Jerônimo também repreende João Leão por fala da pré-campanha
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O governador eleito da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), disse que o silêncio do presidente Jair Bolsonaro (PL) não corresponde ao esperado de um líder político derrotado num processo eleitoral. Bolsonaro ainda não se manifestou após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para o terceiro mandato presidencial, no último domingo (30).

– É um comportamento miúdo, um presidente da República não reconhecer o processo democrático. O Brasil deu outra aula de democracia. Ele podia ao menos dizer assim: olha, eu tô machucado, tô ferido, mas eu quero que o Brasil ganhe, saia ganhando. Não fez isso – declarou Jerônimo, hoje (1º), em entrevista à Rádio Metrópole, de Salvador.

De acordo com o governador eleito, os mandatos que os eleitores concederam a ele e a Lula trazem consigo a responsabilidade da pacificação. Isso num contexto em que, segundo Jerônimo, Bolsonaro atua para aumentar as fraturas sociais do país.

“Ele fez um riscado no chão e disse assim: tem dois Brasis. Não tem dois povos brasileiros, só tem um povo brasileiro. Claro que tem uma disputa, mas a gente vai ter uma missão muito grande, Mário [Kertéz], de unir esse Brasil, de não criar uma coisa de quem é verde-amarelo, de quem é azul, de quem é vermelho, essa missão é nossa”, concluiu.

ADVERTÊNCIA

Jerônimo Rodrigues também criticou o vice-governador e deputado federal eleito João Leão (PP), que deixou a base do Governo Rui Costa, em março passado, e apoiou a candidatura de ACM Neto ao Governo da Bahia. Ao sair da coalizão partidária liderada pelo PT, Leão disse que Neto venceria a eleição no primeiro turno, com mais de 60% dos votos, e que daria “um couro” nos adversários.

Para o governador eleito, o modo como o atual vice-governador se expressa não dá bom exemplo. “O senhor envergonha a gente. Esse tratamento não cabe mais na política brasileira nem baiana”, admoestou Jerônimo, dirigindo-se a João Leão.

João Leão também mudou de lado na disputa nacional. Quando rompeu com o PT, ele disse que ainda apoiaria Lula, mas, depois de eleito, anunciou apoio a Bolsonaro.

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