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Em um período pandêmico, inflação subindo, combustível e cesta básica mais caros, o orçamento estreitando, e com a intenção de evitar aglomeração, o brasileiro buscou uma alternativa de locomoção mais barata, independente e inteligente.

O resultado para essa busca se materializou em compra de motocicletas. E a demanda ficou tão alta que fez a venda de motos e scooters decolar, mesmo com salto nos preços – alguns modelos passaram dos 50%- e a gerar uma fila de espera que pode chegar a 6 meses.

Até maio deste ano foram registradas mais de 515 mil unidades comercializadas, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Essa quantidade representa um crescimento de 25,61% se comparado ao mesmo período de 2021.

Cito inteligente, pois numa conta grosseira, para os proprietários de carros, somente pelo aumento do custo do combustível, o seu gasto mensal com o mesmo, pode estar superando o valor de uma parcela de uma motocicleta. E para quem faz percursos curtos e rápidos, e principalmente sozinho ou com um (a) companheiro (a), a diferença será nítida no bolso.

Assim você diminuirá o desgaste dos componentes do seu carro, e passará a usá-lo somente em caso de necessidade (chovendo, ir ao mercado, fazer um passeio, viagem e etc…), e será proprietário de mais um bem. Mas essa conta varia de pessoa para pessoa!

Então, convido você a pensar e calcular: o seu custo com combustível mensal, a quilometragem que percorre, os perigos, os custos com documentação anual (IPVA), seguro e viabilidade. Esse conjunto, aliado ao cálculo estimado sobre os custos com a motocicleta, pode “devolver” um pouco do seu próprio dinheiro que está escorrendo pelo “ralo”.

Voltando aos números da Fenabrave…

Líder absoluta no segmento, a Honda ultrapassou as 103.000 unidades emplacadas, e representa 77,68% no ranking de vendas. A sua principal “arma” é a CG Titan 160, que foi comercializada 39.601 vezes até o quinto mês.

RANKING DE MAIS VENDIDAS EM 2022 (ATÉ MAIO)

1º – Honda CG 160: 39.601 unidades

2º – Honda Biz: 19.474 unidades

3º – Honda NXR 160: 13.428 unidades

4º – Honda Pop 110I: 12.637 unidades

5º – Honda CB 250F Twister: 4.349 unidades

6º – Yamaha YBR 150: 3.790 unidades

7º – Honda PCX 150: 3.739 unidades

8º – Honda XRE 300: 3.562 unidades

9º – Yamaha Crosser 150: 2.834 unidades

10º – Honda Elite 125: 2.278 unidades

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Ícaro Mota é consultor automotivo e diretor da I´CAR. A coluna é publicada às sextas-feiras.

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