Bento Lima fala sobre ex-prefeito Jabes Ribeiro || Foto PIMENTA
Tempo de leitura: 2 minutos

Fogos de artifício pipocaram no céu da Avenida logo após a chegada do prefeito Mário Alexandre e sua comitiva no Centro de Convenções de Ilhéus, por volta das 19h10min desta quinta (18). Estava aberta a 38ª edição do Chocolat Festival, que, por causa da eleição de 6 de outubro, transformou-se em arena política. O grupo do PSD, liderado por Marão e pelo pré-candidato a prefeito Bento Lima, reuniu apoiadores vestidos de amarelo e percorreu os estandes. 

Após a saída do ex-prefeito Jabes Ribeiro da corrida eleitoral, surgiram especulações sobre a possibilidade de uma composição PP-PSD. Nelas, costuma-se lembrar que, em dezembro, a base de Mário Alexandre votou em peso a favor da aprovação de contas do ex-prefeito.

Entrevistado pelo PIMENTA durante a visita ao Festival, Bento Lima disse considerar que esse tipo de conjectura faz parte do processo político e declarou ter um sentimento de solidariedade ao ex-prefeito, segundo ele, pela forma como a retirada da pré-candidatura foi construída. 

Ex-secretário municipal de Gestão e Inovação, Bento também falou da relação com o Governo do Estado num contexto em que o partido do governador Jerônimo Rodrigues, o PT, trilha caminho diferente do PSD em Ilhéus. Leia.

PIMENTAHá rumores de aproximação entre a sua pré-candidatura e o grupo do ex-prefeito Jabes Ribeiro. Procedem?

BENTO LIMA – Na verdade, o prefeito Jabes tem uma história política muito longa e grande nessa cidade e construiu seu score político. Naturalmente, quando ele sai do jogo, algumas pessoas tendem a tentar criar uma aproximação de um grupo que sempre teve disputa com o grupo da deputada Ângela [Sousa] com o nosso grupo. Nós temos posições políticas muito bem definidas, muito bem sedimentadas ao longo de 20 anos de grupo político na cidade de Ilhéus. Entretanto, a saída dele [da corrida eleitoral], da forma como foi feita, do modo como isso foi construído, o que nós temos dado a ele é solidariedade e nos aproximado no sentido humanístico. Porque você sair de um pleito, desistir de uma corrida eleitoral, naturalmente, traz sentimentos. E a gente tem se solidarizado com ele nesse sentido.

Alguém causou dano aos planos do ex-prefeito?

Não, eu não consigo medir isso, porque eu estou em outro campo. Eles estão lidando lá com as suas diferenças, no exercício de tentar unir, de tentar se aproximar. E nós estamos cá, dentro do nosso grupo, fazendo o mesmo. Então, é muito mais você cuidar do jardim para atrair a borboleta do que correr atrás de borboleta. A gente está cuidando do nosso jardim.

Então, seria uma composição bem-vinda.

Não, acho que, dentro do contexto, você não consegue chegar a essa conclusão, não.

Houve um tensionamento entre o grupo do prefeito Mário Alexandre e o grupo de Adélia Pinheiro (PT) e do Governo do Estado. Há um estremecimento na relação com o governador Jerônimo Rodrigues?

Eu não senti nem o tensionamento, muito menos, o estremecimento. Na verdade, nós temos dentro de Ilhéus, como eu disse, uma posição política muito bem firmada, uma estrada muito bem pavimentada. Nós temos resultados políticos e administrativos colocados. Quando digo resultados políticos, a gente observa a votação do governador Jerônimo dentro da cidade. A gente observa tudo que o prefeito Mário construiu e está deixando de legado. Isso tudo está sendo colocado na mesa dentro desse processo eleitoral. O PT de Ilhéus tem uma posição divergente dessa. Uma visão diferente dessa que nós vemos. Mas, tudo dentro do campo da política e da democracia. Ninguém é dono da verdade. A verdade está sempre sendo construída.

Existe a possibilidade de aliança com o PT de Ilhéus?

Cenas do próximo capítulo.

Deixe aqui seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *