Uma saudação ao sol na Flizinha com o filósofo e ambientalista Ailton Krenak abriu o segundo dia da Festa Literária de Ilhéus (FLI), na manhã desta quinta-feira (14), no Centro de Convenções de Ilhéus, na Avenida Soares Lopes.
Krenak iniciou a atividade com uma saudação ao sol e, de forma lúdica, falando de natureza – inclusive humana, para o público infantil, na mesa de contos indígenas no espaço infantil da FLI. “Nós somos natureza”, afirmou para a plateia e ao lado de Ana Paula Tupinambá, quando discorreu sobre o encantamento de ser criança.
Dos convidados mais esperados desta edição da FLI, Krenak também participará de roda de conversa, ainda hoje, às 18h, no Espaço Jorge Amado. Com Casé Agantu, o escritor falará d´A Natureza do Tempo Presente, com mediação de Elisa Oliveira.
Membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), Krenak é ativista indígena e autor de obras como Ideias para adiar o fim do mundo, livro já traduzido para várias outras línguas, dentre elas francesa, alemã e inglesa. É das principais e mais respeitadas vozes na defesa do meio ambiente no mundo.
MIA COUTO: QUEM SÃO OS OUTROS
A FLI tem programação diversificada e reúne autores regionais, baianos, nacionais e traz como um dos seus convidados o moçambicano Mia Couto, escritor dos mais presentes no cotidiano e na leitura os brasileiros.
A participação dele será nesta sexta-feira (15), às 18h, no Espaço Jorge Amado, na roda de conversa Os outros somos nós, com mediação de Elis Matos. Nos três dias, haverá várias atividades voltadas a crianças, adolescentes e adultos. O encerramento, na sexta-feira, terá show com Silvanno Salles.
A ABERTURA DA FLI
A edição 2024 da FLI começou ontem (13). Coordenadora-geral da Festa Literária, a jornalista Vanessa Dantas falou do peso da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e da Academia de Letras de Ilhéus (ALI) na consolidação do evento ao longo das seis edições anteriores. “Agora, a nossa coordenação chega para somar junto com eles”, assegurou.
Vladimir Pinheiro, presidente da Fundação Pedro Calmon, vê a Festa Literária de Ilhéus fundada em um princípio fundamental às políticas culturais do Governo da Bahia. “É a possibilidade de trazer para os nossos jovens, aos nossos estudantes, mas para a sociedade de uma forma geral, a perspectiva de sonho, de utopia, de uma cultura de paz”.
Líder do Governo do Estado na Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado estadual Rosemberg Pinto recordou a importância de Ilhéus para a formação da sociedade baiana e já vislumbra a FLI com destaque no circuito nacional das feiras literárias. “Faltava um evento literário do tamanho que Ilhéus merece. Tenho convicção de que essa Festa Literária se transformará numa das maiores do Brasil, incluindo o potencial turístico da cidade”, afirmou
O COMEÇO
Reitora da Uesc por duas vezes e ex-secretária da Educação da Bahia, a professora Adélia Pinheiro deixou sua marca na construção histórica da Festa Literária de Ilhéus e falou da experiência de vivenciar a sétima e maior edição da FLI. “O sentimento é de orgulho e grande alegria em ver estudante, professor, o público interagindo com diferentes formatos de leitura, literatura e arte”.
A 7ª Edição da Festa Literária de Ilhéus (FLI) é promovida pela Sarça Comunicação e tem a LDM como editora oficial do evento. A FLI reúne como parceiros a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e Governo do Estado da Bahia, por meio da Bahia Literária, ação da Fundação Pedro Calmon/Secretaria de Cultura, da Secretaria de Educação e da Secretaria de Turismo.