Fábio Vilas-Boas afirma que tem missão de ampliar base de apoio a Rui e Wagner || Foto Pimenta
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O ex-secretário da Saúde da Bahia Fábio Vilas-Boas está próximo de confirmar ingresso no MDB. “As conversas estão bem avançadas. Fui muito bem acolhido pelo partido. Sinto-me em casa. Agora, falta apenas a gente terminar algumas conversas”, disse o pré-candidato a deputado federal, nesta quinta-feira (16), em entrevista ao PIMENTA.

Médico e doutor em cardiologia, Fábio comandou a Secretaria da Saúde do Estado por mais de 6 anos. Deixou o governo, mas mantém boa relação com o governador Rui Costa, que, em eventos recentes, rendeu homenagens ao ex-secretário. Além disso, ele apoia a pré-candidatura do senador Jaques Wagner ao governo estadual.

Perguntamos ao ex-secretário se faltou convite para que se filiasse ao PT, apesar do vínculo com as principais lideranças do partido na Bahia. “Não, eu fui convidado pelo PT para filiar-me, assim como fui convidado pelo PP do [vice-governador] João Leão; pelo PSD do senador Otto; pelo PSB, da senadora Lídice; pelo PCdoB de Davidson e Daniel. Todos me convidaram. Eu conversei com todos, assim como conversei com o MDB”, respondeu.

Ele entende que o avanço das conversas com o MDB é uma oportunidade de ampliar a base de apoio a Rui e Wagner, que, neste momento, não tem os emedebistas. “Minha missão é essa. É trazer mais pessoas para o projeto que nós estamos desenvolvendo”, completou Vilas-Boas.

DESAFIOS DA CACAUICULTURA BAIANA

A agenda de Fábio Vilas-Boas no sul do estado incluiu visita à abertura do Chocolat Festival Bahia, em Ilhéus, na quinta-feira (16). A defesa da cacauicultura é uma das bandeiras políticas do pré-candidato, que produz cacau e chocolate em Uruçuca, sul da Bahia.

Para ele, a cacauicultura tem dois grandes desafios. “O primeiro é aumentar a produtividade e a produção da Bahia, para garantir o abastecimento das três plantas industriais que nós temos aqui”, explicou, referindo-se às fábricas moageiras de Ilhéus, que iniciam o processo de beneficiamento das amêndoas de cacau antes do envio para a fabricação de chocolates fora do estado.

Vilas-Boas afirma que a autossuficiência da produção baiana pode ser construída em, pelo menos, duas frentes. De um lado, apoio financeiro e técnico para que a lavoura tradicional da cabruca possa ter toda a sua matriz genética substituída por clones de alta complexidade e tolerantes à vassoura de bruxa.

O segundo desafio – aponta – é a implantação de novas lavouras em regiões não tradicionais, com cacau produzido a pleno sol, irrigado, abrindo caminho para o fruto de ouro no extremo-sul e oeste da Bahia.

CHOCOLATE EM LARGA ESCALA

Conforme o pré-candidato, é importante que o desenvolvimento das marcas que produzem chocolate fino no sul da Bahia seja acompanhado de esforço político para atrair ao estado investimento na produção em larga escala. “Temos cacau produzido artesanalmente, cacau fino, e chocolate produzido artesanalmente; chocolates de excepcional qualidade, premiados internacionalmente, mas a escala dessa produção ainda é pequena. Acredito que seja papel do governo fomentar a implantação de uma indústria de chocolate de grande porte em território baiano, aproveitando o parque industrial moageiro já existente. Isso vai garantir emprego, renda e uma caracterização mais regional dos chocolates produzidos na Bahia”.

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