Marão e sua mãe, a ex-deputada Ângela Sousa, no Chocolat Festival || Foto PIMENTA
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O prefeito Mário Alexandre (PSD) comentou, em entrevista exclusiva ao PIMENTA, o Anuário de Segurança Pública. Segundo o levantamento, em 2022, Ilhéus teve a 14ª maior proporção de mortes violentas do País. Marão também falou da demanda de prefeitos do sul da Bahia pela retomada do projeto do aeroporto internacional, assim como pela conclusão da reforma do Aeroporto Jorge Amado, que se arrasta há anos.

Outro assunto abordado é a queda do ritmo do segundo trecho da duplicação da BA-001, na zona sul da cidade, que será complementado pela requalificação da orla. Parte delicada do projeto é a padronização das cabanas de praia. Marão fala, ainda, sobre a importância econômica do Chocolat Festival, que movimentou Ilhéus nos últimos dias. Leia.

PIMENTA – Como o Governo Municipal recebeu os dados do Anuário de Segurança Pública?

MARÃO Nós fortalecemos e capacitamos a Guarda Municipal. A grande maioria [das mortes violentas] tem relação com o tráfico de drogas. A Polícia Militar, junto com a Polícia Civil, tem procurado fazer movimentos estratégicos para combater esse crime organizado.

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Vamos nos reunir com o ministro Flávio Dino para angariar recursos.

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O assunto é discutido com o Estado?

Estamos em constante diálogo. Conversamos com o governador sobre a ampliação dos serviços. A nova delegacia, na Avenida Esperança, vai ser entregue neste mês. Tem o concurso público da PM e buscamos a conscientização da comunidade. Ilhéus, hoje, é muito mais iluminada do que a cidade que peguei há 7 anos. Você andava na Soares Lopes, por exemplo, e não tinha luz. Hoje, você tem lâmpadas de led em quase toda a cidade. São coisas importantes para evitar a violência, um problema de todo o País. Nesta terça-feira [25], estou indo ao Ministério da Justiça, em Brasília, nessa parceria [das três esferas de governo] do Pronasci 2. Vamos nos reunir com o ministro Flávio Dino para angariar recursos para fortalecer a segurança e promover a paz na nossa cidade.

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A gente não pode deixar o nosso aeroporto de lado.

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A Prefeitura de Ilhéus se articula com o Estado e o Governo Federal para a retomada do projeto do aeroporto internacional?

No segundo governo Lula, na época de Wagner [governador], o projeto do aeroporto era na Ilhéus-Serra Grande, inclusive com áreas desapropriadas. Estamos retomando. Lula disse que precisamos fazer o projeto. Conversamos com a Seinfra, na Amurc, no Consórcio [do Litoral Sul]. É uma união. Não é só o prefeito de Ilhéus. O prefeito de Ilhéus ajuda, colabora, mas tem que ter uma força conjunta dos prefeitos da região, porque o aeroporto fortalece a região, a cidade de Ilhéus, o turismo, a economia, os polos industriais, o Porto Sul.

E a reforma do Aeroporto Jorge Amado?

A gente não pode deixar o nosso aeroporto de lado. Se você olhar, a pista do Santos Dumont é menor do que a nossa. Então, enquanto não sai o aeroporto internacional, estamos cobrando o fim da reforma [do saguão do Jorge Amado].

O ritmo da duplicação na zona sul caiu. O que houve?

Estamos indo pra SPU [Secretaria do Patrimônio da União] para concluir a questão das cabanas de praia, das barracas, pra gente poder negociar, vendo como é que a gente vai padronizar. As pessoas, às vezes, querem denegrir a imagem [da gestão]. A gente não vai derrubar as barracas. Vamos padronizar as barracas. A imprensa, às vezes maldosa, fala em “derrubada de barraca”. Não tem derrubada de barraca.

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A gente trabalha para que a SPU entenda que ali é um projeto orla e que a gente vai respeitar a padronização, o meio ambiente, a linha de marinha.

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Não vai ter demolição?

Isso é assegurado por liminar. Tem uma liminar que, até então, não foi derrubada. Mas, se for derrubada a liminar, aí existe demolição. O que o município tem feito? A gente trabalha para que a SPU entenda que ali é um projeto orla e que a gente vai respeitar a padronização, o meio ambiente, a linha de marinha. Tudo isso é discutido com a SPU. Já demos o primeiro projeto. Estamos indo lá pra ver se precisa de ajuste. Então, eles reduziram [o ritmo da duplicação] um pouco, pra gente poder concluir. Ali vai ser a orla mais bonita do Brasil. Estamos indo no Desenbahia por um empréstimo com juros baixíssimos e uma carência de quatro anos [para que os cabaneiros padronizem seus estabelecimentos].

Marão é tietado por estudantes no Chocolat Festival || Foto PIMENTA

Qual é a importância do Chocolat Festival para a economia da cidade?

É o maior evento de cacau e chocolate da América Latina, parceria muito forte do Governo da Bahia e da Prefeitura de Ilhéus com os empresários, a economia solidária, a agricultura familiar, o Sebrae, as organizações não governamentais. É um conjunto de forças produzindo e inovando o cacau. Estive com Walter Pinheiro, do Cimatec, estamos pensando em construir uma refinaria do cacau. Um espaço para aproveitar não só a amêndoa, mas também a casca, o que sobra do cacau, o miolo. Agora, você sabe que não é mais cachaça, é cauchaça [risos]. Ou seja, isso vende, você agrega o valor.

Com o Governo do Estado, vamos levar o destino sul da Bahia para a França, Portugal e Bélgica. Isso fortalece a nossa cidade e aquece a economia. São quase R$ 15 milhões que rodam na nossa cidade, com mais de 170 empresas ligadas a cacau e chocolate. Há sete anos, eram apenas oito ou dez empresas.

3 respostas

  1. Um desastre para Ilhéus. Toda esburacada, encostas ruindo sobre outras casas, bairros ao abandono total, estradas em péssimas condições. A Tapera (centro de Ilhéus) está praticamente isolada, sem acesso veicular desde 2021. Resta-nos um único acesso a esse bairro super populoso: a estreita ladeira da Conceição, (via malhado) que já está praticamente interditada també, desabando no despenhadeiro, restando apenas uma faixa de 1,50m da pista para a passagem de um automóvel por vez. Idosos, deficientes físicos, grávidas, crianças, escolares, trabalhadores cansaram de pedir socorro.

  2. Miguel Padilha disse:
    07/24/2023 às 15:25
    Um desastre para Ilhéus. Toda esburacada, encostas ruindo sobre outras casas, bairros ao abandono total, estradas em péssimas condições. A Tapera (centro de Ilhéus) está praticamente isolada, sem acesso veicular desde 2021. Resta-nos um único acesso a esse bairro super populoso: a estreita ladeira da Conceição, (via malhado) que já está praticamente interditada també, desabando no despenhadeiro, restando apenas uma faixa de 1,50m da pista para a passagem de um automóvel por vez. Idosos, deficientes físicos, grávidas, crianças, escolares, trabalhadores cansaram de pedir socorro.

  3. Pura falácia, ele quer colocar a culpa na paralisação da obra de Duplicação da zona sul nos cabaneiros, o que é uma mentira! Em setembro do corrente ano, fará 01 ano que a prefeitura procurou os cabaneiros para impor o ” projeto” deles,( projeto este, sem a participação dos cabaneiros), e hoje, 10 meses depois, a prefeitura ainda está em conversa com o SPU? Pq antes de impor o seu “projeto”, não alinhou com o SPU e buscou uma linha de crédito para os guerreiros cabaneiros, que sustentam aos trancos e barrancos o turismo de nossa cidade. A obra não diminui um pouco! A obra paralisou GERAL!!! O canteiro de obras, no parque de exposições foi desativado, largaram montes de areia em frente ao Atacadão. Em frente ao condomínio do prefeito não tem sinalização nenhuma para informar sobre o barranco que foi criado com a retirada da terra, só quando houver um acidente, é que irão se preocupar e dizer que estão resolvendo!! Infelizmente aguardem essa notícia de um acidente ali na praia do sul, por conta de falta de sinalização das obras inacabadas!!

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