Conheça os cuidados que se deve ter para se prevenir contra o Mpox|| Foto Getty Images
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O Ministério da Saúde instalou um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para coordenar ações de resposta à mpox, em decorrência da decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) de declarar emergência internacional para a doença.

Embora o Brasil apresente sinais de estabilidade da mpox, é necessário manter um estado de alerta em relação ao vírus, causado pelo mpox vírus (MPXV), do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. Trata-se de uma doença zoonótica viral. Sua transmissão em humanos pode ocorrer por meio do contato com pessoa infectada e materiais contaminados.

O Ministério da Saúde alerta que a principal forma de transmissão da mpox é por meio do contato próximo e prolongado (abraços, beijos, relação sexual) quando existem lesões na pele tais como erupções cutâneas, crostas, feridas e bolhas ou fluidos corporais (como secreções e sangue) em uma pessoa infectada.

A infecção também pode ocorrer no contato com objetos recentemente infectados, como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos, que foram contaminados com o vírus pelo contato com uma pessoa doente.

PERÍODO DE TRANSMISSÃO DA DOENÇA

Apesar do antigo nome usado (varíola dos macacos), esses animais não são reservatórios do vírus da varíola. Embora o reservatório seja desconhecido, é possível que a infecção tenha sido transmitida para seres humanos, tendo como fonte pequenos roedores das florestas tropicais da África, principalmente na África Central e Ocidental.

Uma pessoa pode transmitir a mpox desde o momento em que os sintomas começam até que as lesões de pele tenham cicatrizado completamente. A doença geralmente evolui para quadros leves e moderados e pode durar de 2 a 4 semanas.

Os sinais de que a pessoa foi infectada são erupções cutâneas ou lesões de pele (como bolhas, feridas com casca ou não); adenomegalias, que se caracterizam por linfonodos inchados e também são denominados de “ínguas”. Outros sintomas são febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.

De acordo com o Ministério da Saúde, o intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas do mpox (período de incubação) é tipicamente de 3 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Após a manifestação de sintomas como erupções na pele, o período em que as crostas desaparecem, a pessoa doente deixa de transmitir o vírus a outras pessoas. As erupções na pele geralmente começam dentro de um a três dias após o início da febre, mas às vezes, podem aparecer antes da febre.

As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podem formar crostas, que secam e caem. O número de lesões em uma pessoa pode variar e podem ocorrer em qualquer parte do corpo como rosto, palma das mãos, planta dos pés, boca, olhos, órgãos genitais e no ânus.

O QUE FAZER SE APRESENTAR OS SINTOMAS?

Se você achar que tem sintomas compatíveis com a mpox, procure uma unidade de saúde para avaliação e informe se você teve contato próximo com alguém com suspeita ou confirmação da doença. Se possível, isole-se de atividades sociais e coletivas. Evite contato próximo com outras pessoas. Higienize as mãos regularmente e siga as orientações para proteger outras pessoas da infecção.

A maioria dos casos apresenta sintomas leves e moderados. As principais medidas incluem o isolamento até que as lesões desapareçam, para evitar a transmissão para outras pessoas. O tratamento tem como objetivo aliviar dor, febre e demais sintomas, além do acompanhamento de potenciais complicações clínicas.

A pessoa deve ficar atenta à piora dos sintomas ou aumento da quantidade de lesões no corpo. Caso ocorram problemas nos olhos como vermelhidão, sinais de conjuntivite ou mesmo borramento da visão, busque avaliação médica em uma unidade de saúde.

Na maioria dos casos, os sintomas da mpox desaparecem em algumas semanas. No entanto, em algumas pessoas, especialmente aquelas com diminuição na imunidade (imunocomprometidos), crianças e gestantes, os sinais e sintomas podem levar a complicações, caso não haja assistência adequada.

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