MPT exige vacina para acesso às suas unidades
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O acesso de procuradores, servidores, colaboradores e da população às unidades do Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia só será permitido com a comprovação da vacinação contra a o novo coronavírus, a Covid-19. A exigência valerá em todas as unidades no estado.

A medida passa a valer a partir da segunda-feira (22) na sede do órgão em Salvador e nas sete unidades no interior do estado – Feira de Santana, Santo Antônio de Jesus, Itabuna, Eunápolis, Vitória da Conquista, Barreiras e Juazeiro.

A medida entra em vigor quando o órgão passar à terceira fase da retomada das atividades presenciais, que avança com a presença de servidores nas unidades em todo o horário de expediente regular. O órgão já exigi que todos mantenham distanciamento e permaneçam de máscara durante todo o tempo de permanência nas unidades.

DECLARAÇÃO POR ESCRITO

Todas as pessoas precisarão apresentar um comprovante de vacinação no primeiro acesso a uma das unidades. Há ainda a possibilidade de, não estando a pessoa com o comprovante em mãos, fazer uma declaração por escrito de que esteja imunizado com as duas doses ou dose única. Neste caso será necessário comprovar a veracidade da informação prestada com a apresentação em até cinco dias do comprovante, que poderá ser encaminhado por meios digitais.

O acesso mediante comprovação de vacinação vale tanto para quem trabalha no MPT quanto para quem vai ao órgão para participar de audiências, apresentar denúncias, obter informações ou acessar qualquer outro serviço. Todas as notificações de audiências já estão sendo feitas com esta ressalva.

As audiências, no entanto, podem ser realizadas de forma virtual, a critério do procurador responsável pelo caso. O mesmo vale para quem acessa os serviços de recepção de denúncias e de protocolo. A medida tem por objetivo proteger a saúde de todos e garantir um ambiente de trabalho sadio e seguro.

Dólar fecha semana em alta
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O dólar subiu pelo quinto dia seguido e voltou a ficar acima de R$ 5,60. A bolsa de valores teve a primeira alta após quatro sessões consecutivas de perda, mas fechou a semana com perda de mais de 3%.

O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (19) vendido a R$ 5,609, com alta de R$ 0,039 (+0,7%). A cotação chegou a cair durante a manhã, atingindo R$ 5,52 por volta das 11h30, mas inverteu o movimento após declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) de que os estímulos monetários concedidos durante a pandemia de covid-19 podem ser retirados mais rápido que o previsto.

A expectativa de alta de juros nos Estados Unidos estimula a retirada de capitais de países emergentes, como o Brasil. Com o desempenho desta sexta-feira (19), o dólar fechou a semana com alta de 2,8%. A divisa ainda cai em novembro, mas a queda foi reduzida para apenas 0,56%. Em 2021, a moeda norte-americana sobe 8,1%.

MERCADO DE AÇÕES
No mercado de ações, o dia foi marcado pela recuperação. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 103.035 pontos, com ganho de 0,59%. A alta foi puxada por ações de mineradoras, influenciada pela subida do preço internacional do minério de ferro.

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Quatro das vítimas da chacina de Itabela
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A Polícia Civil prendeu, nesta sexta-feira (19), em Itabela, no extremo-sul da Bahia, três suspeitos de participação numa chacina que deixou cinco pessoas mortas e outras duas feridas. O ataque criminoso ocorreu no dia 30 de outubro, às margens da BR-101, próximo ao distrito de Montinho.

O ataque ocorreu no momento em que 12 pessoas estavam num barraco. De acordo com testemunhas, os bandidos já chegaram ao local atirando. Os criminosos não pouparam nem mesmo as crianças. Duas delas foram baleadas e uma menina de 11 anos não resistiu aos ferimentos.

As vítimas foram Aliete Souza das Mercês, de 46 anos, o marido dela, Gean Vieira da Silva, 42, e Edson da Silva Pereira, 42 anos, Simoni Souza das Mercês, 30 anos, e Raléria das Mercês Silva, de 11 anos. A criança era sobrinha de Simoni.

Os nomes dos presos não foram divulgados pela polícia, que informou que procura outros dois suspeitos de participação da chacina. As prisões foram determinadas pela justiça. Ainda foi divulgada a motivação para os homicídios.

Caixa misteriosa, que seria fardo de borracha, apareceu na Praia do Sul, em Ilhéus || Foto Geovana Almeida
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Turistas e nativos que caminhavam na zona sul de Ilhéus, na manhã desta sexta-feira (19), se depararam com “caixa” coberta por organismos marinhos. As caixas são semelhantes às encontradas na orla da Região Metropolitana de Salvador e nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte, onde a embarcação alemã afundou em 1944.

O material foi avistado na praia do Sul, em Ilhéus. A enfermeira Geovana Almeida disse ao PIMENTA que caminhava pela praia, por volta das 7h30min, quando viu o objeto, que tem formato de mala.  A descoberta logo atraiu curiosos, que acionaram o “Senhor Google” em busca de informações que auxiliassem na identificação do objeto.

O material, de borracha, seria parte da carga de um navio nazista que afundou após tentar entrar na costa brasileira em plena Segunda Guerra Mundial, nos anos 1940, conforme o oceanógrafo Carlos Teixeira, da Universidade Federal do Ceará (UFC). As pesquisas do professor da universidade cearense começaram em 2018, quando fardos começaram a aparecer na costa brasileira, primeiro no Ceará.

Segundo a pesquisa do professor, a carga fazia parte do navio SS Rio Grande. Os alemães, conforme entrevista de Teixeira ao Correio24h em agosto deste ano, usavam o nome português para confundir os adversários em plena Segunda Guerra. Com o SS Rio Grande, a estratagema furou. A embarcação foi torpedeada em 4 de janeiro de 1944 por embarcações de guerra norte-americanas próximo a Natal, capital do Rio Grande do Norte.

No ataque dos Aliados contra os nazistas, uma pessoa da embarcação morreu, 71 ficaram feridas e o navio afundou a mais de 5,7 mil metros de profundidade, de acordo com o professor Carlos Teixeira. Ainda intriga os pesquisadores o que fez a carga voltar à superfície. Das teorias aceitáveis, diz o professor, a descoberta da embarcação por grupos piratas.

Ação é parte do Mutirão do Diabetes, em formato híbrido, que presta atendimento a 1,2 mil pacientes neste ano
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Neste sábado (20), ocorre a segunda etapa do projeto Unidos pelo Diabetes em Ação. O evento, de diagnóstico e cuidados a pacientes que convivem com a doença, é promovido pela ONG Unidos pelo Diabetes em parceria com o Hospital Beira Rio (HBR) e a Secretaria de Saúde de Itabuna.

Após a triagem feita com cerca de 1.200 pacientes, na primeira fase, nos dias 3 e 4 de novembro, os 152 portadores da doença identificados com retinoplastia acentuada ou pé diabético com sinais de gravidade serão atendidos por especialistas no HBR.

A subsecretária de Saúde, Lânia Peixoto, informou que agora esses pacientes farão exames laboratoriais de creatinina, glicemia, colesterol, além de retina e exame cardiológico. As pessoas atendidas também farão testes de proteinuria e microambuminúria, além de exames de fotocoagulação a laser.

O atendimento com oftalmologistas, cardiologistas e nefrologistas será presencial, atendendo a todos os protocolos de prevenção ao Covid-19 ,determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

“Não abrimos mão de cuidar das pessoas, mesmo em tempos de pandemia. Nossa missão é mostrar que é possível prevenir e controlar uma doença que atinge tantas pessoas no Brasil e no mundo e que pode ter seus impactos minimizados se identificada e tratada a tempo”, afirma o médico Rafael Andrade, coordenador da ONG Unidos pelo Diabetes e idealizador da ação itabunense, que em 202,1 foi replicado em 25 cidades brasileiras.

O médio Rafael Andrade é um dos participantes do projeto 24 Horas pelo Diabetes

24 HORAS PELO DIABETES

Rafael Andrade é um dos participantes e organizadores do projeto 24 Horas pelo Diabetes, promovido pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Trata-se de uma grande ação online de mobilização multidisciplinar, que reunirá sociedades de especialidades, entidades de saúde e profissionais de diversas áreas.

A programação contará com reportagens, entrevistas, aulas e participações especiais, além de teleorientação com vários especialistas. A transmissão será realizada nos canais oficiais do CBO nas redes sociais.

Tonho de Anízio, à esquerda de Rui Costa, pede reforço na segurança pública
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O prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio, solicitou ao governador Rui Costa reforço na segurança pública de Itacaré na alta estação, quando o município da Costa do Cacau recebe milhares de turistas. Ao governador, Tonho solicitou mais viaturas e aumento de efetivo da 72ª Companhia Independente da Polícia Militar.

De acordo com o prefeito, Itacaré é apontada atualmente como um dos destinos turísticos mais procurados da Bahia. O prefeito explicou que, atualmente, Itacaré conta com apenas uma viatura que atende ao distrito de Taboquinhas e zona rural. As que atendiam a sede do município, afirmou, estão sucateadas.

Aliado a isso, segundo Antônio de Anízio, o município cresceu e aumentou consideravelmente sua população, passando dos cerca de 24.318 habitantes estimados pelo Censo do IBGE, para aproximadamente 40 mil moradores, conforme é a expectativa do novo recenseamento. Tudo isso sem contar com o grande número de turistas esperados nessa temporada, atraídos pelas belezas naturais e com os grandes eventos programados para todo o verão.

OBRAS NA BA-001

Antônio de Anízio também comemorou a ordem de serviço assinada pelo governador Rui Costa para a recuperação total da BA-001, entre os trechos de Ilhéus a Itacaré e de Valença a Nazaré. De acordo com o governador, esses acessos serão completamente recuperados e terão manutenção garantida pelos próximos cinco anos. A obra, conforme avaliou o prefeito, é de fundamental importância para fortalecer o turismo de toda a região.

Coelba será alvo de investigação em CPI aberta na Assembleia Legislativa || Foto Divulgação
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A decisão da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) pela abertura e instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Coelba surpreendeu a direção da empresa. Pelo menos é o revelado em nota da própria companhia de eletricidade. O requerimento foi apresentado pelo deputado Tum (PSC) e teve assinatura de 39 dos 63 deputados da Alba.

A direção da empresa informa ter recebido a decisão de abertura da CPI da Coelba “com serenidade e respeito”. E, ao mesmo tempo, se diz surpresa. “A Neoenergia Coelba recebe com serenidade e respeito a decisão da Assembleia Legislativa da Bahia. No entanto, a companhia se surpreendeu com a medida, uma vez que seus representantes sempre estiveram à disposição para participar de debates construtivos no intuito de dirimir dúvidas e embasar opiniões”.

Ainda em nota, a Coelba informa discordar da decisão da Casa. “A despeito da discordância, a empresa presume que o ambiente será oportuno para o esclarecimento de informações que estão sendo disseminadas de forma distorcida”.

Confira abaixo a íntegra do comunicado.

COMUNICADO

A Neoenergia Coelba recebe com serenidade e respeito a decisão da Assembleia Legislativa da Bahia. No entanto, a companhia se surpreendeu com a medida, uma vez que seus representantes sempre estiveram à disposição para participar de debates construtivos no intuito de dirimir dúvidas e embasar opiniões. A despeito da discordância, a empresa presume que o ambiente será oportuno para o esclarecimento de informações que estão sendo disseminadas de forma distorcida. Adicionalmente, a distribuidora terá a possibilidade de reafirmar os valores de honestidade, integridade e ética que sempre pautaram a sua atuação. A Neoenergia Coelba reitera o compromisso com a sociedade e espera participar de discussões propositivas no sentido de melhorar seus serviços e atender as expectativas dos seus clientes.

Félix Júnior e economistas criticam pressão dos bancos por elevação da taxa de juros || Foto Divulgação
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Economistas de diversas correntes e parlamentares criticaram, durante audiência pública na Câmara Federal realizada para debater a dívida pública brasileira, o lobby feito pelo sistema financeiro nacional para manter a política da alta de juros praticada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Os grandes bancos formam o maior sistema de pressão hoje no Congresso. Cada 1% de aumento na taxa Selic, que vai passar dos 9% em dezembro, representa um custo ao Brasil de até R$40 bilhões ao ano. Isso vai para o sistema financeiro. Assim como a metade da fatia do orçamento”, disse o deputado baiano Félix Mendonça Júnior, que comandou a audiência e é relator do estudo da dívida pública brasileira.

Os palestrantes presentes criticaram a política de alta de juros adotada pelo Banco Central (BC) e defendida pelo Ministério da Economia como forma de deter a inflação. Ex-diretor do BC e um dos “pais” do Plano Real, André Lara Resende afirmou que a inflação hoje no Brasil não é decorrente da alta do consumo, como prega o Ministério da Economia, mas sim dos gastos descontrolados do governo.

“O Estado não pode gastar de forma populista e demagógica. Gastar mal provoca alta inflacionária. É uma regra da teoria monetária moderna. A desvalorização cambial também pressiona a inflação”, disse. “Não preciso ir muito longe para dizer que houve um enorme desperdício na utilização dos recursos, por exemplo, durante a pandemia”, complementou o ex-presidente do BC Affonso Celso Pastore, consultor da área macroeconômica do pré-candidato à Presidência pelo Podemos, o ex-juiz Sérgio Moro.

Walmir Rosário e Odilon Pinto, em Brasília, na comemoração do aniversário do Ministério da Agricultura || Foto Águido Ferreira
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Realmente, os esforços de Mílton e Zé Haroldo não foram em vão. Odilon era um artista nato; um músico que tocava os sete instrumentos e ainda cantava; um comunicador por excelência e que sabia fazer se entender pelo doutor e o operário rural.

 

Walmir Rosário

Que me perdoem os puristas acostumados a tecer comentários desairosos sobre os estabelecimentos dedicados à transferência de felicidade ao gênero humano por meio da venda de bebidas e tira-gostos. Desinformados ou rancorosos, não conhecem nada do que se passa entre aquelas quatro paredes e mesas e onde se conversa sobre todos os temas, com exaltação e nenhuma briga a perdurar.

Para mim, não há melhor local recomendado para aliviar o stress, enriquecer o conhecimento, construir amizades sólidas, duradouras, mesmo que não se conheça nada de nada sobre a origem e a família do quase irmão. Chego até mesmo a nomear um boteco como um templo da cultura, dada a amplitude dos assuntos ali abordados, enriquecendo o cabedal de conhecimento dos fiéis frequentadores.

Digo, afirmo e provo! E eis que, no sábado passado, eu e os amigos Batista e Arenouca resolvemos colocar a conversa em dia e nos dirigimos ao Laginha, em Canavieiras, boteco que se preza pela cerveja gelada e bons tira-gostos. Nem bem chegamos à mesa, encontro o colega advogado Leonício Guimarães (Léo), canavieirense, ex-vereador em Itabuna, às voltas das reminiscências sobre o rádio grapiúna.

Há muito queria lembrar o texto da vinhenta de encerramento do programa De Fazenda em Fazenda e Na Fazenda do Odilon, que apresentamos – o locutor que vos fala e Odilon Pinto – há bem mais de 30 anos. Confesso que não me lembrava, mas diante da insistência de Léo, começamos a falar sobre os programas, os estilos, a qualidade da informação que levávamos a um público urbano e rural.

Para os que não conheceram ou sequer ouviram falar, o programa de rádio De Fazenda em Fazenda foi um canal de comunicação entre a Ceplac e seu público-alvo: agricultores e trabalhadores rurais, traduzindo as mensagens técnicas ao homem do campo de forma simples, alegre e descontraída. Teria de levar a mensagem técnica de forma compreensível e que produzisse resultados positivos em toda a região cacaueira da Bahia.

Alguns formatos foram pensados e levados ao ar por grandes comunicadores, mas a interação não chegava ao pretendido, até o chefe da Divisão de Comunicação, Mílton Rosário, se bater com Odilon Pinto. Só que tinha um problema quase intransponível: Odilon Pinto era comunista de carteirinha, volta e meia interrogado e preso, e não poderia trabalhar num órgão do governo federal, principalmente nos tempos da revolução de 64.

Para convencer os militares, foi necessário o aval de Mílton Rosário ao secretário-geral José Haroldo Castro Vieira, que conseguiu convencer os militares.

– O homem é bom e eu respondo por ele – garantiu José Haroldo.

Realmente, os esforços de Mílton e Zé Haroldo não foram em vão. Odilon era um artista nato; um músico que tocava os sete instrumentos e ainda cantava; um comunicador por excelência e que sabia fazer se entender pelo doutor e o operário rural. Paralelamente ao programa de rádio, Odilon criou um grupo regional, que se apresentava nos eventos técnicos e culturais da Ceplac, ou nas noites festeiras das cidades próximas.

Mas eis que chega a democracia e os homens do PMDB mudam a direção da Ceplac e resolvem, também, trocar a emissora de rádio: em vez da Rádio Jornal de Itabuna, onde era apresentado, o De Fazenda em Fazenda passou a ser transmitido na Rádio Difusora, do político Fernando Gomes. De pronto, Odilon enfrenta a direção da Ceplac, se coloca à disposição da Dicom e passa a apresentar um seu programa, agora Na Fazenda do Odilon.

Para os ouvintes isto criou uma confusão danada, pois as duas emissoras apresentavam programas parecidos, com nomes e apresentadores diferentes. E assim continuou. Após um curto espaço de tempo e muitos apresentadores, acumulo a reportagem e a apresentação do De Fazenda em Fazenda, na Rádio Difusora, das 4 às 7 horas, sem abandonar o trabalho nos veículos impressos e de vídeo da Ceplac.

Para competir com o artista e amigo dos ouvintes, Odilon Pinto, fizemos uma reformulação no programa, criando quadros com a participação de engenheiros agrônomos, médicos veterinários, técnicos agrícolas, utilizando toda a estrutura dos escritórios da Ceplac na região, além de músicas. Deu certo, e por incrível que pareça, chegamos a receber cerca de até 600 cartas por semana, enviadas por uma população quase sem alfabetização.

E Odilon continuou fazendo sucesso com seu programa. Tempos depois deixo a Ceplac (depois retornei), e Odilon Pinto resolve se candidatar a deputado estadual.

– Está eleito, diziam, basta encomendar o terno para a posse – garantiam todos.

Odilon, que sempre foi filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), se candidatou pelo Partido da Reconstrução Nacional (PRN), de Collor de Mello, à época liderado na Bahia pelo empresário Pedro Irujo. A cada pesquisa o nome de Odilon Pinto aparecia com maiores pontuações. Essa confiança do eleitorado contagiou Pedro Irujo, que investiu pesado na campanha eleitoral de Odilon.

Proibido pela lei eleitoral de apresentar o seu programa, Odilon me convida para tomar seu lugar ao microfone da Rádio Jornal e entra de cabeça na campanha que poderia lhe dar uma vaga na Assembleia Legislativa. Devido a minha experiência em campanhas políticas, uma semana antes da eleição, perguntei ao candidato Odilon se já tinha elaborado o planejamento para a boca de urna. Recebi um não como resposta.

Me disse que no dia da eleição sairia de casa, votaria e retornaria ao lar, onde descansaria da campanha. Nesse dia, saí da rádio e fui a Itajuípe, onde atuava como assessor de comunicação. Uma rápida visita às entradas da cidade, observei como os políticos locais abordavam os eleitores que chegavam da zona rural para votar e recebiam promessas de vantagens. Me veio à cabeça a falta de planejamento e a mudança nas pesquisas.

Resultado, o consagrado Odilon Pinto obteve uma votação pífia, e sequer alcançou a suplência. Pouco tempo depois, Odilon conclui seu mestrado, depois doutorado em Linguística e se dedica ao ensino do português na Uesc e outras faculdades.

Antes que me esqueça, consegui lembrar do jingle de encerramento do programa:

– Acorda João Grilo, Porfírio e Odilon, que o momento é bom pra nós viajar, o jegue corre que faz até medo, e amanhã bem cedo nós torna (sic) a voltar.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Celsinho Geraldo trabalhou na prefeitura de Itabuna e na Câmara || Foto Arquivo Pessoal
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O contador e ex-servidor municipal Celso Geraldo Filho, Celsinho, faleceu na madrugada desta sexta-feira (19), aos 55 anos. Celso estava internado no Hospital Calixto Midlej Filho, da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, mas não resistiu a uma cirurgia cardíaca.

O contador trabalhou na Prefeitura de Itabuna, nas gestões de Geraldo Simões (PT) e Capitão Azevedo (PL), e também foi assessor parlamentar da Câmara de Vereadores na década passada. Celsinho lutava pela vida e fazia hemodiálise.

O corpo do contador está sendo velado no SAF, na Rua Juca Leão, em frente ao Grapiúna Tênis Clube. O enterro está previsto para as 16h desta sexta-feira.

O ex-prefeito Geraldo Simões lamentou a morte de Celsinho. “Deus acolha a alma de Celsinho e conforte a família e amigos”, escreveu Geraldo em redes sociais. A Câmara de Vereadores emitiu nota de pesar pela morte do contador. Celsinho deixa esposa e dois filhos.