Ministério público pede afastamento e bloqueio de bens de Adriano Mendonça, prefeito de Gongogi
Tempo de leitura: 2 minutos

Do PIMENTA

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) ingressou com ação civil de improbidade administrativa contra o prefeito de Gongogi, Adriano Mendonça, que é acusado de desvio de dinheiro público. Recém reeleito, Adriano foi denunciado à justiça por suspeita de fraudes em licitações e desvio do dinheiro do contribuinte do município do sul da Bahia. Os crimes teriam ocorridos em 2021, com a contratação de uma construtora para execução de serviços de infraestrutura.

Na ação por crime de improbidade, o promotor de justiça Luís Eduardo Souza e Silva pede o bloqueio dos bens do prefeito Adriano Mendonça, a devolução de R$ 1.176.852,00, valor corrigido monetariamente, acrescido de juros; suspensão dos direitos políticos por até 14 anos e pagamento de multa. Além disso, pede que o prefeito de Gongogi fique proibido de ser contratado pelo poder público e de receber incentivos fiscais por 14 anos.

O representante do Ministério Público da Bahia solicitou também o bloqueio dos bens de Geraldo Severino dos Santos Filho, diretor de Planejamento e Engenharia do município, de Gabriela Patrícia dos Santos e da empresa Baruck Engenharia e Serviços. De acordo com o MP-BA, Geraldo é irmão de Gabriela Patrícia, sócia da Baruck Engenharia, que teria sido favorecida na contratação para execução da obra.

“VERDADEIRO CONLUIO PARA FRAUDAR A LICITAÇÃO”, DIZ MP-BA

O promotor de justiça afirma que o prefeito Adriano Mendonça, o servidor público e a sócia da Baruck Engenharia formaram um verdadeiro conluio com objetivo de fraudar o caráter competitivo dos procedimentos licitatórios no município de Gongogi. O trio de suspeitos teria arquitetado a fraude com intuito de se beneficiar e enriquecer ilicitamente às custas do dinheiro do contribuinte, denuncia o promotor.

Conforme o promotor público Luís Eduardo Souza e Silva, os representados nos cargos que ocupam sonegam documentos ao Ministério Público da Bahia e aos órgãos de controle. “Bem como continuam a praticar atos de improbidade administrativa e dilapidar o patrimônio público. Vale ressaltar que os valores das licitações fraudas são de um município de apenas 5 mil habitantes…”, diz a peça enviada à Justiça.

O representante do Ministério Público acrescenta que os supostos processos licitatórios foram ganhos por uma empresa de fechada, que sequer tem endereço no local fornecido. A Baruck Engenharia apresentou endereço na Rua Jamil Rihan, mas nunca funcionou no local indicado, uma rua sem saída, em Gongogi, segundo o MP-BA. A verificação foi feita in loco, no dia 14 de julho de 2023 pelo promotor de justiça Luís Eduardo Souza e Silva, que fez vídeos, fotos do endereço e ouviu moradores.

Essa não é a única denúncia de corrupção contra a gestão de Adriano Mendonça. Na quinta-feira (24), a Polícia Federal deflagou a Operação Infame para cumprir 13 mandados de busca e apreensão. O objetivo é investigar um esquema que teria movimentado mais de R$ 7 milhões. Quanto a ação de improbidade por supostas fraudes, os acusados ainda não se manifestaram obre a denúncia encaminhada à Justiça pelo Ministério Público. O espaço está aberto para as versões dos suspeitos de desvio do dinheiro público. Atualização à 0h37min.

Uma resposta

  1. Parabéns ao nobre promotor de JUSTIÇA!
    É importante fazer esse trabalho de pente fino em todas prefeituras de todos os partidos até pra gente firmar a seriedade na JUSTIÇA brasileira que vem sendo abalada, com as vendas de centença… Gongogi uma pequena cidade com esse volume roubado fico imaginando as cidades maiores da qui da região, talvez os prefeitos sejam mais bem assessorados, tenham mais recursos para se defenderam, mais o nobre promotor continua de parabéns…

Deixe aqui seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.