lotação de 30%, desde que o espaço seja amplo e tenha ventilação cruzada.

Ficam vedados, até 5 de abril, também em todo o estado, os procedimentos cirúrgicos eletivos não urgentes ou emergenciais nas unidades hospitalares públicas e privadas. Segue proibida ainda, até 5 de abril, a realização de eventos e atividades que envolvam aglomeração de pessoas, independentemente do número de participantes, como cerimônias de casamento, solenidades de formatura, feiras, circos, passeatas, eventos desportivos, científicos e religiosos, bem como aulas em academias de dança e ginástica.

Atualizado às 15h42min para correção de informação. A proibição a abertura de atividades consideradas não essenciais valerá somente para municípios da Região Metropolitana de Salvador.

Soldado Wesley Góes morre após confronto com equipes do Bope || Foto Alberto Maraux/SSP-BA
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O policial militar Wesley Soares Góes, da 72ª Companhia Independente da PM, em Itacaré, não resistiu aos ferimentos e faleceu, por volta das 22h45min deste domingo (28), no Hospital Geral do Estado, em Salvador. Foi o fim de um domingo de fúria em que Wesley, que estava noivo, dirigiu de Itacaré à capital baiana, onde morreu ao avançar contra colegas de farda, segundo a PM, e atirar (confira mais informações abaixo).

O confronto com a equipe de negociação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da PM, ocorreu depois de mais de 3 horas e meia de negociação. Wesley foi atingido em, pelo menos, três partes do corpo, incluindo perna e abdome. Atendido no HGE, o soldado até foi intubado, porém morreu quase quatro horas depois de dar entrada no hospital.

PROTESTO

Ainda na porta do HGE, um grupo de mais de 50 policiais militares e civis fazia protesto contra a atuação do Bope no caso. Pôde-se ouvir gritos de policiais convocando paralisação das forças de segurança. A paralisação da PM baiana não chegou a ser oficializada por nenhuma das associações de soldados e de oficiais.