Tempo de leitura: 3 minutos

Jerberson Josué

 

 

 

 

Em 2020, os 130 mil eleitores ilheense terão a certeza da disputa mais aberta da nossa história. Muitas são as possibilidades… inclusive para não mudar nada. Ou aparecer um nome arrasador como o doutor em 2016.

 

No tabuleiro da sucessão municipal de Ilhéus, esquentam as articulações de bastidores.

Há um grande número de pré-candidatos já sinalizados por seus respectivos partidos e outros, nem tem filiações, ou definições partidárias. E existem aqueles que nem grupos, ou liderança possuem e são pretendentes de seus próprios interesses e devaneios.

Ainda assim todos possuem direito de concorrer e merecem respeito. Afinal, depois de Bolsonaro, qualquer cidadão, ou cidadã pode surpreender e se eleger, contrariando todos prognósticos e avaliações de pesquisas de opinião pública.

Basta saber fazer as coisas acontecer e aproveitar as oportunidades.

Voltando a Ilhéus e aos ilheenses, segundo sondagens recentes, mais de 70% dos eleitores, não tem ou não querem saber, nem pensam em candidatos.

Isso deixa o jogo aberto e com muitas possibilidades em aberto.

Os mais experientes não ousam arriscar prognósticos sobre o resultado do pleito. Alguns apontam que no frigir dos ovos, só o prefeito e um seu opositor, polarizarão a disputa. Mas não há no panorama atual, a definição de quem seria esse desafio.

O prefeito segue atuando e se empenhando para reduzir a rejeição a que está submetida sua gestão e talvez esteja aí, seu maior obstáculo eleitoral.

As oposições seguem sem emplacar uma alternativa convergente.

Cada movimento de bastidores e avançar dos dias, resultam em possibilidades que vislumbram esperanças, ou desmotivam candidaturas proporcionais e majoritárias.

Um ator importante nesse tabuleiro, é o governador Rui Costa. Mas não está claro até onde e por quem ele pretende participar na eleição ilheense.

A aprovação de 80% e ausência de oposição em Ilhéus, deixam o governador em situação confortável.

Outro ator importante no jogo local é o ex-prefeito Jabes Ribeiro. Silencioso e calculista, raros foram os momentos em que o professor foi traído pela sorte nos últimos 40 anos de política em Ilhéus.

Até pra quem perder, o professor costuma escolher.

O calouro do pleito é o jovem Júnior Reis, que segue tentando ser a terceira via. Já ouço seu nome nas classes predominantes. A dúvida é se isto será uma tendência ou apenas um “balão de ensaio”! Essa trinca dá o norte até essa hora.

A noiva predileta para esses três grupos acima citados é o PT, que segue com o empresário Nilton Cruz, lutando e se esforçando para viabilizar sua candidatura. Os adversários do PT, querem ele ao lado para herdar a força da máquina estadual e influência do governador mais bem avaliado do Brasil.

Ao PT, resta saber qual caminho melhor lhe convém. Seguir no projeto Nilton Cruz e fazer uma boa bancada para Câmara Municipal, ou aliar-se ao que melhor lhe convier.

Na avaliação de especialistas, o apoio do PT é promissor e preponderante para quem quiser se eleger, ou reeleger!
Eu, como militante e pré-candidato a vereador, torço pelo projeto Nilton Cruz.

O jogo só está no início, no primeiro chute. Todavia, dezenas de pré-candidatos estão rodando, andando, conversando e articulando.

Em 2020, os 130 mil eleitores ilheense terão a certeza da disputa mais aberta da nossa história. Muitas são as possibilidades… inclusive para não mudar nada. Ou aparecer um nome arrasador como o doutor em 2016. Porém, entretanto, todavia, vida que segue…

Eu sou Jerberson Josué, um aprendiz na escola da vida.

Tempo de leitura: 2 minutos

Manuela Berbert || manuelaberbert@yahoo.com.br

 

 

Um dia depois me dou conta de que era ela, a menina risonha das fotos do mesversário quem teria falecido! Automaticamente lembrei dos textos da mamãe valente dizendo que ela era o seu grande presente. Voltei lá. “Meu Deus, ela mesma! A neném que usava turbantes coloridos!” Meu coração apertou!

 

Sou apaixonada por gente. E observadora atenta do comportamento humano. E, nessas, acabo perdendo muito tempo nas redes sociais. (Ou ganhando, quem vai saber?!). E nesse vai e vem de perfis, vi Eddy Oliveira, vocalista da Banda Via de Acesso, postar o mesversário da sua afilhada recentemente, e que ela tinha até uma página no Instagram.

Para variar, fui laaaá longe, nas escritas da mamãe e nas imagens inusitadas da menina. “Essas mães inventam é coisa! Só pra emocionar a gente!”, pensei, lembrando também da #ParaMariaLer, que a atriz Débora Secco escreve para a sua Maria e que eu fico daqui torcendo para que o Mark Zuckerberg, dono deste recinto todo chamado internet, não invente de bugar a rede antes da menina Maria crescer, ler e marejar os olhos, como me acontece tanto!

Passei essa semana viajando – literalmente – em mais uma imersão cultural e de estudos. Para avançar, às vezes a gente precisa reconhecer que é preciso uma dosezinha de coragem e outra absurda de dedicação, senão o negócio não vai. Não anda! E quanto mais caminho, mais percebo que o mundo da comunicação (e dos eventos) correu, e que de alguma forma Itabuna anda pairando no ar, vagarosamente, como quem não acha um solo fértil para pousar, mas também não cai porque há um time mantendo-a de pé, ainda que na marra.

E entre cursos, palestras e afins fora da Bahia, abri a tela do celular na intenção de fazer um textão me queixando de tudo, seguindo a máxima comportamental de que as nossas redes viraram um divã que oscila entre conquistas pessoais e queixas coletivas. Mas aí li que uma mulher e uma criança (tia e sobrinha) teriam sido mortas por uma caçamba em Ilhéus. “Caramba! Não vou nem olhar as fotos!”, pensei.

Um dia depois me dou conta de que era ela, a menina risonha das fotos do mesversário quem teria falecido! Automaticamente lembrei dos textos da mamãe valente dizendo que ela era o seu grande presente. Voltei lá. “Meu Deus, ela mesma! A neném que usava turbantes coloridos!” Meu coração apertou! E, do lado de cá, estática por longas horas, fiquei refletindo com meus botões se há mesmo a necessidade dessa corrida toda, quando, na verdade, só o Dono do tempo tem o comando do trem de pouso e, invariavelmente, do clique para a decolagem!

Manuela Berbert é publicitária!

Tempo de leitura: 2 minutos

Manuela Berbert || manuelaberbert@yahoo.com.br

 

 

 

E a cada post nas redes, não somente sobre a festa em si, mas sobre a “virada de chave” na terrinha, o mote da campanha que já ganhou o país: Bote Fé em Itacaré!

 

Se alguém me contasse, há dez anos, que a catraca do mundo iria girar e transformar Itacaré em uma cidade turística tão movimentada e pujante, confesso que, particularmente, duvidaria. Aquele lugarzinho (sempre bonito por natureza, claro!) que abrigava uma turma um tanto alternativa e apreciadora do surf e esportes radiciais se transformou em um dos roteiros mais procurados do mundo. E não decepciona!

Do natural ao modernoso no atendimento e serviços. Do simples ao luxuoso, sem perder a ternura. Dos pés na areia à calçada da famosa Pituba. Itacaré é hoje cenário de um vai e vem dos mais animados, com pessoas de todas as idades e classes sociais, roteiros para todos os gostos e uma noite aconchegante acontecendo de segunda a segunda.

Pôr-do-sol na Ponta do Xaréu é um dos mais bonitos do litoral baiano || Foto Andrade

Para deleite, um dos maiores réveillons do país acontece, nesta virada de 2019/2020, na cidade turística próximo de Ilhéus. Ivete Sangalo, Jorge e Matheus, Durval, Alok e mais uma seleção imensa de DJs conhecidos mundialmente farão a festa por lá, em cinco dias pensados e realizados por Victor Oliva e equipes, time de produtores de eventos dos melhores do país.

Na dúvida, há um boato de que eles estão orientando a logística completa também do município para a recepção de um público tão grande e conhecedor de um turismo, digamos, mais luxuoso. E a cada post nas redes, não somente sobre a festa em si, mas sobre a “virada de chave” na terrinha, o mote da campanha que já ganhou o país: Bote Fé em Itacaré! Aqui para nós, tem que ir lá para acreditar no que está acontecendo, tão pertinho (e, ao mesmo tempo, tão distante da nossa realidade)!

Manuela Berbert é publicitária.

Tempo de leitura: 3 minutos

Allah Góes || allah.goes@gmail.com

 

 

Nessas eleições, visando-se acabar com o “efeito Tiririca”, em que candidatos com poucos votos, por conta das maiores sobras impulsionadas por um “puxador de voto”, acabam sendo eleitos, em 2020, para tomar posse, o candidato tem que obter votos de, pelo menos, 10% do quociente eleitoral, o que em Itabuna deve ficar na casa dos 450/500 votos.

 

Mesmo que num clima meio morno de um ano pré-eleitoral, vinha sendo conduzida no Congresso Nacional, a pedido do TSE, discussão sobre proposta para mudar o sistema eleitoral já para a escolha, em 2020, dos vereadores nos municípios com mais de 200 mil habitantes.

Seria uma espécie de teste para a implantação definitiva do sistema distrital misto, semelhante ao que é adotado na Alemanha e em outros países, que teria o condão de tanto baratear a eleição como aproximar o eleitor do eleito, vez que seriam eleitos os candidatos com mais votos em cada Distrito Eleitoral.

A proposta que se discute no Brasil é uma combinação do voto proporcional e do voto majoritário, onde os eleitores teriam dois votos: um para candidatos no distrito e outro para as legendas (partidos).

Os votos em legenda (sistema proporcional) são computados em todo o município, conforme o quociente eleitoral (total de vagas colocadas em disputa divididas pelo total de votos válidos). Já os votos majoritários são destinados a candidatos do distrito, escolhidos pelos partidos políticos, vencendo o mais votado.

Assim, as cidades seriam divididas em distritos, cabendo esta divisão à Justiça Eleitoral, que deve usar como critério as seções eleitorais. O número de distritos será igual à metade do número de cadeiras.

Em Itabuna, que hoje tem 21 vereadores, teríamos 11 distritos. Em cada um deles, o candidato a vereador que receber mais votos será eleito. Restam então 10 vagas, que serão ocupadas de acordo com o desempenho dos partidos naquela eleição.

Os partidos deverão indicar apenas 01 nome para cada distrito, as demais vagas seriam apresentadas através de lista preordenada. No momento do voto, o eleitor fará duas escolhas: no candidato do seu distrito e no partido de sua preferência. Aí entra o quociente eleitoral: se um partido obtém votos para duas vagas, os dois primeiros da lista são eleitos, por exemplo.

Os defensores dessa ideia argumentam que o sistema Distrital Misto torna as campanhas mais baratas, já que o candidato não precisa percorrer mais toda uma cidade (e sim apenas o distrito), além de aproximar o eleitor do vereador (cuja atuação ficaria mais voltada ao distrito que o elegeu), e ao mesmo tempo, não tira a importância dos partidos, que precisam apresentar um programa único (já que o segundo voto tem de ser no partido).

Mas por conta da falta de tempo hábil, vez que toda esta mudança tem que estar aprovada até 01 ano antes da Eleição, o que de fato se terá como mudanças para o Pleito de 2020, será a Proibição das Coligações nas eleições proporcionais (vereador) e a manutenção do quociente eleitoral, onde os partidos para obter vagas e participar das rodadas referentes às maiores sobras têm que obrigatoriamente atingir este quociente.

Nessas eleições, visando-se acabar com o “efeito Tiririca”, em que candidatos com poucos votos, por conta das maiores sobras impulsionadas por um “puxador de voto”, acabam sendo eleitos, em 2020, para tomar posse, o candidato tem que obter votos de, pelo menos, 10% do quociente eleitoral, o que em Itabuna deve ficar na casa dos 450/500 votos.

Mas o interessante de tudo isto é que, mais uma vez, os vereadores é que servirão de “bucha de canhão”, tal qual ocorreu com a redução de seu número, pois serão as prováveis cobaias do novo sistema, que se não funcionar a contento, dificultará a eleição destes e será abandonado ao invés de ser aperfeiçoado para as eleições de 2022, pois o que de fato se espera com estas medidas é tão somente aplacar a indignação da sociedade quanto ao lodaçal que virou a nossa política.

Allah Góes é advogado municipalista, especialista em Direito Eleitoral e consultor de prefeituras e câmaras municipais.

Tempo de leitura: 2 minutos

Cláudio Rodrigues

 

 

 

Será que o “deus” dele e de seus colegas é o mesmo Deus misericordioso que foi capaz de dar seu filho para a remissão dos nossos pecados?

 

 

Ao tomar conhecimento da morte do pequeno Arthur, neto do ex-presidente Lula, fui ao encontro do meu sogro e dei a notícia. Ele é um octagenário com uma dúzia de neto, e muito apegado ao caçula da turma, que tem seis anos.

Ao receber a notícia, ele parou por alguns segundo e me disse: “me vi no lugar do Lula. Um homem não foi feito para enterrar um filho, muito menos um neto”. Hoje, ao ler mais uma matéria da série Vaza Jato, do The Intercept Brasil em parceria com o UOL, sobre a forma debochada e repugnante com que os procuradores da Força Tarefa da Lava Jato trataram as mortes dos familiares do ex-presidente, me veio um misto de vergonha e nojo.

Vergonha por pertencer a mesma raça que eles, e nojo por saber que existem pessoas com os sentimentos mais primitivos que se possa ter na face da terra. Que tipo de sentimento têm esses sujeitos capazes de ironizar as mortes de uma esposa, de um irmão e até de um neto de sete anos de idade?

Imaginar que alguns dos membros do Ministério Público Federal fazem da religião uma de suas bandeiras, a exemplo do procurador-chefe da força-tarefa, Deltan Dellagnol. Será que o “deus” dele e de seus colegas é o mesmo Deus misericordioso que foi capaz de dar seu filho para a remissão dos nossos pecados?

Não quero entrar no mérito se o ex-presidente Lula é culpado ou vítima de uma perseguição política patrocinada pelo Poder Judiciário. O que veio à luz dos atos com as divulgações dos diálogos dos procuradores e do ex-juiz Sérgio Moro é que servidores públicos do alto escalão do judiciário usaram e usam seus poderes para tripudiar de um réu e fazer da dor da morte uma ferramenta para expressar o ódio que sentem pelo ex-presidente Lula.

Os procuradores do MPF e o hoje ministro da Justiça, Sérgio Moro, envolvidos na operação Lava Jato, passaram para a opinião pública que eram os “heróis” do Brasil. Exemplos de moralidade e ética com a coisa pública. Mas tudo que já foi divulgado na Vaza Jato nos mostra que eles manipularam, alguns fizeram bons negócios, protegeram políticos, empresários e banqueiros amigos e foram responsáveis pelo exército de desempregados que assola o país ao levar à quase falência uma gama de construtoras.

Dentre do que já foi levado a público pelo The Intercept Brasil e seus parceiros, as mensagens de hoje deixam claro que o preconceito e o ódio estão enraizados nesses senhores e senhoras. Ao desdenhar das mortes de familiares do ex-presidente Lula, esses procuradores mostram que são capazes de praticar os atos mais repugnantes em busca de seus objetivos. Não sei o que a história reserva ao ex-presidente Lula, mas de uma coisa tenho certeza. Nem o lixo da história vai aceitar esses seres nefastos.

Cláudio Rodrigues é consultor.

Tempo de leitura: 3 minutos

Marco Wense

O resultado da eleição, seja com a vitória de Miralva Moitinho ou Jackson Moreira, que é o candidato da inusitada aliança, não vai mudar o relacionamento entre Geraldo e Josias. Pode até piorar.

A eleição para o comando do Partido dos Trabalhadores de Itabuna vai ficar marcada por uma união tida como improvável: Geraldo Simões e Josias Gomes de mãos dadas.

Geraldo foi prefeito de Itabuna por duas vezes. Josias é deputado federal licenciado e secretário de Desenvolvimento Rural do governo Rui Costa, cotado para ser o presidenciável do PT na sucessão de Jair Messias Bolsonaro.

O enlace político envolvendo Geraldo e Josias, com o aval de Everaldo Anunciação, presidente estadual da legenda, tem como escopo derrotar a “companheira” Miralva Moutinho, que tem o apoio discreto do senador Jaques Wagner e aberto do deputado Rosemberg Pinto, engajado cada vez mais na política itabunense, chegando ao ponto de setores do petismo tê-lo como opção para a disputa do centro administrativo Firmino Alves na eleição de 2020.

Vale lembrar que o ex-ceplaqueano Everaldo Anunciação andou ensaiando o nome do prefeito de Itajuípe, Marcone Amaral (PSD), como alternativa do PT na sucessão de Fernando Gomes, mesmo sabendo da legítima pretensão de Simões, causando assim uma revolta no geraldismo, cuja sobrevivência depende do resultado da eleição do PT. A derrota de Jackson significa o enterro político de GS. A dúvida fica por conta da presença ou não de Josias na missa de sétimo dia.

A aliança entre o ex-alcaide e o parlamentar licenciado surpreendeu a todos. Até as freiras do convento das Carmelitas sabem o quanto Geraldo sofreu com a perseguição de Josias. O ex-prefeito era uma espécie de “patinho feio” do petismo de Itabuna.

O resultado da eleição, seja com a vitória de Miralva Moitinho ou Jackson Moreira, que é o candidato da inusitada aliança, não vai mudar o relacionamento entre Geraldo e Josias. Pode até piorar.
Se Jackson ganhar, os josianistas, obviamente os maldosos, vão dizer que a vitória só foi possível devido ao apoio do líder. Se perder, a culpa será toda de Geraldo, que volta a ser o “patinho feio”.

Para quem não sabe, o primeiro emprego de Josias na Bahia foi no governo de Geraldo Simões. Não lembro o cargo. Com certeza, no primeiro escalão. Josias é agrônomo, nasceu em Amaraji, município de Pernambuco.

Entre muitos pontos que separam Geraldo e Josias, dois se destacam. O mais próximo diz respeito a sucessão de Fernando Gomes, hoje neoaliado do governador Rui Costa. Geraldo é radicalmente contra o apoio do chefe do Palácio de Ondina a tentativa de FG de buscar o sexto mandato. Josias, por sua vez, vai dançar a música do governador. Se é para apoiar Fernando, tudo bem. Pode contar comigo, caro companheiro.

Aliás, sobre essa aproximação de Rui com Fernando, Geraldo a batizou de “casamento de cobra com jacaré”, deixando no ar que a aliança duraria pouco tempo. Pois é. Ledo engano. Rui e Fernando continuam como se fossem velhos companheiros.

O segundo ponto é a sucessão estadual. Geraldo quer candidatura própria. A opinião de Josias ainda é desconhecida. A discussão, que tende a aflorar com a proximidade do pleito, e que já provoca fissuras nas hostes petistas, envolve os senadores Jaques Wagner e Otto Alencar, presidente estadual do PSD.

Portanto, depois da eleição para compor o novo diretório do PT, tudo volta ao que era antes, com Geraldo de um lado e Josias do outro. Posso até estar enganado. Mas minha intuição política aponta nessa direção.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

Tempo de leitura: 3 minutos

Efson Lima || efsonlima@gmail.com

 

 

 

O escritor pertence ao mundo. É símbolo de nossa terra, nascido em Ferradas, em Itabuna, não só se imortalizou, mas imortalizou-nos na literatura universal.

 

O nosso autor sul-baiano mais destacado da literatura nacional completou 107 anos em 10 de agosto de 2019. Imortalizado na Academia de Letras de Ilhéus, Academia de Letras da Bahia e Academia Brasileira de Letras permanece vivo. Certamente continuará povoando nossas cabeças, nosso imaginário e seduzindo milhares de pessoas para a literatura, assim como eu fui atraído por Capitães da Areia e Gabriela, Cravo e Canela, entre outros clássicos. Em Ilhéus. Somou-se a Abel Pereira e a Nelson Schaun, Wilde Oliveira Lima e Plínio de Almeida, os quatro últimos membros da Comissão de Iniciativa, para fundar a Academia de Letras de Ilhéus, em 1959, que vivencia o ano diamante.

Na Academia de Letras de Ilhéus pertenceu a cadeira de n° 13, cujo patrono, Castro Alves, o influenciou na produção de suas obras. Por sinal, neste ano, a Literária Internacional do Pelourinho homenageou o poeta abolicionista, cuja FliPelô, organizada pela Fundação Jorge Amado, presta homenagem ao escritor das terras do cacau, terras essas que conferem identidade à Nação Grapiúna e ao seu povo. A cadeira de n° 13 acolheu sua esposa, Zélia Gattai, e, agora, acolhe nosso escritor Pawlo Cidade, que tem prestado significativos serviços ao campo da gestão cultural no Estado da Bahia, assim como tem construído significativamente uma vasta obra literária, cuja preocupação ambiental aparece em seus livros. Tema que se tornou hodiernamente tão emblemático, especialmente com a atual gestão federal no país, que parece não ter preocupação com as gerações do presente e muito menos com as futuras.

Na Academia Brasileira de Letras, foi eleito, em 6 de abril de 1961, para a cadeira n° 23, que tem como patrono José de Alencar e por primeiro ocupante, Machado de Assis. Jorge Amado, um crítico das academias, na fase adulta, reverá seus posicionamentos, como assinalou em seu discurso de posse na ABL: “Chego à vossa ilustre companhia com a tranquila satisfação de ter sido intransigente adversário dessa instituição, naquela fase da vida, um que devemos ser, necessária e obrigatoriamente, contra o assentado e o definitivo, quando a nossa ânsia de construir encontra sua melhor aplicação na tentativa de liquidar, sem dó nem piedade, o que as gerações anteriores conceberam e construíram.” O tempo é senhor de nossas razões. E como é!

No início deste texto, disse “nosso autor”, só mesmo para ressaltar a origem. O escritor pertence ao mundo. É símbolo de nossa terra, nascido em Ferradas, em Itabuna, não só se imortalizou, mas imortalizou-nos na literatura universal. As suas obras de cunho regionalista conseguiram ter sentido no Chile, na França, em Portugal, na Itália, na antiga URSS. Conseguiu-nos orgulhar. Jorge Amado, que recebeu diversas críticas, marginalizado pela crítica do sul, continua vivo em nossas memórias e provocando críticas de diversos movimentos. Sempre que posso, pergunto-me: será que o escritor deve agradar ao seu leitor? Eu, como sou aprendiz, ainda não consigo ter clareza, mas o tempo será senhor das futuras razões.

Efson Lima é doutor em Direito pela UFBA, coordenador-geral da Pós-graduação, Pesquisa e Extensão da Faculdade 2 de Julho, das terras de Itapé (BA) e eterno ilheense adotivo.

Tempo de leitura: 2 minutos

Manoel Chaves Neto

 

 

Não minimizo a importância do setor industrial. Pelo contrário, vejo como uma grande oportunidade de crescimento, através de objetivos estratégicos para que Itabuna e região se tornem um ambiente atrativo para o setor industrial.

 

Nestlé, vai fechar… Morte anunciada já há muito tempo… Perda lastimável para nossa cidade e região. Lá se vão 240 empregos diretos, um canal de vendas para escoamento do cacau, uma perda para os steakholders e uma boa referência, quando falamos de Itabuna, num grande centro: “Lá em Itabuna, tem a fábrica da Nestlé”.

Não é consolo, mas o setor industrial em Itabuna representa 11% da locação da mão de obra municipal, enquanto os setores do Comércio e de Serviços representam acima de 70%, onde, na sua maioria, são gerados por empreendedores e empresários locais que não têm incentivos, regalias e pagam todos os tributos federais, estaduais e municipais.

Vamos nos aguerrir, unir e focar pelo melhoramento da estrutura do nosso comércio, através de uma boa segurança, iluminação, monitoramento CFTV, serviços públicos, pelo aeroporto, novo teatro, hospitais, shopping, policlínicas, faculdades e – o essencial – elevação do nível do nosso time, através cursos técnicos, treinamentos, treinamentos e muitos treinamentos para nossos vendedores, taxistas, agentes públicos, etc… tendo como objetivo, tornar Itabuna cada vez mais forte na sua principal característica de cidade comercial e prestadora de serviço.

Precisamos comunicar melhor Itabuna, torná-la atrativa.

Não minimizo a importância do setor industrial. Pelo contrário, vejo como uma grande oportunidade de crescimento, através de objetivos estratégicos para que Itabuna e região se tornem um ambiente atrativo para o setor industrial. Por fim, peço desculpa pela minha ausência e omissão nas reuniões da ACI, MESB, etc…. Procurarei remediar, me tornando mais presente junto com vocês para discutir e agir Itabuna!!!

Enquanto escrevi, vejo que já tem interessados para a área da Nestlé.

Manoel Chaves Neto é diretor-presidente do Grupo Chaves.

Tempo de leitura: 2 minutos

Rosivaldo Pinheiro 

 

Esse novo momento na composição da Universidade no Brasil fez nascer uma série de críticas e ataques por parte de setores da elite econômica e de veículos de comunicação patrocinados e vinculados aos interesses da classe dominante e dos grandes grupos privados ligados à educação superior particular no país, agravando-se agora com a visão do governo atual e a proposta contida no projeto “Future-se”.

 

Compreender a Universidade como espaço de construção e afirmação de uma sociedade é necessário, principalmente quando assistimos ao conjunto de ataques direcionados e orquestrados com o propósito de enfraquecê-la. Ter percepção do momento atual e defender a autonomia da gestão das universidades e a sua contribuição como espaço de ensino, pesquisa e extensão – tripé principal – é tarefa urgente e imperativa para o fortalecimento desse instrumento importante à construção de uma nação.

No Brasil, a Universidade tem início com a chegada da família real portuguesa em 1808. Portanto, historicamente a universidade brasileira foi um instrumento apropriado pela elite, como um entre tantos espaços sob o seu domínio. Da sua implantação para a atualidade, muita coisa mudou, mas, ainda assim, continuou sendo um espaço onde a maioria da sua comunidade faz parte da parcela com melhor nível de renda.

Nos últimos anos, há quase duas décadas, vemos a introdução de um conjunto de políticas públicas que começaram de fato a possibilitar uma maior presença de setores mais populares socioeconomicamente falando nas universidades Brasil afora, a exemplo da nossa Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Esse novo momento na composição da Universidade no Brasil fez nascer uma série de críticas e ataques por parte de setores da elite econômica e de veículos de comunicação patrocinados e vinculados aos interesses da classe dominante e dos grandes grupos privados ligados à educação superior particular no país, agravando-se agora com a visão do governo atual e a proposta contida no projeto “Future-se”.

Reagir e resistir a esses ataques é tarefa básica para não permitirmos o retrocesso e dificultarmos ainda mais a mudança da lógica dominante ao longo desses dois séculos de existência da universidade pública nacional, garantindo a construção de um modelo de educação superior público, voltado para o interesse de todos e, portanto, consagrando a Universidade como um espaço plural, um espaço para todos os brasileiros.

Rosivaldo Pinheiro é economista e especialista em Planejamento de Cidades (Uesc).

Tempo de leitura: 3 minutos

Cláudio Rodrigues

 

 

Mau ou bom, mal ou bem, ainda haverá 1.248 dias pela frente. É melhor jair se acostumando ou se arrependendo com o estilo e o corte de cabelo…

 

Muitos confundem ou têm que parar para pensar quando usar mau com ” U” e mal com “L” em uma frase. Mau é adjetivo. Usa-se mau como oposto, antônimo de bom. Já a palavra mal, pode ser substantivo comum, conjunção ou advérbio. É o contrário de bem.

O presidente Jair Bolsonaro faz o país padecer do mau com “U” e do mal com “L”. O mandatário brasileiro propaga o “mau” que traz em sua índole. Bolsonaro é o caso típico do escorpião. Se alguém se dispuser a perder 10 minutos para pesquisar sobre ele, verá que em toda sua carreira – desde militar até homem público – o presidente praticou e pratica o mal.

Em 1986, revoltado com os vencimentos de sargentos e capitães do Exército, Bolsonaro planejou instalar explosivos em quartéis e em outros pontos estratégicos do Rio de Janeiro, a exemplo da adutora do Guandu, que abastece a capital fluminense. Bolsonaro – que sempre negou a autoria de plano para colocar bombas em unidades militares – recorreu ao Superior Tribunal Militar (STM). A Corte, por 8 votos a 4, considerou Bolsonaro “não culpado” dessa acusação.

Em setembro de 2000, a ex-mulher e candidata a reeleição para a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, Rogéria Nantes, acusou Jair Bolsonaro de ter sido o mandante do espancamento de um assessor político e seu ex-colega de Exército Gilberto Gonçalves. O motivo, de acordo com o depoimento de Rogéria, foi o fato de Gonçalves estar trabalhando, à época, como cabo eleitoral de sua candidatura. Quando o fato ocorreu, ela já não era mais esposa de Bolsonaro, e o ex-capitão do Exército tentava eleger para o seu lugar na Câmara o filho Carlos – o 03, então um estudante do ensino médio.

Em seus 28 anos como deputado federal, a mediocridade e o mau acompanharam os mandatos de Bolsonaro. Como parlamentar ele defendeu a pena de morte, usou o auxilio moradia “para comer gente” – conforme disse em entrevista, fez uso de funcionários fantasmas, agrediu com palavras de baixo calão a jornalista da Rede TV. Já com a deputada Maria do Rosário, ele afirmou que “não a estuprava por ela ser feia”.

No ano de 2014, em uma solenidade que homenageava o ex-deputado Rubens Paiva, assassinado e que teve o corpo desaparecido pela ditadura militar, além de agredir os familiares de Paiva, o então deputado cuspiu no busto do ex-parlamentar. O busto estava sendo inaugurado no saguão da Câmara Federal.

Nos sete meses como presidente do Brasil, Jair Bolsonaro segue destilando, pregando e fazendo o mal. A educação, o meio ambiente, os direitos sociais e humanos são os alvos de destruição do mandatário de plantão. Some a isso, as ameaças à liberdade de imprensa, aos indígenas, à comunidade LGBT e aos governadores e à população do Nordeste.

A cada dia, as medidas e os disparates verbais do presidente chocam boa parte dos brasileiros e da comunidade internacional. Como indicar o filho Eduardo, o 02, para embaixador do Brasil nos Estados Unidos ou fazer uso da aeronave da FAB para seus familiares irem ao casamento do 02. Acusar o Ministério Público do Rio de perseguir o seu filho Flávio, o 01 – hoje senador da República, que é réu junto com seu assessor Fabricio Queiroz, na operação Furna da Onça, acusador de embolsar salários de funcionários de seu gabinete na época que era deputado estadual.

O Brasil padece do mal quando o presidente prega a divisão do país, ao assumir que é o presidente somente dos que votaram nele, mantendo o clima de campanha eleitoral com o debate e discussões sobre ideologias e não sobre o que mais afeta a população, a exemplo dos quase 13 milhões de desempregados, entre outras demandas.

Bolsonaro já afirmou ser fã, admirador e defensor das ações do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-CODI, acusado de torturar e matar presos políticos no período da ditadura militar. Em entrevista ao programa Roda Viva de julho de 2018, o então candidato Jair Bolsonaro disse que seu livro de cabeceira era A Verdade Sufocada – A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça, do próprio Ustra. Mas tudo leva a crer que o presidente brasileiro é seguidor do livro Mein Kampf – em português Minha Luta, de um certo Adolf Hitler.

Mau ou bom, mal ou bem, o Brasil ainda vai padecer, pois ainda haverá 1.248 dias pela frente. É melhor jair se acostumando ou se arrependendo com o estilo e o corte de cabelo…

Cláudio Rodrigues é consultor.

Tempo de leitura: 2 minutos

Geandro Silva

 

A sede por novos conhecimentos e essa necessidade de se adiantar às demandas são marcas das novas gerações e funcionaram como norte para que a Rede FTC remodelasse todo o portfólio de pós-graduação. Focando em tecnologia e desenvolvimento pessoal, nosso objetivo é “formar profissionais” no aspecto mais holístico da expressão.

 

O mercado de trabalho enfrenta uma verdadeira revolução. A tecnologia avança e arrasta consigo a cultura corporativa, exigindo que profissionais assumam uma nova postura e invistam em competências diferentes das quais eram valorizadas no mercado tradicional. Se antes era bem visto o funcionário com currículo extenso, focado em sua área e satisfeito com sua posição na organização, hoje, o empregador se impressiona mesmo é com aquele profissional versátil, ousado e inquieto o suficiente para se lançar em diversas frentes, sempre buscando entender seu entorno e enfrentar novos desafios.

Estar tecnicamente preparado segue sendo fundamental para realizar sua função com excelência. Mas o profissional fruto dessa nova revolução industrial precisa de mais do que conhecimento técnico, é necessário ter certas características pessoais que, hoje, são vistas como diferenciais profissionais. Podemos falar de inteligência emocional ou sobre a flexibilidade, traços comportamentais sempre destacados como cruciais para que o profissional se adapte bem a todas as mudanças vivenciadas no dia a dia das organizações. Muito além de ter ou não essas soft skills, é preciso estar ciente de suas competências para poder potencializá-las e lançar mão de cada uma delas na rotina.

A sede por novos conhecimentos e essa necessidade de se adiantar às demandas são marcas das novas gerações e funcionaram como norte para que a Rede FTC remodelasse todo o portfólio de pós-graduação. Focando em tecnologia e desenvolvimento pessoal, nosso objetivo é “formar profissionais” no aspecto mais holístico da expressão. Nos debruçamos sobre estudos de mercado para entender quais competências carecem de mais enfoque e pensar metodologias ativas que gerem retornos imediatos.

Além da excelência técnica, todos os pós-graduandos da FTC serão incentivados a se desenvolver pessoalmente a partir da construção de um plano de carreira individual que entra na grade dos cursos como um trabalho de conclusão de curso. O Plano de Desenvolvimento Profissional (PDP) é, em linhas gerais, um mapa que vai orientar o pós-graduando na direção do que, para ele, é sucesso profissional. Neste processo, o aluno contará com a ferramenta PDA Internacional e com o suporte de um profissional Analista de Assessment. Alinhando essas metas claras traçadas pelo PDP a todo o conhecimento angariado em um ano de especialização, entregamos ao mercado aquele profissional de que falávamos lá o começo: com uma bagagem recheada de conhecimento, inclusive sobre si próprio, e pronto para se lançar em qualquer caminho.

Geandro Silva é coordenador geral de Pós-Graduação da Rede FTC.

Tempo de leitura: 2 minutos

Jaciara Santos

 

 

Estamos cada vez mais exigentes, e as novas gerações mudaram a forma de enxergar sua carreira profissional. A felicidade é algo cada vez mais almejado.

 

A palavra felicidade nos faz refletir quão intensa ela é na nossa existência. Viver impactando a vida das pessoas a nossa volta de forma positiva é de suma importância para nosso processo de busca pela satisfação.

Alguns sinônimos desta palavra são alegria, satisfação, contentamento, bem-estar, prazer, júbilo, ledice, gosto, aprazimento, deleite, regozijo, euforia, bem-aventurança.

Quando relato felicidade, aqui não trato apenas da visão romântica da palavra, mas levo-o  a racionalizar e identificar quais pontos e momentos da sua existência te proporcionam um sentimento de satisfação?

Identifique e reflita sobre os quesitos abaixo:

– O que te faz feliz?

– O que é felicidade para você?

– O que te faz levantar todos os dias para começar uma nova jornada?

Partindo dessas indagações, as organizações baseadas em diversos fatores começaram a se preocupar com o índice de felicidade no trabalho. Começou-se a preocupar-se com o indicador denominado FIB (Felicidade interna Bruta).

O FIB é um indicador explanado pela ONU que retrata da mensuração da Felicidade Interna Bruta,  e foi desenvolvido para medir o desenvolvimento de uma nação, baseado em alguns aspectos relacionados ao  bem-estar humano, utilização dos recursos da natureza de forma consciente, cuidados familiares e organização da utilização do tempo.

Tal indicador dentro das organizações baseia-se no levantamento de alguns fatores. São alguns deles senso de pertencimento, conhecimento e aceitação da cultura organizacional e clima, dentre outros que contribuem significativamente para que essa felicidade seja mensurada no meio institucional.

Questiono-me quando e por que esse indicador fora criado. Já que há um tempo não muito distante a produção era o fator primordial na avaliação dos indivíduos.

Porém, ao aprofundar minha pesquisa,  percebo que se trata de algo mais antigo. O FIB teve suas origens no Butão. Foi criado pelo rei butanês no ano de 1972 como uma forma de indicar o crescimento do país sem considerar apenas o aspecto econômico, mas levando em consideração conceitos culturais, psicológicos, espirituais e ambientais.

Nosso mercado mudou, as empresas mudaram, os clientes estão em busca de empresas que sejam referências em um trabalho significativo na sociedade. Estamos cada vez mais exigentes e as novas gerações mudaram a forma de enxergar sua carreira profissional. A felicidade é algo cada vez mais almejado.

Findo essa explanação com um texto de Carlos Drummond de Andrade, que diz: “Que a felicidade não dependa do tempo, nem da paisagem, nem da sorte, nem do dinheiro. Que ela possa vir com toda simplicidade, de dentro para fora, de cada um para todos. Que as pessoas saibam falar, calar, e acima de tudo ouvir. Que tenham amor ou então sintam falta de não tê-lo. Que tenham ideais e medo de perdê-lo. Que amem ao próximo e respeitem sua dor. Para que tenhamos certeza de que: “Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade”.

Sejamos felizes!

Jaciara Santos é coach.

Tempo de leitura: 2 minutos

Daniel Bittencourt

 

 

O Teatro Candinha Dória não acaba com a carência de Itabuna de um local adequado para grandes eventos. Mas, enfim, fico feliz por essa obra.

 

 

Por favor, não me entendam mal, mas eu não poderia deixar de me expressar, como responsável por produções teatrais, justamente no momento em que Itabuna está de parabéns pela inauguração do Teatro Candinha Doria. Bem, não é meu intuito aqui apenas criticar, mas também fazer um desabafo por estar preocupado com o futuro do nosso teatro.

Explico: uma obra com essa grandiosidade não poderia ter apenas 597 lugares. Por todo o aparato envolvido, pode ficar caro para produções locais e desinteressante para grandes produções nacionais pelo fato de ter apenas essa quantidade de cadeiras. Para se ter uma noção, de todos os eventos que fizemos, raros foram os que tiveram um público abaixo de 600 pessoas.

Para essa quantidade de público (597 lugares), com umas poucas cadeiras extras, o Centro de Cultura Adonias Filho – que, por sinal, encontra-se abandonado pelo poder público – já resolveria.

O Teatro Candinha Dória não acaba com a carência de Itabuna de um local adequado para grandes eventos. Mas, enfim, fico feliz por essa obra. Em um país onde a cultura agoniza, e o que vemos são teatros sendo fechados, ter um teatro sendo inaugurado é maravilhoso. Outra coisa! Antes que eu me esqueça, teatro se inaugura com grandes espetáculos teatrais…

Parabéns Itabuna!

Daniel Bittencourt é produtor cultural.

Tempo de leitura: 2 minutos

Marco Wense

 

A relação política de Gleisi Hoffmann com Fernando Haddad é cordial diante dos holofotes. Ambos fazem questão de mostrar um bom relacionamento. Em conversas reservadas, no entanto, não é bem assim.

 

As eleições internas do Partido dos Trabalhadores, que acontece nos dias 22, 23 e 24 de novembro, para o comando nacional da legenda, será tranquila no olhar do público e agitada nos bastidores.

Tranquila porque vai passar a impressão que tudo ocorreu de maneira consensual, com as várias correntes chegando a um acordo. Agitada porque existe uma acirrada disputa entre os que querem a permanência de Gleisi Hoffmann na frente do partido e os defensores do nome do ex-presidenciável Fernando Haddad.

A corrente Construindo Um Novo Brasil (CNB), majoritária no petismo, está dividida entre renovar e continuar com Hoffmann, que ainda não desistiu de ser a candidata ao Palácio do Planalto na sucessão de 2022, já que a inelegibilidade de Lula vai durar um bom tempo.

No frigir dos ovos, o controle da direção nacional do PT vai ficar com quem o ex-presidente Lula quiser. E Lula quer Gleisi. Portanto, ponto final. A deputada vai continuar no comando da legenda. O resto é oba-oba. Puro teatro.

A tal da renovação vai ficar para depois, quando Lula achar conveniente. É melhor um “pássaro” na mão, que é a Gleisi, sua porta-voz desde que foi preso, em 7 de abril de 2018, do que dois voando, Fernando Haddad, o “poste” da eleição que elegeu Jair Messias Bolsonaro, e o governador da Bahia Rui Costa. Ambos também companheiros, mas não tanto confiáveis como Hoffmann.

Por dois motivos a deputada federal do Paraná permanecerá no posto. O primeiro, é que ninguém vai peitar a inconteste liderança de Lula. O outro é de puro companheirismo. Seria imperdoável Lula preso e ainda derrotado no processo eleitoral do partido. O movimento pró-Haddad tende a enfraquecer em decorrência desses dois fatos.

O presidente do PT da Bahia, Everaldo Anunciação, já sinalizou sua posição: “Lula tem uma afinidade com Gleisi, que tem cumprido um papel importante no PT, em uma conjuntura muito difícil”. Obviamente, a “conjuntura difícil” que se refere Anunciação diz respeito a dois pontos: a prisão do líder maior e o enraizado antipetismo.

A relação política de Gleisi Hoffmann com Fernando Haddad é cordial diante dos holofotes. Ambos fazem questão de mostrar um bom relacionamento. Em conversas reservadas, no entanto, não é bem assim. Vale lembrar que a parlamentar fez de tudo para impedir a candidatura do ex-prefeito de São Paulo na sucessão de Michel Temer. Gleisi queria ser a candidata do PT.

A torcida, digamos, “gleisiniana” pode ter um invejável reforço: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a decisão do STJ de diminuir sua pena, poderá ser solto em setembro. De fora da prisão, a campanha para Gleisi será mais intensa, inclusive convencendo os adversários a desistir de enfrentá-la. Manda quem pode, obedece quem tem juízo.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

Tempo de leitura: 6 minutos

Lucas França

 

 

Em última análise, os smartphones que temos no bolso, tornaram-se um computadorzinho superpoderoso, aliás, muito mais poderoso do que aqueles que levaram o homem à Lua.

 

 

Marina Silva tinha 11 anos e vivia num seringal no Acre, quando tudo aconteceu. “Antes de ver alguma imagem de televisão, alguma movimentação, eu vi as fotos na Revista Manchete”. O Cid Moreira estava no estúdio do Jornal da Globo. “Não só a mim, mas todos que assistiam o evento, estávamos todos emocionados. Foi sensacional”. Também participou daquela cobertura com o Cid, o jornalista Hilton Gomes, que morreu em 1999. “Resta-nos desejar boa sorte aos astronautas Armstrong, Collins e Aldrin”. E eu? Bem, eu nasceria somente cinco anos após o feito, no mesmo mês.

Celebridades, parentes dos astronautas, engenheiros e 3.550 jornalistas de 54 países estavam em postos de observação mais próximos do lançamento, cerca de dois quilômetros da plataforma. A nave americana Apollo 11 tinha deixado a Terra, mais especificamente o Cabo Canaveral, na Flórida, no dia 16 daquele mês. Mais de duas toneladas de combustível foram queimadas em dois minutos. “…dois minutos e quarenta segundos depois, a Apollo está a 64 quilômetros de altura e se prepara para soltar o último estágio”, narrava, ao vivo, o jornalista Celso Freitas, dos estúdios da TV Globo. Pois é! O 20 de julho de 1969 é de certa forma o 11 de setembro de uma geração, onde é comum lembrar onde se estava, e o que se estava fazendo.

Conta a história que a Apollo 11 atravessou 350 mil quilômetros para ir da Terra até a Lua. É tipo você ir 80 vezes do Norte ao Sul do Brasil em linha reta, só que em quatro dias e meio. A espaçonave foi atraída pela força da gravidade lunar e entrou em órbita na superfície da Lua, quatro minutos antes do horário previsto. Eles estavam a 6.007 quilômetros por hora. E às vinte e três horas, cinquenta e seis minutos e trinta e um segundos, horário de Brasília, o homem tocou o solo da Lua pela primeira vez. Sábado, dia 20, foi o aniversário de 50 anos daquele dia.

O espetáculo foi, inclusive, transmitido pela televisão, ao vivo, para um bilhão e duzentos milhões de pessoas. Pra você não se perder aqui, os três tripulantes eram: Neil Armstrong, Buzz Aldrin (segundo homem a pisar na Lua) e o Michael Collins, que ficou em órbita, esperando os dois brother’s voltarem com o módulo lunar. Estive pesquisando em um blog que fala sobre o assunto, e li a opinião da biomédica Helena Nader, que presidiu a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Ela estava na faculdade quando tudo aquilo estava acontecendo.

“Marcou a minha vida em termos de ciência. Foi a prova de tenacidade e determinação do ser humano, da conquista daquilo que parecia impossível. E eu lembro da frase do Armstrong, quando ele andou, sobre o pequeno passo. Eu percebi com aquilo que, ciência bem-feita, a gente pode conseguir muitas coisas para a melhoria da humanidade”, relatou a cientista.

Os astronautas levaram quatro câmeras fotográficas e duas cinematográficas para registrar a missão. Não era só uma questão de …ah beleza, chegamos, que legal! Era uma missão científica, fazer registros e coletar dados. Entre outras coisas, eles relataram que a Lua era mais dura do que parecia, que o solo era mais fofo do que eles pensavam. Fofo no sentido de macio, para ficar claro. Segundo Armstrong, o pé dele afundou cinco centímetros na primeira pisada. Claramente fofo.

A visão que os dois astronautas tiveram na superfície era uma espécie de ‘dia e noite’ ao mesmo tempo. Se olhassem para o chão era dia, se olhassem pro céu era noite. Eu explico. O solo lunar é iluminado pelo sol, mas o céu é negro e estrelado, já que a Lua não tem uma atmosfera como a Terra. Os cosmonautas americanos aproveitaram, intencionalmente, para fincar a bandeira americana dos Estados Unidos (EUA). Quando estavam por lá, prestaram a primeira continência lunar à bandeira norte americana.

As edições dos jornais daqueles dias contam tudo o que estava acontecendo no satélite, trazem artigos de opinião e registram os parabéns ao feito, de autoridades internacionais e brasileiras, entre elas, o presidente Artur da Costa e Silva. Os jornais também registram todas as tenções da guerra fria quando tudo aquilo acontecia. Porque sim, a ida na Lua era muito bonito, mas fazia parte de uma disputa de poder entre os EUA e a União Soviética. Os soviéticos levaram a melhor mandando o primeiro satélite para o espaço, o primeiro ser vivo, a pobre da cachorrinha Laica, que morreu em órbita, e o primeiro homem, Yuri Gagarin. Mas no final, contou mais pontos para a corrida espacial, o feito americano de ir mais longe, prometido pelo presidente John Kennedy.Leia Mais