O Ministério Público da Bahia cumpriu, nesta quinta-feira (12), três mandados de prisão preventiva e 21 de busca e apreensão durante uma operação para investigar um esquema criminoso envolvendo funcionários do Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA). São apurados crimes como estelionato, falsificação de documentos, inserção de dados falsos nos sistemas informáticos e corrupção ativa e passiva.
De acordo com MP-BA, o esquema consiste em se apropriar indevidamente de carros pertencentes a locadoras de veículos para depois comercializá-los. Até o momento, foi apurado que mais de 100 veículos, a maioria de luxo, foram levados das locadoras, num prejuízo estimado em mais de R$ 10 milhões.
Denominada de “Fake Rent”, a operação cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão. Expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada da Comarca de Salvador, os mandados foram cumpridos nos municípios de Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari, Dias D´ávila, Simões Filho e Eunápolis, e nos estados de Alagoas, Goiás e Sergipe.
LOCADORAS NO PREJUÍZO
As investigações apontam que o esquema funcionou durante, pelo menos, cinco anos no Detran baiano. Segundo MP-BA, os envolvidos cooptavam pessoas para alugarem veículos pertencentes a grandes locadoras nacionais e estrangeiras. Os lideres do esquema contavam com a ajuda de despachantes e corrompiam servidores do órgão estadual de trânsito para inserirem dados falsos nos sistemas informáticos do órgão.
Os veículos seriam transferidos para “laranjas”, pessoas falecidas ou terceiros que tiveram seus dados usados sem seu conhecimento. Além do MP-BA, a operação contou com a participação das polícias Civil e Militar, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Ministérios Públicos dos estados de Alagoas, Goiás e Sergipe.
Uma resposta
Esse Detran sempre serviu de Cabide de Empregos. Não conheço um Órgão da Administração Pública Estadual, tão corrupto como os Detrans.
Geralmente a Chefia é sempre uma indicação Política. E o indicado faz o que o indicador mandar ( meter a mão na Cumbuca e beneficiar os correligionários.