Decisão do juiz eleitoral suspende divulgação de pesquisa em Itagibá
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O juiz Rafael Barbosa da Cunha, substituto da 147ª Zona Eleitoral de Itagibá, no Médio Rio de Contas, decidiu suspender a divulgação de uma pesquisa feita pela empresa Flex Consultoria & Pesquisas, a pedido da Coligação Coragem pra Mudar, Força pra Governar.

A pesquisa estava programada para ser divulgada no dia 21 de setembro. Na sua decisão liminar, nesta quarta-feira (18), o magistrado acolheu os argumentos da coligação, que tem como candidata a enfermeira Dalila Aguiar. A representação, assinada pela advogada Gisleide Gleice Nunes de Santana, apontou diversas falhas no plano amostral da pesquisa.

Entre as alegações, destacaram-se a não observância das regras estabelecidas pela Lei 9.504/1997 e pela Resolução TSE 23.600/2019, além de inconsistências relacionadas ao município e a manipulação do plano amostral, que foi aplicado de forma idêntica em outros 21 municípios.

A decisão aponta erros no questionário e na amostragem, como perguntas referentes a candidatos e eleitorado do município de Itabela, no extremo-sul da Bahia, em vez de Itagibá. Ele notou que os bairros e localidades citados na amostragem não correspondiam a Itagibá.

“CONTAMINADA DE ERROS”

“Esses defeitos fortalecem a alegação de que a pesquisa está contaminada por erros de procedimento, o que pode influenciar o resultado e gerar uma falsa percepção da realidade no eleitorado”, apontou o magistrado em sua decisão.

Com base no artigo 16 da Resolução TSE nº 23.600/2019, ele deferiu a liminar e ordenou a suspensão imediata da divulgação da pesquisa nº Ba 04139/2024, estabelecendo uma multa diária de R$ 5.000,00, limitada a R$ 100.000,00, em caso de descumprimento da decisão.

ITABUNA E ILHÉUS

A Flex também registrou, no TSE, duas pesquisas no sul da Bahia, uma em Ilhéus e outra em Itabuna, para divulgação também no próximo sábado (21). Pelo menos em Ilhéus, as coligações dos prefeituráveis Adélia Pinheiro (PT) e Valderico Junior (UB) entraram com pedido de impugnação do levantamento em Ilhéus. As alegações coincidem com as apresentadas em Itagibá e que culminaram com a decisão pela suspensão no município.

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