Lion atacou cadelinha na Beira-Rio e foi espancado
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A presidente da ONG Bicharada, Marcela Andrade, explicou ao PIMENTA a situação do pit bull Lion, que atacou uma cadelinha na Avenida Beira-Rio, em Itabuna, e acabou espancado por transeuntes. A intervenção salvou a cadelinha, mas causou ferimentos graves em Lion, que foi recolhido pela ONG. “No desespero, as pessoas bateram muito nele, que está com dor no ouvido e a cabeça inchada”, conta a voluntária.

O animal foi levado a uma clínica veterinária, por iniciativa da Bicharada, disse Marcela. A informação contraria nota divulgada pela Diretoria de Controle de Zoonoses. O órgão, que é vinculado à Diretoria de Vigilância Sanitária de Itabuna, comunicou à imprensa que foi responsável por recolher o pit bull e levá-lo a um canil. “Eles não foram resgatar nem acolheram o animal. Ele está sob os nossos cuidados, não tem nada a ver com o Zoonoses”, reiterou a voluntária do movimento de proteção animal.

Marcela Andrade afirma que, ontem (6), não conseguiu contatar a direção da Vigilância Sanitária. Também pediu ajuda ao Grupamento Ostensivo de Proteção Ambiental da Guarda Civil, mas, segundo ela, a resposta da unidade especializada foi negativa. “Disseram que não iriam recolher, porque o Zoonose não podia receber”.

A presidente da ONG acrescenta que, hoje (7), quando manteve contato com a Vigilância, ouviu que o serviço de Controle de Zoonoses até poderia recolher e abrigar o cachorro, desde que a própria Marcela, que não tem vínculo com a administração municipal, assumisse a responsabilidade sobre o que viesse a acontecer com o animal. “Não tem cabimento. A Prefeitura acolher e eu assumir a responsabilidade de um animal que não estaria sob meus cuidados”, conclui.

A voluntária lamentou que o Centro de Controle de Zoonoses esteja fechado desde o ano passado, devido às más condições de sua sede. A paralisação total do serviço, segundo ela, não tem precedente em Itabuna. O espaço está aberto, caso a Diretoria de Vigilância Sanitária queira se manifestar.

ABANDONO E ACOLHIMENTO

Marcela Andrade conhece uma versão sobre o abandono de Lion. Ela soube que o animal era bem cuidado e vivia sob a guarda de uma moradora da Beira-Rio, centro de Itabuna. No entanto, a tutora, uma idosa, foi acometida por doença degenerativa, deixou a casa onde morava e, hoje, vive num abrigo. O cachorro ficou para trás.

Pelo porte, na avaliação da voluntária, Lion deveria pesar de 35 a 40 quilos, mas está com apenas 20 quilos. Ele passou por exames e continua internado em uma clínica veterinária. Nesse momento, o abrigo da ONG Bicharada está superlotado. “Tem animal no banheiro”, relata Marcela. Para abrir uma vaga e abrigar o cão quando ele deixar a clínica, outra voluntária da ONG vai receber em sua casa uma cadelinha recém-parida.

Confira, abaixo, imagens de Lion na Pet Clínica.

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