A cidade está ficando feia. Esse é o meu sentimento e o que penso.
José Nazal Pacheco Soub
Três fotos de uma das ruas mais antigas de Ilhéus, nos tempos de Colônia denominada Rua Direita. A partir da elevação à categoria de cidade, através da Lei Provincial 2187/1881, Rua 28 de Junho. No governo de João Lyrio (1989-1993), passou a ser Rua Jorge Amado, e a Rua 28 de Junho passou a ser na Boa Vista.
A primeira foto, de autor não identificado, estimo ser entre as décadas de 30 e 40 do século passado. À direita o prédio da Pensão Miled, que pertencia a Miled Zugaib e foi adquirido por Alina Herbert Carvalho Durand, onde foi instalado o Colégio Afonso de Carvalho.
Também identifico as casas de Rodolfo Vieira, de Pedro Piauhy e a da Família Góes. Ao fundo, a casa de João Amado de Faria e as Praças Luiz Vianna e João Pessoa, hoje dedicadas a Pedro Mattos e Dom Eduardo.
As fotos mais novas – de minha autoria, registradas em 2000 e 2024 – demonstram como temos tido pouco cuidado com a plástica da cidade. A cidade está ficando feia. Esse é o meu sentimento e o que penso. Como sempre afirmo, o que sinto e o que penso, só vale para mim.
José Nazal Pacheco Soub é fotógrafo, memorialista e autor do livro Minha Ilhéus – Fotografias do Século XX e um pouco de nossa história, lançado pela Via Litterarum.
Uma resposta
Primeiro vi as fotos e somente após li o texto e tive a mesma impressão do autor de que a cidade está ficando feia, com essa crescente e desordenada poluição visual, onde cada um cuida de sua fachada sem nenhuma padronização.