Vane foi internado após complicações provocadas pela covid-19 || Foto Pimenta/Arquivo
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Na tarde deste sábado (5), o ex-prefeito Vane do Renascer (PRB) e a esposa, Cida, foram internados por causa de complicações provocadas pelo novo coronavírus (Covid-19), no Hospital de Campanha de Itabuna.

Ambos testaram positivo para a doença e estão internados na ala reservada aos pacientes com quadro moderado (leitos clínicos). De acordo com informações de um dos seus ex-assessores, o quadro de Vane – e também da esposa do ex-prefeito – é estável. Atualizado às 21h20min.

Moacyr Leite Júnior chama atenção para a degradação ambiental no sul da Bahia
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O prefeito de Uruçuca, Moacyr Leite Júnior (DEM), se disse “muito preocupado” com a questão ambiental. Numa conversa com o jornalista Ricky Mascarenhas, o gestor do município que tem em Serra Grande seu grande apelo turístico, revelou sua angústia com o descaso do ser humano com a natureza.

Parque da Serra do Conduru, em Uruçuca

Na conversa, o prefeito citou a irresponsabilidade do ser humano com a natureza, citou as riquezas de Serra Grande e do Parque Estadual da Serra do Conduru. “O que as pessoas fazem com nossa mata atlântica inadmissível”, frisou.

Moacyr elencou inúmeros pontos turísticos em todo o município, mas o Parque Estadual da Serra do Conduru, em Uruçuca, é um dos que mais o preocupam. “A paisagem exuberante, a rica biodiversidade da fauna e flora, riachos e cachoeiras de águas cristalinas em uma área de mais de nove mil hectares, recebe e encanta turistas e pesquisadores de todo o mundo”, lembrou o prefeito.

Este riquíssimo patrimônio natural, salientou Moacyr, é frequentado por diversas pessoas, com pouca ou nenhuma preocupação com o meio ambiente e sua preservação. “Descartam garrafas pet, copos e pratos plásticos, restos de comida e até preservativos. Nossas campanhas de conscientização abordam justamente isso”, frisou.

Vista panorâmica da região de Serra Grande no sentido Barra do Sargi

O prefeito de Uruçuca disse que, mesmo com equipes de fiscalização, conscientização e limpeza, trabalhando com dedicação e comprometimento, é praticamente impossível atender a demanda. “Temos investido em conscientização, [em] mostrar às pessoas a importância da preservação para que os netos, bisnetos, enfim, muitas gerações ainda possam desfrutar de tamanha beleza natural”, ressaltou.

Primeiras doses de imunizante russo podem chegar à Bahia nos próximos dias|| Agustin Marcarian
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O  presidente do Consórcio Nordeste e governador do Piauí, Wellington Dias (PT), afirmou neste sábado (5) que os governadores do Nordeste estudam concentrar as primeiras doses da vacina Sputnik V em uma cidade de cada Estado. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, na sexta-feira (4), com restrições, o pedido de importação excepcional do imunizante, além da vacina Covaxin.

Segundo Dias, a ideia é reproduzir o mesmo experimento realizado no município de Serrana (SP) pelo Instituto Butantan, para verificar a eficácia da vacina Coronavac. “A ideia é ter esse monitoramento acompanhado pela Anvisa e pela ciência, por nossos cientistas. A ideia que a gente discutiu hoje é de, provavelmente, escolher cidades”, disse.

Piauí, deve ficar 64 mil doses do total autorizado para seis estados nordestinos. “Vamos escolher uma cidade que tenha mais ou menos 32 mil pessoas para vacinar. Vamos aplicar a primeira e a segunda dose, como foi feito em Serrana, acompanhado pelo Butantan. E assim, cada um dos Estados. É mais ou menos essa a ideia”, disse Wellington.

Caso a ideia seja realmente colocada em prática, na Bahia as doses podem ser destinadas para um município com 150 mil pessoas na espera de imunização.  Isso porque, de acordo com a autorização da Anvisa, o estado pode importar e aplicar somente 300 mil doses da Sputnik V.

A Anvisa autorizou a importação excepcional e temporária de doses da Sputnik V feita pelos estados da Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Pernambuco e Piauí, além da vacina indiana Covaxin. A decisão vale apenas para lotes específicos de imunizantes trazidos de fora e não configura autorização de uso emergencial pela agência. Com informações do G1 e O Globo.

A crise hídrica que atingiu Ilhéus em 2016 reduziu drasticamente o nível da represa do Iguape || Foto José Nazal
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Neste sábado (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, o memorialista e ex-vice-prefeito José Nazal (Rede) fez um alerta à população de Ilhéus sobre o avanço do desmatamento nos arredores da represa do Iguape, responsável pelo abastecimento de água da maior parte das residências do município.

Na imagem feita por Nazal em 2013, a fartura de água na represa do Iguape

“Consciente de que publicações sérias não são levadas a sério (quase nunca “bombam”), insisto em fazer mais uma, considerando a importância do dia de hoje, que é dedicado ao Meio Ambiente. É a questão de um dos bens mais importantes e vital para a humanidade: a água. No caso específico de nossa cidade, estamos assistindo ao descaso com o nosso maior manancial, a represa do Iguape, que completará cinquenta anos em 2022. Cada dia que passa, há mais desmatamento nas matas ciliares dos rios Iguape e São José, além dos barramentos irregulares já identificados”, escreveu Nazal nas redes sociais.

José Nazal: “Sejamos mais preocupados! Nossas futuras gerações merecem”

As matas ciliares são aquelas que protegem as margens dos rios e nascentes, diminuindo processos erosivos naturais e mantendo as condições necessárias à continuidade do ciclo das águas.

Ex-secretário de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável de Ilhéus, Nazal ilustrou seu alerta com imagens aéreas da represa, feitas por ele em 2013 e 2016. A mais antiga mostra o belo contraste entre o verde escuro da Mata Atlântica e o azul da água.

A outro imagem (no topo desta matéria) é um registro dos efeitos da crise hídrica que atingiu Ilhéus há cinco anos, quando o nível da represa Iguape desceu de forma drástica, e a Embasa precisou recorrer ao rio Santana e à represa da Boa Esperança para fornecer água à população.

“Sejamos mais preocupados! Nossas futuras gerações merecem”, conclui José Nazal.

Para governador, quantidade aprovada está muito abaixo da real necessidade imposta pela pandemia
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O governador Rui Costa (PT) criticou as restrições impostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a importação da vacina russa Sputnik V, especialmente à quantidade de doses, restrita a 1% da população do estado.

Na prática, a decisão da Anvisa, proferida nesta sexta-feira (4), autoriza que a Bahia importe e aplique 300 mil doses do imunizante contra a Covid-19. Ainda não há data definida para a chegada do primeiro lote.

“É apenas o início, mas depois de muita luta conseguimos aprovação para importar e aplicar a Sputnik V. A quantidade autorizada pela Anvisa está muito abaixo da real necessidade. Agora, é batalhar para fazer chegar logo o que foi aprovado e vacinar nosso povo. Vacina salva vidas”, escreveu o governador da Bahia nas redes sociais.

Conforme o posicionamento da Anvisa, as doses não poderão ser aplicadas em gestantes, pessoas com doenças crônicas, menores de 18 anos e maiores de 60 anos.

PARA VILAS-BOAS, DECISÃO DA ANVISA É TARDIA 

O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, também teceu críticas à decisão da agência. “Pena que essa decisão venha tarde e ainda recheada de condicionantes que precisam ser observadas, o que atrasará ainda mais a vacinação maciça que precisamos no país”, escreveu o gestor, antes de elogiar o empenho de Rui Costa e dos outros governadores do Nordeste para garantir a chegada de mais vacinas ao país.

Azenete e Olindino eram moradores de Itagibá e voltavam de viagem a Vitória da Conquista
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Uma colisão frontal entre um carro de passeio e um caminhão matou o casal Olindino Santos Pereira, de 69 anos, e Azenete Lima Pereira, 67, na noite desta sexta-feira (4), no semianel rodoviário de Jequié.

O casal estava no veículo pequeno, que teve a parte dianteira praticamente toda destruída. O motorista do caminhão não se feriu.

Olindino e Azenete eram moradores de Itagibá, na região sul da Bahia, e, na hora do acidente, voltavam de viagem a Vitória da Conquista.

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Não há futuro seguro para o meio ambiente enquanto não mudarmos radicalmente o governo, substituindo-o por outro que internalize essa agenda e se comprometa com a sustentabilidade.

Wenceslau Junior

O mundo experimenta um dos piores momentos da sua história. Não bastasse a crise do sistema capitalista e do estado burguês em sua forma de representação da sociedade, vivemos uma pandemia de grande envergadura.

A situação brasileira se mostra, indubitavelmente, mais agravada em razão da postura do principal líder da nação, que nega a ciência, tripudia da morte de quase meio milhão de brasileiros, criando falsos dilemas entre salvar vidas e garantir empregos; entre direito de ir e vir e direito à saúde e integridade física.

Vivemos uma crise de caráter político (a democracia ameaça pela postura fascista), econômico (desaquecimento da economia global, agravada pelo neoconservadorismo em curso), social (ante à insensibilidade do governo central de socorrer as pessoas impossibilitadas de prover o sustento da sua família em razão das necessárias restrições) e ambiental (em razão do completo descompromisso do Ministro do Meio Ambiente com essa agenda e seu posicionamento em defesa daqueles que atuam ilegalmente no garimpo e na exploração de madeira, inclusive em terras indígenas).

Em 25 de janeiro de 2019, menos de um mês da posse do atual presidente, ocorreu um dos maiores desastres ambientais do país. As vítimas do rompimento da Barragem de Brumadinho até hoje agonizam com a perda de parentes, destruição da cidade e poluição ambiental. Mas até o presente momento não vislumbramos uma ação enérgica por parte do Governo Federal para evitar novas tragédias semelhantes.

Em agosto de 2019 o Brasil assistiu de forma estarrecida a um dos maiores acidentes ambientais com derramamento de petróleo bruto na costa do Nordeste. O vazamento de cinco mil toneladas de óleo foi um dos maiores desastres ambientais do litoral brasileiro. Atingiu mais de 1.000 localidades em 130 municípios de 11 estados, sendo nove do Nordeste e dois no Sudeste. O desastre também atingiu aproximadamente 300 mil trabalhadores do mar. Até a presente data não se tem um desfecho sobre as investigações e a situação estaria pior se não fosse o trabalho voluntário de limpeza das praias pelas comunidades atingidas.

Nos dois primeiros anos da gestão do atual presidente, o Brasil ardeu em chamas. Houve aumento de 30% de incêndios na Amazônia em comparação com o ano anterior. A maior floresta tropical do mundo teve 89.178 focos de fogo em 2019. Fato que rendeu fortes críticas no mundo inteiro.

Em 2020 foi a vez do Pantanal. A área queimada na região somente em 2020 supera em 10 vezes a área de vegetação natural perdida em 18 anos. Entre 2000 e 2018, o IBGE estimou em 2,1 mil km² a área devastada no Pantanal, que era o bioma mais preservado do país. Já em 2020, pesquisadores estimam a perda de pelo menos 23 mil km² consumidos pelo fogo.

O bioma do Cerrado também sofreu duro golpe no ano passado. Em 2020, somente entre janeiro e agosto, foram registrados 21.460 focos de queimadas no Cerrado, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Apenas no DF, segundo o Corpo de Bombeiros, foram incendiados mais de 6,9 mil hectares de Cerrado e registradas 3.912 ocorrências de incêndios florestais.

A ameaça de retirar o Brasil do Acordo de Paris, associado ao desmantelamento das estruturas governamentais de fiscalização ambiental, sinaliza o descompromisso do Governo Federal com a agenda ambiental.

O ano de 2020 bateu recorde em desmatamento. Ao invés de adotar medidas de contingenciamento e repressão à extração ilegal de madeira e ao desmatamento, o presidente sacou Ricardo Galvão da diretoria do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Inpe, justamente pelo mesmo ter cumprido seu dever e alertado às autoridades sobre os índices.

Enquanto isso o ministro da Destruição Ambiental, Ricardo Salles, sugere ao presidente que se aproveite da situação na qual todos os holofotes estão voltados para a pandemia, para “passar a boiada”.  Quer dizer: acelerar a extração ilegal de madeira; legalizar a grilagem e o garimpo em terras indígenas; expandir a fronteira agropecuária à custa da devastação das florestas. O comportamento do ministro lhe rendeu operações da Polícia Federal e abertura de investigação autorizada pelo STF.

Infelizmente não há nada a comemorar nesta data. Mas ela deve simbolizar a necessidade dos segmentos e instituições comprometidos com a agenda ambiental a se integrarem ao esforço pela construção de uma ampla frente política, heterogenia, interinstitucional, suprapartidária, comprometida com a defesa da democracia e pelo fim desse governo. Assim como não existe futuro seguro e promissor para a classe trabalhadora, as mulheres, a juventude, as minorias em geral. Não há futuro seguro para o meio ambiente enquanto não mudarmos radicalmente o governo, substituindo-o por outro que internalize essa agenda e se comprometa com a sustentabilidade.

Wenceslau Junior é advogado, professor da Uesc e mestrando em Direito, Governança e Políticas Públicas pela Unifacs, além de membro da Comissão Política Estadual do PCdoB, ex-vereador e ex-vice-prefeito e ex-secretário de Planejamento e Tecnologia de Itabuna.