![Agência foi inaugurada em prédio onde hoje o Sindicato Rural (Arquivo José Nazal).](https://157.230.186.12/wp-content/uploads/2017/03/Banco-do-Brasil-Ilhéus-580x358.jpg)
![Nazal aponta deslize do BB.](https://157.230.186.12/wp-content/uploads/josé-nazal.jpg)
O correntista que se dirige à agência do Banco do Brasil na Marquês de Paranaguá, em Ilhéus, depara-se, em alguns momentos, com moradores de rua dormindo na área de autoatendimento, no térreo. O desleixo que caracteriza a agência também é notado pelo esquecimento de um fato histórico. Na última quarta (1º), a agência completou 100 anos. A data passou em branco.
Quem faz a recuperação histórica é o memorialista e fotógrafo José Nazal. A agência foi inaugurada em 1º de março de 1917, a 19ª instalada no País. Antiga capitania hereditária e uma potência econômica nacional à época, observa Nazal, o município ganhou agência antes mesmo que algumas capitais brasileiras.
“Conta a lenda que o maior depositante em dinheiro foi Coronel Misael Tavares, que fez um depósito de 2.300 contos de réis, uma fortuna para a época”, diz Nazal, que também é vice-prefeito e secretário de Planejamento de Ilhéus. Ainda de acordo com o levantamento feito por Nazal, “o segundo maior depositante foi o Coronel José Gomes do Amaral Pacheco, que depositou 70 contos de réis”.
Para Nazal, o centenário da agência ilheense não ser lembrado pela própria instituição constitui-se “total desrespeito a nossa história, sequer fez uma singela comemoração”. O vice-prefeito, secretário e memorialista espera que o banco repare o erro histórico e, embora com atraso, faça a homenagem.
A agência foi inaugurada no prédio onde hoje funciona a sede do Sindicato Rural de Ilhéus, a poucos metros da agência atual, no centro histórico.