Mutirão de 2021 ocorreu, pela segunda vez, em formato híbrido
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Um balanço feito pelos organizadores demonstrou o sucesso da edição híbrida do Mutirão do Diabetes de Itabuna, promovido pela ONG Unidos pelo Diabetes. A edição de 2021 foi iniciada com a captação de pacientes por Agentes Comunitários de Saúde (ACS), seguido de triagem realizada no CAIC, seguindo todos os protocolos de saúde.

Cerca de 700 pessoas participaram de uma teletriagem feita por técnicos treinados, com a retinografia digital, emitindo laudo a distância, além de exames do pé diabético e, em seguida, o exame de retinografia digital. As imagens foram enviadas para uma equipe médica de oftalmologistas especialistas de retina e vítreo que emitiram laudos, com apoio da Inteligência Artificial, sinalizando quais os pacientes graves que deveriam receber atendimento especializado.

No dia 20 de novembro, cerca de 120 pacientes tiveram atendimento no Hospital Beira Rio para avaliação presencial e realização de exames e avaliação multidisciplinar, com mapeamento de retina, exames especializados para avaliação com nefrologistas e avaliação cardiológica com eletrocardiograma. Destes, 38 pacientes foram submetidos a tratamento gratuito com fotocoagulação a laser. Os casos que necessitem de tratamento mais demorado serão atendidos com o aval da Secretaria Municipal de Saúde.

O médio Rafael Andrade diz que telediagnóstico veio para ficar

EXPANSÃO DOS MUTIRÕES

“Além de todos os protocolos de distanciamento, o que realmente veio para ficar foi o uso da telemedicina ou telediagnóstico, principalmente para o rastreio da retinopatia diabética e outras doenças associadas”, afirma o médico Rafael Andrade, presidente da ONG Unidos pelo Diabetes e idealizador e coordenador do Mutirão. “As dificuldades aceleraram soluções que servirão no pós-pandemia com certeza para democratizar o acesso, principalmente em lugares mais distantes ou esquecidos”, afirma Rafael.

Por meio da ONG Unidos Pelo Diabetes, o modelo do Mutirão de Itabuna vem sendo replicado, inspirando campanhas em várias cidades, por meio de consultoria a distância, cursos presenciais para mutirões nos congressos médicos e, em alguns casos, com treinamento presencial em loco na própria cidade.

Os aconteceram em 17 cidades do Brasil em 2018 e evoluindo para 24 cidades em 2019, atingindo todas as regiões do Brasil. Em 2020, poucas cidades chegaram a fazer alguma ação, quando em Itabuna foi desenvolvido este novo modelo adaptado. Em 2021, cerca de 30 cidades do Brasil fizeram mutirões que foram inspirados e treinados pelo modelo de Itabuna.

“Os mutirões em todo o Brasil estão atingindo grande poder ação, ficando cada vez maiores, multidisciplinares e impactantes, e tendo como foco principal a prevenção, através de exames do fundo olho, pé e rim diabéticos, atividades educativas, de mobilização e envolvimento da comunidade”, finaliza o Rafael Andrade.

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