O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) formalizou denúncia à Justiça contra cinco acusados de associação criminosa e corrupção por esquema de propina no Detran (Departamento Estadual de Trânsito). A acusação feita nesta segunda-feira (5) foi a segunda originada pelas investigações da Operação Cartel Forte.
Conforme a denúncia, o presidente da Associação Baiana de Estampadores de Placas Veiculares e Similares (ABEPV), Adriano Muniz Decia, seria o coordenador da associação criminosa. Já a operacionalização do esquema caberia à Catiucia Souza Dias.
O MP também denunciou os servidores Alex de Carvalho Souza Júnior, Leandro Reis dos Santos e Patrícia Meireles Notari, que coordenava o posto do Detran localizado no Shopping Salvador. Além do cargo no Detran, Alex é assessor da Prefeitura de Salvador.
Ainda conforme o Ministério Público, os crimes foram descobertos na segunda fase da operação, com análise das conversas entre os denunciados em aplicativo de mensagens. Adriano Decia e Catiucia Dias já foram alvos da primeira denúncia, acusados de formação de cartel, falsidade ideológica, fraude em licitação e lavagem de dinheiro.
O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), formado por membros do MP, atua no caso. Segundo o Gaeco, para cada venda de placa veicular direcionada à empresa do esquema pelo valor de R$ 140, Patrícia e Alex recebiam R$ 40 e R$ 30, respectivamente.
Já Leandro Reis, aponta a denúncia, fazia o transporte e a entrega da propina em espécie. As investigações apontam que o quiosque faturava cerca de R$ 14 mil por mês. “Todo controle financeiro dos diversos atos de corrupção em série foi detalhadamente planilhado pela associação criminosa”, informa nota divulgada pelo Gaeco.