Nascida em Ibirataia, no sul da Bahia, cantora fez sucesso nacional || Foto Redes Sociais
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Nascida em Ibirataia, no sul da Bahia, e uma das fundadoras e integrante do Quarteto em Cy, a cantora Cinara de Sá Leite Faria, que recebeu o nome artístico Cynara, faleceu nesta terça-feira (11), no Rio de Janeiro, onde fez muito sucesso na década de 60. Internada no Hospital Prontocor, na Tijuca, Zona Norte, a artista morreu de insuficiência respiratória, aos 78 anos.

Quarteto do sul da Bahia para os palcos do Rio de Janeiro || Foto Marcelo Castello Branco

Cynara estava hospitalizada desde a semana passada, quando quebrou o fêmur e passou por uma cirurgia. Mas o quadro de saúde agravou-se por causa de uma pneumonia que contraiu durante a recuperação. “É com muito pesar que informamos que Cynara, integrante e fundadora do Quarteto em Cy, nos deixou hoje, dia 11/4/23, terça-feira, pela manhã”, diz um trecho da nota emitida pelo grupo musical nas redes sociais.

Acrescenta ainda que “foi uma jornada musical incrível, muitos projetos, principalmente, pela família, que foi algo sagrado pra ela. Cynara deixa três filhos, João, Irene e Francisco, quatro netos (Alice, Chiquinho, Tom e Vinícius) e duas irmãs em Cy (Cyva e Cilene). Muito obrigado pelo carinho”, afirma a nota.

Juntamente com as irmãs Cyva, Cylene e Cybele, também nascidas no sul da Bahia, a cantora Cynara fundou o Quarteto em Cy, em 1964. As meninas ficaram conhecidas como lendárias baianas. Elas fizeram muito sucesso interpretando canções próprias e de nomes como Tom Jobim, Chico Buarque de Holanda e Vinicius de Moraes.

Em 1968, com a irmã Cybele, interpretou a canção Sabiá, de Tom Jobim, Chico Buarque, no Festival Internacional da Canção de 1968, no Rio de Janeiro. No sul da Bahia, a história de sucesso das artistas é praticamente desconhecida. Ela nasceu em 7 de janeiro de 1945.

Luiz Ferreira defende programa de recuperação da cacauicultura no sul da Bahia
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“A cacauicultora sul-baiana passa por maus momentos, mas ainda pode ser importante ao país e sobretudo à Natureza”.

Luiz Ferreira da Silva 

A Natureza proporcionou ao homem dos trópicos úmidos uma árvore frutífera, o cacaueiro, que pudesse ser utilizada sem causar danos ao seu ambiente florestal.

Ao facultar um produto nobre – o chocolate –, adicionou características fisiológicas inerentes ao complexo do seu habitat, quente, chuvoso e rico em espécies consortes e fauna agregada.

Teria que ser uma planta que reciclasse com eficiência, mantendo a capa orgânica do solo, fator importante para alimentar as raízes finas, que têm a função de arejar o solo, agregar as partículas e evitar a perda de nutrientes. Enfim, manter a vida do solo.

E para tanto, sob a mata, recebendo pouca luz, forma um “túnel folear”, com as copas se encontrando, evitando que a luz solar danifique o solo. A luz é para as folhas fazerem a sua “química carboidrática” de transformação – fotossíntese, para os puritanos.

A Natureza ainda deu uma colher de chá. Aumentou a sua “plasticidade fisiológica” – conviver em ambiente mais arejado, a exemplo de uma mata raleada – no limite que ainda mantém o cacaueiro na sua missão fitogeográfica de equilibrar o uso com a conservação.

Neste contexto interativo, o cacaueiro usufrui da fauna, notadamente dos insetos polinizadores, alimentados por frutas em decomposição, oriundos do andar de cima, as árvores tropicais.

A Natureza é sábia. Por um lado, criou o cacaueiro com o fenômeno da incompatibilidade sexuada, que se manifesta quando o pólen de uma flor em uma planta não consegue fecundar os óvulos das flores da mesma planta (autoincompatibilidade) ou de outras plantas (inter incompatibilidade). E até o cacaueiro “macho” ocorre, com raridade nas plantações, com floração e não produtores de frutos.

Pelo outro, resolveu a questão no próprio meio. Criou as mosquinhas chamadas “forcipomyas”, e não havendo polinização adequada, a lavoura não produz satisfatoriamente.

Por essa razão, alertou ao Homem sobre a importância delas, incumbindo-lhe de cuidar de seus criadouros, os seus locais naturais, a exemplo das bromélias.

Chegou o cacaueiro no Sul da Bahia. Uma floresta tal e qual a da sua origem, a Mata Atlântica. Encontrou aí condições favoráveis de clima, solo, topografia e rede hídrica, razões da sua expansão, chegando a ocupar 600 mil hectares, com a equivalência de uma fonte de divisas de quase 1 bilhão de dólares em determinado ano.

Os pioneiros souberam mesclar a lavoura com a floresta, sem macular o meio ambiente, satisfazendo com a produção auferida, com elevada liquidez, mantendo preservado o ecossistema e proporcionando um epicentro gerador de riquezas com o produto cacau, cujos reflexos se irradiaram pelas áreas circunvizinhas, criando uma estrutura de bens e de serviços que permitiu, com outras atividades agrícolas e congêneres, distribuir benefícios para todas as comunidades, o que infelizmente não foram aproveitados na magnitude dos bônus.

Sessenta anos atrás, um cacauicultor com pouco esforço, com seus 100 hectares de cacau, sem usar maquinaria e tudo no lombo do burro, gastando pouco, em sua área cabrocada, mesmo com uma produtividade não tão expressiva, colhia 4 mil arrobas, que o tornava um homem de classe média alta. Com maior presença e bom solo, muitos chegavam a 6 mil arrobas, tornando-se ricos.

Nessas circunstâncias, uma lavoura nota 10. Produtiva e conservacionista.

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Geraldo Júnior discursa na apresentação do Bahia Sem Fome em Itabuna || Foto Pimenta
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Há 20 anos, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia acabado de completar cem dias de seu primeiro mandato, a promulgação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 047/2003 incluiu a alimentação na lista dos direitos sociais previstos no sexto artigo da Constituição. Naquele ano de 2003, a cidade piauiense de Guaribas foi escolhida para o lançamento do Programa Fome Zero.

De acordo com a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan), em 2004, 9,50% dos brasileiros passavam fome. Demorou uma década para o Brasil reduzir esse percentual abaixo de 5% (4,70%), critério da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) para retirar um país do Mapa da Fome.

A trajetória dessa estatística começou a regredir em 2015 e, em 2022, o Brasil já submetia 15,50% de sua população a algum nível de insegurança alimentar. No final do ano passado, tínhamos 33 milhões de compatriotas com fome. Parte considerável dessa multidão de famintos está na Bahia, conforme alertou o governador em exercício Geraldo Júnior, Geraldinho (MDB), nesta terça-feira (11), na apresentação do Programa Bahia Sem Fome, no Teatro Candinha Doria, em Itabuna.

“Se vocês observarem [os dados da Rede Penssan], são 33 milhões de brasileiras e brasileiros, são 2 milhões de baianas e baianos no Mapa da Fome. A pesquisa constatou que, na Bahia, nós temos 12,9% da população vivendo em situação de fome extrema”, declarou.

Números da fome no Brasil, segundo pesquisa da Rede Penssan || Foto Pimenta

O governador em exercício afirmou que, antes de se aliar ao grupo liderado pelo PT na Bahia, não havia despertado para a necessidade urgente do enfrentamento dessa mazela social. “Não tenho nenhuma cerimônia pra dizer que aprendi o conceito de fome quando tomei a decisão política de estar nesse grupo liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, disse. Conforme Geraldo, o estado será referência nacional nessa luta. “Vamos dar o exemplo para o Brasil”.

BALANÇO

Geraldinho fez um balanço das duas primeiras semanas do Bahia Sem Fome. Até hoje, o programa arrecadou 226 toneladas de alimentos e distribuiu 180 toneladas. No evento em Itabuna, o Grupo Atakarejo anunciou a doação de outras 50 toneladas.

Segundo o governador em exercício, há longo caminho a ser percorrido. “Esse não é um programa apenas do Governo do Estado, é uma problemática de todos os baianos e brasileiros, e a sociedade civil de todos os territórios está convocada a participar do Bahia Sem Fome”, conclamou.

A solenidade reuniu veículos de imprensa, empresários, políticos e representantes do terceiro setor do Território de Identidade Litoral Sul. Além do governador em exercício, participaram o secretário estadual de Comunicação, André Curvello; a secretária de Infraestrutura Hídrica e Saneamento, Larissa Moraes; o coordenador do Bahia Sem Fome, Tiago Pereira; o prefeito Augusto Castro (PSD); e parlamentares.

Jerônimo negocia contrato e vinda de montadora em reunião com executivos da BYD || Foto Daniel Senna/GovBA
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O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), e a direção da BYD, líder mundial em veículos elétricos, negociam reajuste do contrato para construção e operação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) do Subúrbio de Salvador.

Hoje (11), as duas partes tiveram reunião em Shenzhen, no sul da China, com o CEO da BYD, Wang Chuanfu, e a vice-presidente executiva da empresa, Stella Li. Ainda no encontro, executivos e Jerônimo analisaram a instalação de fábrica de veículos elétricos no estado nordestino.

A BYD foi a vencedora da licitação da obra do VLT. “A empresa argumentou que a pandemia trouxe impactos para o setor, com a elevação do preço do aço e do próprio maquinário que será usado na implantação do VLT. Iremos estudar as condições para realizar essas correções no contrato, e espero que a gente consiga resolver e dar início às obras o mais breve possível”, disse o mandatário baiano.

Jerônimo disse ter dado garantia de total apoio do Estado para que a BYD instale fábrica de veículos elétricos na Bahia, assegurando “incentivos para a ampliação do uso deste tipo de veículo que traz ganho ambiental e é a nova tendência do mercado mundial de automóveis”.

BYD é líder mundial em fabricação de carros elétricos || Foto Daniel Senna/GovBA

VEÍCULOS “MADE IN BAHIA”

Segundo o governo baiano, até o fim desta semana, a empresa se reunirá com o presidente Lula, que decolou nesta terça-feira para a China. A expectativa é que ele também apresente incentivos para que o investimento seja confirmado no estado baiano.

Antes da reunião com a BYD, o governador visitou uma linha de VLT no distrito de Pingshang. O equipamento é similar ao que será instalado em Salvador. Todo o complexo é controlado de forma remota e tem capacidade para transportar 300 mil pessoas por mês. Na quarta-feira (12), Jerônimo segue para Shangai, onde se integra à comitiva do presidente Lula.

Vitor Pereira não é mais treinador do Flamengo || Foto/Divulgação CRF
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A notícia mais desejada pela maioria dos torcedores do Flamengo veio nesta terça-feira (11), dois dias após o time sofrer goleada na final do Campeonato Carioca, quando perdeu por 4 a 1 para o Fluminense. O português Vítor Pereira deixa a equipe sem conquistar um título sequer, apesar de disputar 4 no período, dentre eles Mundial de Clubes, Supercopa e, de menor prestígio, o Estadual.

Sob o comando de VP, como também é chamado, o Flamengo disputou 21 jogos. Venceu 12, empatou 2 e perdeu 7. O time marcou 39 vezes e sofreu 25 gols. A passagem do português no Rubro-Negro durou cerca de 3 meses. Ele fechou acordo em 13 de dezembro e assumiu o comando tempos depois.

O sonho da torcida é a volta de Jorge Jesus ao comando do time.

Confira as ofertas de emprego para hoje
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Com vagas para profissionais em áreas como marketing, vendas e serviços, as unidades do SineBahia em Ilhéus, no sul, e Jequié, na região sudoeste, estão com oferta de 70 oportunidades de trabalho nesta terça-feira (11). São 54 em Jequié e 16 em Ilhéus.

Os interessados devem buscar a unidade do SineBahia, pelo menos, até as 15h30min de hoje, munidos de carteiras de Trabalho (física ou digital) e de Identidade, CPF e comprovantes de escolaridade e de residência. Caso possua, deve apresentar certificado de curso na área desejada.

A unidade de Ilhéus do SineBahia está situada na Rua Eustáquio Bastos, em frente à Praça Cairu e ao prédio da Justiça Federal, e a unidade de Jequié atende na Avenida Octávio Mangabeira, no Bairro Mandacaru. Clique em Leia Mais e confira todas as vagas para hoje.

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Ministro Lewandowski deixa STF após 17 anos || Foto Fernando Frazão/ABr
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O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), deixa hoje (11) o cargo, após ter antecipado em um mês sua aposentadoria. Ele completa 75 anos em 11 de maio, data em que seria aposentado compulsoriamente.

Lewandowski deixa o gabinete com um acervo de 780 processos, que devem ser herdados por seu sucessor. A partir desta terça-feira (11), cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar um novo nome para a cadeira do ministro. Quando anunciou sua aposentadoria, o ministro disse não ter feito indicações a Lula.

Não há prazo para a nova indicação. Lula embarca nesta terça para a China, de onde retorna no próximo domingo (16). Em café da manhã com jornalistas no início do mês, o presidente disse “não ter pressa” para fazer a indicação. “A escolha do substituto dele [Lewandowski] será feita por mim no momento que eu achar que tenha que fazer”, afirmou.

Até o momento, o único nome citado publicamente por Lula foi o do advogado Cristiano Zanin, que o defendeu nos processos da Operação Lava Jato. Nas últimas semanas, intensificaram-se as pressões e campanhas por outros cotados, em especial uma mulher, preferencialmente negra. Lula, contudo, tem rejeitado assumir qualquer compromisso sobre o perfil do indicado.

Antes de assumir, o indicado pelo presidente deverá ser sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e depois ser aprovado no plenário da Casa, por maioria absoluta (41 votos).

CARREIRA

Com a saída do Supremo, Lewandowski deverá voltar a advogar e focar na carreira acadêmica, segundo contou a jornalistas. Ele é formado pela Universidade de São Paulo (USP), mesma instituição pela qual se tornou mestre e doutor e na qual leciona desde 1978.

Sua passagem pelo Supremo, onde chegou em 2006 por indicação do próprio Lula, ficou marcada pelo chamado garantismo, corrente que tende a dar maior peso aos direitos e garantias dos réus em processos.

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Erasmo, primeiro à esquerda, marcou sessão e cancelou evento sem aviso e justificativa
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Um estudo da Organização Não-Governamental Acari sobre segurança alimentar e nutricional apontou a existência de 53 mil famintos em Itabuna, o mais populoso município da região sul da Bahia. Pelo estudo, conclui-se que 1 a cada 4 itabunenses vive em situação de extrema pobreza e não tem o que comer ou, pelo menos, não faz as três refeições diárias.

Os dados foram apresentados a várias autoridades de Itabuna e, também, ao governador Jerônimo Rodrigues. O estado lançou, no mês passado, campanha de combate à fome na Bahia.

O assunto segurança alimentar está na pauta do brasileiro, mas não encontrou espaço na Câmara de Vereadores de Itabuna.

Há cerca de um mês, o presidente da Casa, Erasmo Ávila (PSD), acompanhado do vereador Diego Pitanga (PT), recebeu comitiva integrada por servidores federais, advogados, pastores e entidades para a discussão da segurança alimentar e nutricional em Itabuna.

Naquela reunião no dia 13 de março, no gabinete da presidência, Erasmo reconheceu a necessidade de discussão do tema, além de proposta de unificação de ações e projetos de combate à fome. “E elaborar um plano de ação conjunto para garantir alimentação adequada às populações vulneráveis”, afirmou ele, conforme divulgado pelo próprio legislativo (confira aqui).

A presidência da Casa definiu o dia 29 de março para debate da fome em Itabuna em sessão especial. A surpresa ocorreu no dia marcado. Sem dar nenhuma explicação e sem aviso prévio, conforme entidades, a presidência da Casa cancelou a sessão. A diretoria-executiva da ONG Acari, sustenta que a sessão havia sido confirmada. O cancelamento não recebeu, até a tarde desta segunda-feira (10), uma explicação sequer por parte de Erasmo Ávila.

REVOLTA E INDIGNAÇÃO

O cancelamento da sessão gerou revolta e “causou uma grande indignação em todos os representantes das entidades” envolvidas na pauta. O cancelamento se deu e ocorre num “momento em que se busca a união e a unificação das ações de combate à fome no município e a elaboração de um plano conjunto para garantir alimentação adequada a todos”.

À queixa dos envolvidos na pauta levada à Câmara, some-se o que eles consideram como “forma desdenhosa” pela qual “o presidente do Legislativo local discutiu o assunto e tratou os presentes às duas reuniões”. Erasmo, conforme relatos, teria duvidado do número de pessoas que passam fome em Itabuna, por exemplo.

OUVIDOS PELO PALÁCIO DE ONDINA

Se o debate não recebeu o tratamento devido no principal gabinete do prédio do Espaço Cultural Josué Brandão, na Beira-Rio, a preocupação da entidade encontrou eco no Palácio de Ondina, em Salvador. Governador em exercício da Bahia, Geraldo Júnior (MDB) vem a Itabuna nesta terça-feira (11) para falar das ações de combate a fome no município e no estado.

O encontro será no Teatro Candinha Doria. Dele participará o prefeito Augusto Castro e o secretário estadual de Comunicação, André Curvello. O governador Jerônimo Rodrigues não estará no evento devido a compromissos na China, onde está há cerca de 10 dias em missão para atração de negócios para a Bahia.

OUTRO LADO

O site buscou ouvir a versão do presidente da Casa, Erasmo Ávila, sobre os motivos para o cancelamento da sessão especial sem nenhum aviso prévio. Foram feitas ligações para o telefone celular da presidência por três vezes, mas não houve êxito na ação.