Raimundo vê risco de perda da gestão plena do SUS no município
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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Estabelecimentos de Saúde de Itabuna e Região (Sintesi), Raimundo Santana, afirma que, em Ilhéus, persiste o atraso de repasses de recursos a prestadores de serviços do Sistema Único de Saúde. Segundo ele, a responsabilidade é da Secretaria de Saúde de Ilhéus (Sesau), e o problema pode interromper o funcionamento de unidades conveniadas ao SUS.

Ao PIMENTA, Raimundo disse que o atraso de pagamentos afeta o Hospital Vida Memorial e a Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus, mantenedora do Hospital São José e da Maternidade Santa Helena. No caso da Santa Casa, ainda conforme o sindicalista, as parcelas atrasadas são referentes aos meses de setembro e outubro, além de parte de agosto.

O presidente do Sintesi também anunciou que o pronto-socorro do São José não atenderá pacientes via SUS a partir do dia 1º de dezembro próximo.

O site tentou ouvir a provedora da Santa Casa, Naide Silveira, nesta quarta-feira (23), sobre o anúncio da suspensão do serviço, mas as chamadas telefônicas não foram atendidas.

Ao PIMENTA, o secretário de Saúde de Ilhéus, André Cezário, afirmou que o Hospital São José não notificou a pasta sobre a paralisação anunciada pelo Sintesi.

SINDICATOS E CONSELHO PEDEM MEDIAÇÃO DO MP-BA

Hoje (23), representantes do Sintesi, do Sindtae e do Conselho Municipal de Saúde, acompanhados pela advogada Aline Gomes, levaram o problema ao promotor de Justiça Pedro Nogueira Coelho, do Ministério Público da Bahia, responsável pelo controle externo da gestão do Fundo Municipal de Saúde. A comitiva solicitou que a Promotoria interceda no caso, para tentar garantir a regularidade dos pagamentos aos prestadores de serviço.

Crítico à gestão da saúde em Ilhéus, Raimundo Santana afirmou que a Secretaria de Saúde de Ilhéus enfrenta descontrole financeiro o que, segundo ele, pode retirar do município a gestão plena do SUS. “Pode ser a única saída”, lamentou. Atualizado às 17h38min.

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