Nesta segunda-feira (13), servidores da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) iniciaram paralisação de 72h, com objetivo de pressionar o Governo do Estado a aumentar o percentual do reajuste salarial do funcionalismo baiano, fixado em 4%. A Federação das Entidades de Servidores Públicos do Estado da Bahia pede 10%, com retroativo a 1º de janeiro, conforme o Estatuto do Servidor (Lei Estadual 6.677/94). A categoria também aprovou indicativo de greve.
O Sindsaúde, que representa os servidores da Sesab, fez atos em diversas cidades baianas, a exemplo de Itabuna, Ilhéus e Salvador. O Sindicato afirmou, em nota, que o Estado implementa política de arrocho salarial. Segundo levantamento do Sinpojud, dos servidores do Judiciário baiano, o poder de compra dos funcionários do estado caiu, em média, 33% nos últimos oito anos.
Com base em dados do Dieese, o Sindsaúde informa que, de 2015 a 2023, o custo da alimentação subiu 87,55%; gás de cozinha, 159,77%, combustíveis 79,30%, energia elétrica 137,05%, entre outros produtos e serviços.
ATOS NA ALBA
A proposta de reajuste salarial linear de 4% para todo o funcionalismo baiano tramita na Assembleia Legislativa e dever ser votada nesta semana. Hoje (13), servidores estão concentrados na Alba, em Salvador, para tentar sensibilizar os deputados estaduais a reconsiderarem o percentual da reposição. Eles voltarão à sede do Legislativo estadual nesta terça-feira (14), a partir das 10h. Também farão protesto no Shopping da Bahia, quarta (15), às 8h.
Os servidores da Secretaria da Educação da Bahia (Seduc) também decidiram paralisar suas atividades, mas por 48h, a partir de hoje (13). Eles também vão se juntar às manifestações na Alba. Atualizado às 17h48min para corrigir a data-base.
Uma resposta
Absurdo demais profissionais de uma área fundamental pra sociedade terem que mendigar acréscimos de poucos porcentos junto ao poder público. E mesmo assim com uma dificuldade imensa, com uma má vontade imensa da parte de quem deveria ser o primeiro a valorizá-los.