Soane Galvão discursa no lançamento do Programa Mais Cacau, da Prefeitura de Ilhéus || Foto Pimenta
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Na manhã desta quarta-feira (23), a secretária de Desenvolvimento Econômico e Inovação de Ilhéus, Soane Galvão, lançou o Programa Mais Cacau, iniciativa voltada ao fortalecimento da agricultura familiar no município. Realizado no auditório da Prefeitura, o ato reuniu autoridades, representantes de instituições regionais e pequenos agricultores. O prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), não compareceu ao evento.

Antes do seu pronunciamento, Soane assinou a proposta de criação do Fundo do Desenvolvimento Rural de Ilhéus, que será enviada à Câmara de Vereadores. A secretária também agradeceu o apoio de entidades parceiras, como o Sindicato Rural de Ilhéus, o Centro de Inovação do Cacau (CIC) – ligado à Uesc – e o Sebrae.

Na sequência, dirigiu-se aos agricultores. “A gente precisa tirar frutos daquilo que a gente ama. Vocês amam a terra. Sei que, com todas as dificuldades de vocês, há um amor, há uma essência, que tá ligada à alma de cada um, porque eu morei com meus avós em uma fazenda e eu sinto falta até do cheiro”, disse a primeira-dama.

Os produtores, apontou Soane, devem se abrir para a aprendizagem de novas técnicas e, ao mesmo tempo, aprimorar o programa com seus saberes tradicionais. “Porque vocês têm muito a contribuir também. Vocês têm história, vocês conhecem a terra”.

Se a postura da secretária no início do discurso, com a mão esquerda enfiada no bolso, revelava certo nervosismo, ao final do pronunciamento, já à vontade com o microfone, a pré-candidata a deputada estadual arrancou aplausos do auditório quando atribuiu caráter sagrado à terra, ainda dirigindo-se aos agricultores:

– A terra é uma bênção de Deus. Dali é que nós geramos os nossos frutos. Vocês são peças importantes. A agricultura familiar lateja em nossa alma -.

ASSISTÊNCIA TÉCNICA, ASSOCIATIVISMO E CRÉDITO 

Jonathan Bispo apresenta objetivos do Mais Cacau || Foto Pimenta

Coube ao servidor da Diretoria de Agricultura e Pesca, Jonathan Bispo, explicar as diretrizes do programa municipal, que, segundo ele, já está em execução, mas, uma vez formalizado, ampliará seu alcance e terá novas frentes, a exemplo da abertura de linhas de crédito junto ao Banco do Nordeste e ao Banco do Brasil.

Segundo Jonathan, é necessário unir a tradição da lavoura às novas técnicas de plantio, o que resultará em ganho de produtividade.  “A gente sabe que a realidade na região é de uma agricultura, principalmente no que diz respeito ao cacau, que ainda tem muitos plantios velhos e solos empobrecidos. Temos, ainda, as novas técnicas. Temos um órgão excepcional como a Ceplac, que tem muitas pesquisas e trabalhos excepcionais, mas esse conteúdo e essa parte teórica precisam chegar ao agricultor. Essa é a ideia do projeto”.

Além da facilitação do acesso ao crédito e do auxílio técnico, o Programa Mais Cacau pretende estimular o associativismo entre os produtores ilheenses. Atuando por meio de cooperativas, explica Jonathan Bispo, os agricultores obtêm vantagens econômicas na compra dos insumos e na inserção dos seus produtos no mercado. Outro objetivo do programa é melhorar a qualidade das amêndoas de cacau produzidas no sistema cabruca, com a conservação da Mata Atlântica.

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