Ameaças contra escolas mobilizaram equipes policiais em Ilhéus || Foto 68ª CIPM
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A série de ataques a escolas no Brasil deixa rastro de medo. Como se não bastasse a violência de fato, os brasileiros também passaram a conviver com o terror de ameaças, que se multiplicaram nas últimas semanas. Não é diferente em Ilhéus, no sul da Bahia, onde publicações sobre possíveis atentados se espalharam rapidamente e provocaram reações. Um dos casos registrados na cidade descambou para a calúnia, conduta de quem, indevidamente, atribui a autoria de crime a outra pessoa.

Alunos de uma escola particular da cidade pegaram a fotografia de praticantes de paintball (esporte que usa armas de tinta em suas disputas) e a publicaram acompanhada da acusação de que os homens da imagem planejavam um massacre em escolas de Ilhéus.

O caso foi parar na 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), onde os homens caluniados registraram boletim de ocorrência. Após o registro da denúncia, o clube de paintball divulgou vídeo em defesa de seus membros. “São pais de família, pessoas corretíssimas, idôneas, excelentes profissionais. Estão pegando a foto deles pra espalhar uma fake news, dizendo que eles são responsáveis ou serão responsáveis por um massacre em escolas aqui em Ilhéus”, declarou uma representante do clube.

A repercussão da publicação levou a mãe de um dos adolescentes a pedir desculpas, após levá-lo à Delegacia da Polícia Civil. A mulher também gravou um vídeo. “Todo esse comentário sobre o possível massacre foi uma brincadeira, uma brincadeira irresponsável do meu filho com seu amigo. Ele acabou postando, no seu status do WhatsApp, no intuito de brincar [com o amigo], porém ele não teve a noção de que ele estava expondo os dois rapazes nessa situação. Isso tomou uma repercussão muito desconfortável e nós estamos aqui dizendo que não existe massacre”, disse.

ADOLESCENTES VÃO RESPONDER À JUSTIÇA, SEGUNDO DELEGADA 

A delegada Katiana Amorim, coordenadora da 7ª Coorpin, afirmou que os dois jovens responsáveis pelo uso ilegal da imagem de terceiros vão responder pelo ato. “Os autores adolescentes envolvidos irão responder procedimento policial e judicial pelo ato infracional, sim”, assegurou.

Uma das medidas adotadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública para lidar com ataques e ameaças contra escolas foi a criação de um canal de denúncia específico, em parceria com a SaferNet Brasil. Informações sobre esse tipo de caso podem ser comunicadas por meio deste link.

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