Marcel Leal
Podem falar e escrever o que quiser nos veículos ligados a ele. Mas aposto que Geddel não é candidato a governador hoje nem será amanhã.
O jogo de Geddel é esticar a dúvida até junho de 2010 para arrancar de Jaques Wagner o máximo que puder para “desistir” de sua candidatura. Anote na parede: Geddel não é candidato a governador (até porque nunca teve nem tem votos para isso).
Geddel vai ficar fazendo um jogo de “gato e rato”, como na semana que passou. Primeiro deu entrevista dizendo que é candidato a governador.
Diante da repercussão, com gente falando em rompimento de Wagner com o PMDB (e, como consequência, a possível perda do ministério), Geddel correu para “pedir calma” sobre o assunto.
Daqui a um tempo vai indicar de novo que é candidato, só para retirar em seguida. Vai ser assim até junho de 2010.
Como tem sido desde o ano passado, com idas e vindas para espalhar a dúvida.
Geddel sabe que só é forte porque é ministro e tem uma caneta nas mãos.
Sabe que, se perder o posto, volta a ser o coadjuvante que sempre foi, em se tratando de disputa pelo governo do estado da Bahia.
Geddel não tem votos para isso, nem fidelidade, nem história para vencer esta disputa com Wagner e Souto. Nem o PMDB na Bahia, que só tinha ele como deputado federal até Lula dar o ministério a Geddel e ele aderir a quem combateu por tanto tempo.
Geddel sabe disso, mas faz, de forma esperta, um jogo destinado a garantir para seu partido (e, acima de tudo, ele mesmo) o controle de várias secretarias importantes.
Será a moeda de troca para “desistir” de algo que ele nunca teve intenção de buscar e apoiar Wagner na reeleição.
Não que todo o teatro seja ilegal ou imoral. Faz parte da tradição política no Brasil.
A própria palavra política significa “a arte de conquistar, manter e exercer o poder”.
Mas é bom que você saiba que é só de mentirinha.
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