Na fila da regulação, mulher faz apelo por cirurgia
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Há pouco mais de um ano, Edimária notou um calombo crescendo na parte superior do seu pé direito. Intrigada, buscou ajuda médica. O primeiro diagnóstico apontou a existência de um cisto. Não contente, procurou outra opinião profissional. O segundo médico consultado solicitou uma ressonância magnética e, depois de analisar as imagens do exame, informou à paciente que se trata mesmo de um tumor benigno, ou seja, não cancerígeno. Mesmo assim, precisa ser removido, alertou o especialista.

Faz exatamente dois meses que Edimária Nascimento Silva, de 44 anos, deu entrada com a solicitação da cirurgia eletiva ao Serviço de Regulação da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab). “Foi no dia 26 de julho de 2023”, recorda ao PIMENTA a moradora do bairro São Caetano, em Itabuna

Do ponto de vista da usuária do SUS, o caráter eletivo que o serviço público atribui ao procedimento ignora o sentido de urgência de quem está na fila da regulação. “Pra mim, [a cirurgia] é urgente, né? O tumor está crescendo. Daqui a pouco, não vou nem conseguir andar direito, já está incomodando”, relatou. Já é muito difícil, por exemplo, usar calçados, sem falar no sofrimento psíquico.

Edimária explica que precisa ser operada por um cirurgião especialista em pé. Pelo SUS, afirma, o procedimento só é disponível em Salvador. Segundo ela, a primeira solicitação que aparecia no site da Sesab, para uma avaliação no Hospital Manoel Victorino, na capital baiana, foi cancelada. Agora, ela aguarda agendamento em outro hospital, também de Salvador.

O PIMENTA entrou em contato com a assessoria da Sesab, na manhã desta terça-feira (26), mas não obteve retorno até a publicação, às 17h45min.

3 respostas

  1. Absurdo isso! Pagamos tantos impostos pra termos esse tipo de retorno. É revoltante!
    Acompanho de perto essa luta de Edimaria.
    Solução é o que se precisa.

  2. As pessoas humildes e sem recursos $$$$ já se acostumaram a essas condutas onde predominam a indiferença e a frieza com que servidores do Estado tratam os necessitados. Ao que transparece, agem como se dando uma esmola. A medicina, com raras excessões, transformou-se no comércio da sobrevivência; fria e impessoal.

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