Em entrevista, Lúcio Vieira Lima fala sobre o MDB nas eleições de 2024 || Foto Reprodução
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O ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima gosta de analogias. Foi com uma que ele explicou por que o tempo urge pela definição do nome da base estadual para a disputa de Salvador em 2024. Nas eleições e no futebol, os grandes times fazem pré-temporada, lembrou o presidente de honra do MDB-BA, em entrevista ao PIMENTA.

Depois, referindo-se ao cenário de Ilhéus, recorreu ao automobilismo para traduzir a situação em que o postulante a uma candidatura não consegue viabilizá-la. “Isso é igual à Fórmula 1. Quando tem pouco espaço, na primeira curva, um carro sobra”.

Nas cidades com propaganda eleitoral de rádio e TV, os emedebistas têm peso no tempo de exposição. Esse é um dos trunfos do partido em Itabuna, por exemplo, onde o MDB iniciou conversa com o pré-candidato Geraldo Simões (PT) e deve dialogar com o prefeito e candidato à reeleição, Augusto Castro (PSD). Leia. 

PIMENTA – O vice-governador Geraldo Júnior é o melhor nome para unificar a base em uma eventual candidatura a prefeito de Salvador?

Lúcio Vieira Lima – Na opinião do MDB, é. Foi vereador da capital, presidente da Câmara e fez uma bela campanha com o governador Jerônimo. Hoje, é o mais conhecido e reconhecido por todos. Não vejo, no momento, nome melhor do que Geraldo Júnior para unificar a base e, principalmente, ganhar a eleição.

O senador Jaques Wagner alertou que não há muito tempo para a apresentação da pré-candidatura da base em Salvador. Qual avaliação o senhor faz desse timing e o que falta para a definição?

Não sei o que falta e concordo com o senador Jaques Wagner. Está demorando, porque ninguém pode negar que a candidatura de Bruno Reis [atual prefeito de Salvador] é favorita. É igual no futebol. O grande time faz pré-temporada para chegar 100% no campeonato. É o que temos que fazer. Botar o pré-candidato do Governo nas ruas, para que fature com os avanços da gestão. Se a candidatura só for apresentada lá adiante, não vai ocorrer nada disso. Até para, se for o caso, cicatrizar eventuais feridas na base do governador, por ser uma candidatura disputada.

Já tem alguma ferida?

Se você tem uma disputa, logicamente, vai abrir ferida. O tamanho da ferida – se é apenas uma fissurazinha ou não – só depois, mas o tempo é responsável por curar eventuais feridas. Por isso, digo eventuais.

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Converso com qualquer um. Quero o melhor para Itabuna.

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Como está a relação do MDB com o Governo Augusto Castro e a pretensão do prefeito de Itabuna de ser reeleito?

Na eleição passada, o MDB já não apoiou Augusto. Lançamos a candidatura de Charliane Sousa. Então, não vejo por que tanta estranheza. Converso com Augusto, converso com qualquer um. Quero o melhor para Itabuna. As conversas do MDB com Augusto ainda não se iniciaram. Estou conversando com o ex-prefeito Geraldo Simões, mas não me nego a conversar com nenhum outro pré-candidato.

Dos nomes colocados, é possível dizer qual seria o melhor para Itabuna?

Se vou conversar com todos, só poderei falar qual é o melhor nome depois de concluir essas conversas, porque não é pelo nome, mas pelo projeto que vai capitanear. Logicamente, Geraldo tem larga experiência. Foi deputado [federal], secretário de Estado, prefeito de Itabuna. Já o apoiamos em 2000, se não me engano, quando ele foi eleito. Geraldo tem todas as condições para capitanear um projeto para a cidade. Conhece Itabuna como poucos. Sem dúvida, é um fortíssimo candidato. É um forte candidato, também, a receber o apoio do MDB.

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Em Ilhéus, fala-se muito da secretária da Educação da Bahia, Adélia Pinheiro. 

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Qual será o papel do MDB nas eleições de Ilhéus?

O MDB sempre tem um papel de grande importância, decisivo, por sua grandeza, pelo que acrescenta em tempo de rádio e nas cidades que têm TV. Em Ilhéus, fala-se muito da secretária da Educação da Bahia, Adélia Pinheiro. Tem a pré-candidatura do ex-presidente da Câmara [Jerbson Moraes]. Para uma conversa sobre apoio, a primeira coisa é saber quais são os nomes. Em Ilhéus, você não sabe. Ninguém sabe ainda qual é o candidato de Marão. Se perguntar se a secretária Adélia confirma que vai ser candidata, ainda não confirma. Sobre o ex-presidente da Câmara, tem uma questão partidária. Isso é igual à Fórmula 1. Quando tem pouco espaço, na primeira curva, um carro sobra. Alguém tem que sobrar, porque não vai ficar um candidato de Marão e outro do ex-presidente da Câmara.

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