Manuela Berbert escreve sobre a importância da vocalização de sentimentos
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Por ser um canal de diálogo para milhares de pessoas, através das minhas redes sociais e tantos veículos de comunicação, posso também ser ponte de transformação e ajuda para muitos. Não esqueçam: aquilo que você cala, o corpo vai lá e fala!

Manu Berbert

A vida é mesmo uma pecinha de teatro que não permite ensaios, e quando as coisas saem literalmente dos trilhos a nossa ficha cai com mais força. Por aí também é assim?!

Uma das minhas novas manias é escutar podcasts. Seja nas caminhadas, dentro de casa, no carro, tô sempre lá, escutando algo ou alguém que me faça pensar, refletir, analisar a vida. Pois bem: ontem estava escutando uma edição interessantíssima com Ana Clara, apresentadora da Rede Globo, figura carismática descoberta por Boninho em um desses BBBs da vida. Nele, ela conta que recentemente foi internada por conta de um surto emocional. Uma coisa pra resolver, duas, três, uma notícia boa aqui, uma ruim ali, muitas informações de vez para lidar e, ploft, a mente não suportou. Acontece com mais facilidade do que se sabe, e que bom que essas pautas hoje têm sido faladas sem rodeios.

Estamos em uma era de muita informação. Todas de vez! Na palma da nossa mão! E para piorar, os acontecimentos parecem se desenvolver na velocidade da luz. A maioria das profissões atuais pede habilidade emocional, agilidade, perspicácia e bom senso, mas nem sempre o nosso corpo e a nossa mente conseguem acompanhar, lidar e dar conta disso tudo de vez, e cada vez mais pessoas têm uma espécie de exaustão mental. Aconteceu comigo recentemente, e a clareza de se perceber fora de si é uma das sensações mais conflitantes que existem. E o mais interessante: nem sempre o gatilho é algo ruim. Às vezes, são boas notícias também. Novas fases, novos projetos, como a moça narrou no programa: “são tanta coisa de vez, que você não sabe o que fazer com tudo!”.

Por outro lado, e meu texto é sobre isso, o acesso a tratamentos, técnicas, informações, segue na mesma proporção. Se antigamente os casos isolados amedrontavam famílias, hoje é bem comum a ajuda coletiva. Basta abrir a boca, contar sua experiência, e aparecem inúmeros amigos contando casos parecidos, enumerando recursos, indicando profissionais. E a decisão de escrever sobre isso, hoje, vai por esse caminho. Por ser um canal de diálogo para milhares de pessoas, através das minhas redes sociais e tantos veículos de comunicação, posso também ser ponte de transformação e ajuda para muitos. Não esqueçam: aquilo que você cala, o corpo vai lá e fala!

Manu Berbert é publicitária.

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