A Cooperativa de Catadores Consciência Limpa (Coolimpa) vai prestar serviço de coleta seletiva ao Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, conforme termo de parceria e cooperação assinado junto à Fundação Estatal Saúde da Família (Fesf-SUS), responsável pela unidade hospitalar. No ato, a cooperativa foi representada por sua presidente, Deizimeire Souza, e a fundação, pelo diretor-geral Ricardo Mendonça.
Além de assegurar a destinação correta de materiais plásticos e papelões descartados no hospital, a parceria ajudará a Coolimpa a bater a meta de produtividade do programa Dê a mão para o futuro, da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos.
Hoje, os trinta associados da cooperativa coletam 30 toneladas de materiais recicláveis por mês. Com a nova parceria, o grupo pretende ultrapassar a marca de 40 toneladas, estabelecida como produção mínima para permanência no programa.
“Somente com os resíduos do hospital, pelo tamanho e grandiosidade que ele representa, acreditamos que atingiremos a meta mínima necessária e será um grande passo para nós avançarmos”, vaticinou Deizimeire.
CONQUISTAS E CARÊNCIAS
Outra exigência do Dê a mão para o futuro é a emissão de nota fiscal do material negociado pela cooperativa. A primeira contrapartida conquistada pela Coolimpa foi a doação de um caminhão de pequeno porte, usado na coleta do material de ruas e estabelecimentos empresariais.
O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) também é parceiro importante da Coolimpa, segundo a presidente. Com o auxílio da Promotoria Ambiental de Ilhéus, o grupo construiu quatro galpões.
Apesar dessas conquistas, Deizimeire Souza explica que a cooperativa ainda tem carências que estrangulam sua produção. Falta-lhe uma prensa profissional e seus galpões não têm energia elétrica. ”Por conta desta limitação na infraestrutura, temos muitos associados que ainda tiram meio salário por mês. É muito pouco”, lamenta a presidente da Coolimpa.