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A reabilitação segue me causando inúmeros sentimentos, mas o principal deles é de profunda gratidão pelo renascimento. Senti a sua presença o tempo todo, mesmo ainda tendo um longo caminho de tratamento pela frente! Obrigada por tudo! Obrigada por TANTO! 

 

Manu Berbert

A vida por trás dos sorrisos nas redes sociais, especialmente quando trabalhamos nelas e com elas, tem perrengues que quase ninguém vê. Há exatamente um mês um acidente doméstico virou a minha vida pelo avesso, por exemplo. Uma queda, sensação de deslocamento do ombro, o braço e mão soltos, raio-x e o tão temido diagnóstico: fratura! Não muito pequena! A dias da inauguração da minha casa de eventos, o Casarão Cola Na Manu!

Um profissional sugeriu que não operasse no desespero, lembrando que estava em jogo a minha mão direita, força e principalmente escrita. “Como assim?! Eu sou escritora!”, foi a única coisa que passava na minha mente. Quando essa euforia de eventos passar, me vejo escrevendo mais livros, sonho escrever algo que vire filme ou novela, e só chorei pensando nisso. “Está sentindo muita dor?”, perguntavam. Mas o choro era da dor na alma, pensando no futuro. A dor física se fez minha amiga, quando entendi que dependia da minha mente ser forte ou não!

Passei por um turbilhão e hoje nem sei como. Sei que Simon Cavalcante, fisioterapeuta, foi uma luz com todas as suas orientações. Lembro da sensação de desmaio após o diagnóstico no hospital. Lembro da minha família ao meu redor dizendo que eu precisava reagir, e foi quando liguei para Dr. Eric Júnior e escutei “Deixe que eu resolvo tudo da cirurgia e do Plansul”, meu plano de saúde, e assim aconteceu! E eu só pedia a Deus que o médico sugerido por todos, mas que eu não conhecia até então, me desse a segurança que precisava para ficar bem, porque estudei comportamento humano e reconheço gente insegura a quilômetros de distância. (Tá aí um arrependimento na vida, inclusive!) Mas Dr. Alexandre Bulhões, especialista na área, me passou total segurança, a que eu precisava. “Isso é com ele!”, pensava. E segui! Sofri o que jamais conseguirei descrever, mas inaugurei o Casarão, com apoio de Marama, e três dias depois me internei.

Oi, Deus, sou eu de novo! Chegando na vida agora, mais uma vez. Não lembro de muita coisa, apenas que foram 30 dias dormindo sentada e acordando com câimbras; que fui muitíssimo bem tratada no hospital e que todos falavam do show de Harmonia; que não consegui deitar na maca do centro cirúrgico, tamanha dor; que fiz um pequeno escândalo lá dentro pedindo que chamassem logo o meu médico e todos riam afirmando que todos eles eram médicos também, até ele entrar e aí apaguei; Mas lembro da selfie na manhã seguinte, que tirei após banho e batom, o que me rendeu muitas risadas com amigos e familiares no WhatsApp. “A mulher acabou de sair de uma cirurgia e tá toda maquiada!”. São coisas assim que distraem a mente e não nos permitem surtar com tudo o que está passando! Hoje, usando as duas mãos, escrevo este primeiro artigo emocionada. A reabilitação segue me causando inúmeros sentimentos, mas o principal deles é de profunda gratidão pelo renascimento. Senti a sua presença o tempo todo, mesmo ainda tendo um longo caminho de tratamento pela frente! Obrigada por tudo! Obrigada por TANTO!

Manu Berbert é publicitária e empresária!

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