Publicitário Duda Mendonça morre aos 75 anos, em São Paulo || Foto Bernardo Hélio/AC
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Da Redação

O baiano José Roberto Cavalcanti Mendonça, “Duda Mendonça”, um dos maiores nomes da propaganda brasileira e do marketing político mundial, faleceu na madrugada desta segunda-feira (16), vítima de câncer no cérebro, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele morre aos 77 anos, completados no último dia 10.

Com quase 50 anos de carreira, Duda criou a DM9, que carregava as iniciais de seu nome, em 1975, em Salvador. É dele campanhas memoráveis e frases como “Não basta ser pai, tem que participar”, lembrou hoje um de seus pupilos, o também gênio Nizan Guanaes.

Ainda na década de 80, quando o então deputado Fernando Gomes lançou proposta de divisão da Bahia e criação do Estado de Santa Cruz, com os municípios do sul e extremo-sul, Duda criou a campanha A Bahia não se divide, que emocionou pelo texto e por mensagens com participações especiais, dentre elas a de Maria Bethânia.

Ainda naquela década, tornou-se também famoso por lançar a campanha eleitoral de Mario Kertész à Prefeitura de Salvador. Campanha vitoriosa que começou a projetá-lo nacionalmente. Mais uma grande vitória, agora em São Paulo, na década de 90, quando vence, com Paulo Maluf, a disputa em São Paulo.

Ele liderou e conquistou vitórias estaduais até ser consagrado em 2002 ao conduzir a jornada vitoriosa do petista Luiz Inácio Lula da Silva, que chega à presidência da República após três tentativas fracassadas. Para isso, repaginou Lula – do terno a modificações bucais – e criou o Lulinha Paz e Amor. Não parou por aí. O sucesso no marketing político o levou a outras praças, fazendo de Fernando De La Rua presidente da Argentina, tendo antes trabalhado para Carlos Menem.

MENSALÃO E LIVRO

O sucesso nacional também teve seu preço. Já em 2005, o publicitário foi um dos nomes mais falados na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o escândalo de corrupção conhecido como Mensalão. As experiências da vida de publicitário e gênio do marketing político levaram Duda a escrever o livro Casos & Coisas.

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