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marco wense1Marco Wense

O voto útil pode levar o PCdoB a apoiar o ex-prefeito Geraldo Simões.

O jornalismo político sofre com a indefinição do prefeito Claudevane Leite, cada vez mais enigmático em relação ao processo sucessório, se vai ou não disputar o segundo mandato.

De dez eleitores, dois apostam que o chefe do Executivo será candidato à reeleição. Na imprensa falada e escrita, é quase unânime a opinião de que o gestor ficará fora do confronto.

A sucessão A, com Vane candidato, além de diminuir a possibilidade de surpresas e inesperados sobressaltos, evita um pega-pega entre o PCdoB e o PRB, entre comunistas e evangélicos da Igreja Universal.

A sucessão B, com o alcaide jogando a toalha, pode provocar um fato inusitado, estranho, considerado como uma invencionice de quem quer jogar lenha na fogueira: um possível apoio do PCdoB a Geraldo Simões (PT).

Com Vane fora, o PCdoB lança o seu candidato, o vice Wenceslau Júnior ou Davidson Magalhães. O partido do prefeito, o PRB, também.

A candidatura do PCdoB não decola. O tucano Augusto Castro assume a dianteira nas pesquisas de intenção de votos. Geraldo Simões vem logo atrás.

Para evitar o comando do poder municipal nas mãos do tucanato (PSDB), os comunistas partiriam para o voto útil, assim como aconteceu na eleição de 2012, com os petistas votando em Vane para evitar a vitória de Azevedo (DEM).

É bom lembrar que o suplente Davidson Magalhães deve ao governador Rui Costa o seu assento na Câmara Federal. Um pedido do petista-mor não pode ser negado, seria uma inominável ingratidão.

Portanto, duas sucessões: A e B. Certo mesmo são as candidaturas de Geraldo Simões e do médico Antonio Mangabeira.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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marivalguedesMarival Guedes | marivalguedes@gmail.com

Ao ser ouvido na CPI, disse que sua riqueza foi fruto de ter ganhado 200 vezes na loteria. Questionado sobre o exagero de tantos acertos, respondeu: Deus me ajudou.

A CPI do escândalo dos Anões do Orçamento foi instalada em 93, mas o esquema começou em plena ditadura militar, em 1972. Não havia denúncias naquele período por causa da censura ou por conveniência dos veículos de comunicação.

A transação era feita por um grupo de parlamentares que fraudava o Orçamento da União beneficiando políticos e empreiteiras. O termo anão não se referia à estatura física. Relacionava-se a pouca expressividade dos envolvidos, membros do chamado “baixo clero”.

Foi mais um escândalo de corrupção nestes 500 anos. Mas, neste caso, uma diferença entrou para o anedotário político quando o articulador do esquema, deputado João Alves, justificou como conseguiu ficar milionário.

Ao ser ouvido na CPI, disse que sua riqueza foi fruto de ter ganhado repetidamente na loteria, 200 vezes. Questionado sobre o exagero de tantos acertos, respondeu: Deus me ajudou.

Neste mesmo ano, 93, eu era editor do programa Cabrália Bom Dia, na TV Cabrália, em Itabuna, e marcamos uma entrevista com Lula, que acabara de perder para Collor. Participaram o jornalista Luiz Conceição e Gecie Campos.

Acompanhava Lula, o assessor de comunicação Ricardo Kotscho. Não tínhamos muita intimidade, mas éramos companheiros de congressos de jornalistas. Num intervalo, ele sugere uma pergunta sobre os anões. Lula interrompe:

– Ele não pode perguntar não, Ricardo, porque o patrão dele também está envolvido.

Marival Guedes é jornalista e escreve no Pimenta às sextas.

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marco wense1Marco Wense

O comando do Partido Democrático Trabalhista (PDT), ainda neste mês de maio, será entregue ao médico Antonio Mangabeira, que é candidatíssimo na eleição de 2016.

A entrada da professora Acácia Pinho no governo municipal, do ponto de vista administrativo, é uma decisão acertada do prefeito Claudevane Leite.

A presidente da comissão provisória do pedetismo de Itabuna fez um bom trabalho como secretária de Administração do então governo Fernando Gomes, principalmente no quesito valorização do servidor público.

Politicamente, não acrescenta nada. O comando do Partido Democrático Trabalhista (PDT), ainda neste mês de maio, será entregue ao médico Antonio Mangabeira, que é candidatíssimo na eleição de 2016.

O prefeiturável rechaça, com veemência, firmeza e até com certa irritação, qualquer insinuação de que sua candidatura não vai vingar: “Vou até o fim do processo sucessório”.

A pré-candidatura de Mangabeira cresce no eleitorado que defende uma mudança radical na política itabunense, dando um basta no fernandismo, azevismo e geraldismo.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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marivalguedesMarival Guedes | marivalguedes@gmail.com

Bem humorado, o músico explicou que recebeu 15 mil e ironizou: “se eu ganhasse R$ 75 mil por show estaria rico. E eu não quero ficar rico, porque não quero me tornar imbecil”

O filme Não olhe pra trás, com Al Pacino, se baseia inicialmente numa carta escrita por John Lenon para o músico britânico Steve Tilston. Nela, ele comenta uma entrevista concedida pelo jovem músico falando temer que sua inspiração fosse afetada, caso conquistasse riqueza.

Lenon discorda e convida o jovem para uma conversa. Mas a carta, escrita em 1971, só chegou ao conhecimento de Tilston 34 anos depois, mais de duas décadas após a morte do ex-Beattle.

Aqui no Brasil dinheiro é tema de várias composições. Elomar, por exemplo, nos versos de O Violeiro destaca as três coisas mais importantes deste mundo:

Ia pois pro cantador e violeiro
Só há três coisas nesse mundo vão
Amor, forria, viola, nunca dinheiro
Viola, forria, amor, dinheiro não

Inspirado nestes versos Caetano Veloso escreveu Beleza Pura:

Não me amarra dinheiro não!

Na mesma linha o Rappa em Vapor barato canta que não precisa “de muito dinheiro/ graças a Deus” e Tim Maia fez sucesso com seu vozeirão cantando Não quero dinheiro:

Quando a gente ama
Não pensa em dinheiro
Só se quer amar

Tilston temia a interferência negativa do dinheiro na capacidade criativa do artista. Já a personagem Joana, da peça Gota D’Água (Chico Buarque e Paulo Pontes), tem certeza. Ao ser abandonada por Jasão, que vai casar com a filha do rico Creonte em busca de conforto, profetiza:

Você pode dar banquete Jasão, mas samba é que você não faz mais não, não faz… e aí é que você se atocha, porque vai tentar e sai samba brocha. Essa é a minha maldição, Gota d’água nunca mais seu Jasão.

Cruel com relação ao tema foi o poeta francês Honoré de Balzac, que disparou: “Atrás de toda grande fortuna, tem algum crime”.

Em janeiro último, os jornais publicaram, equivocadamente, que a prefeitura de Salvador pagou 75 mil reais a Hermeto Pascoal para uma apresentação. Bem humorado, o músico explicou que recebeu 15 mil e ironizou: “se eu ganhasse R$ 75 mil por show estaria rico e eu não quero ficar rico, porque não quero me tornar imbecil”.

Marival Guedes é jornalista.

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marivalguedesMarival Guedes | marivalguedes@gmail.com

Marta, que também é sexóloga, respondeu a um batalhão de repórteres: “relaxa e goza, porque depois você vai esquecer todos os transtornos”.

A senadora Marta Suplicy eleita pelo PT retornou às manchetes dos grandes jornais após a entrega da carta pedindo para sair do partido. Ela é famosa por suas frases e a que mais repercutiu foi dita em 2007, quando era ministra do Turismo, durante os problemas nos aeroportos do país.

Questionada sobre qual incentivo teria o brasileiro para viajar Marta, que também é sexóloga, respondeu a um batalhão de repórteres: “relaxa e goza, porque depois você vai esquecer todos os transtornos”.

As palavras ficaram sendo repetidas pelos veículos de comunicação. Alguns jornalistas criticavam duramente, outros ironizavam. Aproveitavam e lembravam outras frases pronunciadas durante sua carreira política.

Após o fato, a ministra embarcou num voo junto com o presidente Lula e vários ministros. No avião dirigiu-se ao chefe do executivo e pediu desculpas pela derrapada:

– Presidente, me desculpa pelos transtornos que causei ao governo com aquela resposta.

– Tem nada não, Marta, relaxe e goze – respondeu Lula para o deleite da plateia.

Marival Guedes é jornalista e escreve no Pimenta às sextas.

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marco wense1Marco Wense

Geraldo Simões no PMDB é a maior preocupação de Augusto Castro. O prefeiturável tucano, além de perder o invejável tempo no horário político, teria que enfrentar um novo e imprevisível cenário eleitoral.

Uma desmesurada euforia começa a tomar conta dos prefeituráveis de oposição ao governo Rui Costa. Todo o alvoroço é assentado em pesquisas que apontam uma crescente insatisfação com o PT.

Os pré-candidatos oposicionistas atingem o ápice do otimismo quando parte do eleitorado diz que não vota em candidato petista em hipótese nenhuma, nem que a vaca tussa.

Lá em Salvador, a reeleição de ACM Neto é dada como certa. A cúpula do Democratas fala até em uma vitória acachapante, a maior da história sucessório soteropolitana.

Puxando para Itabuna, o tucano Augusto Castro, obviamente do PSDB, não pode enveredar pelo caminho do “já ganhou”. O menosprezo aos adversários é uma inominável burrice.

Castro, reeleito para o parlamento estadual, pode até comemorar o bom resultado da consulta popular, em que aparece na frente dos ex-alcaides Fernando Gomes, Geraldo Simões e José Azevedo.

Desaconselhável é a comemoração com soberba, como andam fazendo os correligionários bem próximos do tucano, achando que sua eleição para o cobiçado Centro Administrativo é irreversível. São favas contadas.

O petista Geraldo Simões foi eleito prefeito de Itabuna pegando carona no impeachment do então presidente Collor. Augusto Castro, além da alta rejeição do governo Vane, é quem mais se beneficia com o desgaste do PT.

Vale ressaltar que muitos petistas de Itabuna, até mesmo integrantes do diretório municipal, estão mudando de opinião. Ou seja, que a saída de GS do PT já não é tão ruim como pensavam.

Geraldo tem duas opções: o PSB da senadora Lídice da Mata e o PMDB dos irmãos Vieira Lima. O segundo caminho é mais impactante, já que GS entraria no peemedebismo sob a compulsória condição de fazer oposição ao governador Rui Costa e a presidente Dilma Rousseff.

Geraldo Simões no PMDB é a maior preocupação de Augusto Castro. O prefeiturável tucano, além de perder o invejável tempo no horário político, teria que enfrentar um novo e imprevisível cenário eleitoral.

Não posso deixar de registrar que a ex-primeira dama Juçara Feitosa é a maior defensora da permanência de “minha pedinha” no petismo: “Dou risada quando falam que Geraldo vai sair do PT”.

Percentualmente, diria que GS tem 40% para permanecer no Partido dos Trabalhadores, 30% para se tornar um neogeddeliano, 20% para o PSB e 10% para outra legenda.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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FOTO ARTIGOS JULIO GOMESJúlio Gomes | juliogomesartigos@gmail.com

A praça já se encontrava pronta há vários meses, mas a prefeitura não permitia o acesso das pessoas à mesma, mantendo-a cercada por tapumes, aguardando o aniversário da cidade para que as autoridades viessem inaugurá-la.

Houve grande repercussão, em toda a cidade de Ilhéus, sobre o episódio ocorrido na praça do Pontal, quando, neste sábado, dia 25 de abril, o povo daquele bairro derrubou os tapumes que isolavam a praça, cujas obras já se encontravam inteiramente concluídas, passando a utilizá-la antes que o poder público municipal fizesse a inauguração do logradouro.

Como se sabe, a praça já se encontrava pronta há vários meses, mas a prefeitura não permitia o acesso das pessoas à mesma, mantendo-a cercada por tapumes, aguardando o aniversário da cidade para que as autoridades viessem inaugurá-la.

Como o fato em si já foi bastante comentado, penso que caibam algumas considerações sobre questões que estão subjacentes ao mesmo. Vejamos:

Primeiramente, nossos parabéns à empresa que a fez a obra – à Cicon, no caso da praça da Cidade Nova; e à Cidadelle, quanto à praça do Pontal – e bem menos, mas muito menos mesmo, ao gestor da cidade, ou seja, ao prefeito.

IMAGEM A PRAÇA É DO POVO, E O POVO NÃO É BOBO 2Digo isto porque a reforma de uma praça é uma das obras mais simples e baratas que existem, do ponto de vista da administração pública. Não há fundações (sapatas) a serem feitas, nem estruturas em concreto (vigas ou lajes). Não há fechamento das estruturas com alvenaria de tijolos, nem reboco. Praticamente não há acabamento da construção, com uso de esquadrias, forros, louças, metais sanitários etc., coisa que encarece muito a qualquer obra.

Na verdade, essa “parceria” para que uma empresa privada assuma a construção de uma praça é muito mais um ato simbólico do poder público municipal – ou talvez uma palhaçada, como queiram – para tentar mostrar que o Município (a prefeitura) não tem dinheiro, e por isso não pode realizar obras, nem reajustar salários de servidores, nem construir escolas ou postos de saúde, nem fazê-los funcionar adequadamente, nem fazer mais nada.

IMAGEM A PRAÇA É DO POVO, E O POVO NÃO É BOBO 1É, no fundo, uma forma de tentar justificar publicamente a inação, a inapetência, a falta de compromisso dos gestores para com a população que os elegeu. Estamos fartos disso!

As empresas que investem na adoção e reconstrução de praças, como ocorreu com o Supermercado Meira, que por anos a fio cuidou e utilizou a praça Visconde de Cairu, no Centro, mediante a farta colocação de suas propagandas; e como ocorre agora com as empresas Cidadelle e Cicon – de forma bem mais adequada, pois sem colocação das propagandas ostensivas – têm o reconhecimento positivo desta conduta garantido pela população, sem dúvida.

Porém, quanto ao Poder Público, não se pode dizer o mesmo, já que o custo da reforma de uma praça é extremamente baixo, quase irrisório, em se tratando de obras públicas. Por fim, é bom esclarecer que isto não vale somente para o atual gestor. Vale também para os próximos que vierem a assumir a direção de nosso Município.

Julio Cezar de Oliveira Gomes é graduado em História e em Direito pela Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). 

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marco wense1Marco Wense

O outro lado, aliado do governador petista Rui Costa, é pura desunião: Geraldo Simões versus Davidson Magalhães, vanistas versus comunistas e PT versus PT.

Pesquisa da Sócio-Estatística, instituto que tem o respeito de todos os prefeituráveis de Itabuna, só aponta uma surpresa: o pré-candidato do PDT, médico Antônio Mangabeira, na frente do vice-prefeito Wenceslau Júnior, do PCdoB.

No mais, tudo esperado: o tucano Augusto Castro liderando e os ex-alcaides Fernando Gomes, José Azevedo e Geraldo Simões brigando pela segunda posição.

Castro tem razão de sobra para ficar feliz da vida, não só pela posição confortável na consulta, mas pelo fato de que o oposicionismo caminha para ter um só candidato na sucessão de Claudevane Leite.

O outro lado, aliado do governador petista Rui Costa, é pura desunião: Geraldo Simões versus Davidson Magalhães, vanistas versus comunistas e PT versus PT.

E mais: o PRB, partido do chefe do Executivo, sob a batuta do bispo e deputado Márcio Marinho, pode apoiar Augusto Castro se Claudevane Leite desistir da reeleição.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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marivalguedesMarival Guedes | marivalguedes@gmail.com

Contagiada pelas ações anteriores, a multidão começou a apedrejar os políticos que, em pânico, na base do salve-se quem puder, saíram em disparada, obviamente dentro das possibilidades físicas de cada um.

Jorge Portugal compôs a belíssima Maio 68 em parceria com Roberto Mendes. Simone, no auge da carreira artística, ouviu, gostou e pediu a Portugal pra gravar, mas não pode ser atendida. Havia o compromisso com o parceiro Raimundo Sodré que fazia sucesso com a Massa, autoria da dupla.

Maio 68, que retrata com maestria os movimentos políticos, sociais e culturais na França e no Brasil naquele período, criava expectativa de sucesso.

Mas tudo mudou repentinamente por causa da realização de um comício da campanha de Clériston Andrade em Aquidabã, Salvador, em 1981, com o apoio do padrinho governador Antônio Carlos Magalhães.

Raimundo Sodré foi contratado e cantou antes dos discursos que haveria. ACM, o candidato ao governo e seus seguidores, ficaram em cima do arco da ladeira Nazaré-Barbalho. O povo, embaixo, na Baixa dos Sapateiros.

Vale lembrar que naquele ano a cidade fervilhava com vários protestos e uma “explosão” ocorreu quando, num ato do Movimento Contra Carestia, sindicatos e partidos na Praça Municipal, o sistema elétrico do local foi interrompido. No quebra-quebra em vários pontos da cidade, 350 ônibus foram depredados e dez incendiados.

Raimundo Sodré havia chegado de viagem e não sabia o que estava acontecendo. Começou a cantar A Massa e no embalo entoou: “Quebra-quebra guabiroba/Quero ver quebrar”, como se fosse um estribilho.

Pareceu uma senha. Contagiada pelas ações anteriores, a multidão começou a apedrejar os políticos que, em pânico, na base do salve-se quem puder, saíram em disparada, obviamente dentro das possibilidades físicas de cada um.

O vingativo ACM pensou que foi intencional e começou uma implacável perseguição contra o artista. Mandou que o hotel onde Raimundo Sodré estava hospedado o expulsasse, ligou para a gravadora para que o novo disco não fosse divulgado e pressionou as emissoras para não executarem suas músicas.

Acuado, o artista decidiu pelo autoexílio na França, voltando dez anos depois. Apesar do longo período, Raimundo Sodré não foi esquecido. Desde o retorno faz shows no Recôncavo, em Salvador e outros lugares. Agora, só faltam divulgar Maio 68.

Marival Guedes é jornalista e escreve no Pimenta às sextas.

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Jaciara CoachJaciara Santos | jaciarasantos@primoreconsultoria.com.br

Muitos me perguntam o que significa Coaching e como esse processo vem ganhando destaque quando o assunto é desenvolvimento pessoal e profissional. Coaching é um processo poderoso em que o coach, utilizando técnicas e ferramentas de diversas ciências, faz com que o cliente desenvolva suas habilidades intrínsecas – mas minimamente (ou quase nada) aproveitadas – para chegar ao estado desejado. Trata-se de um extraordinário método de aceleração de resultados.

Um dos grandes benefícios do coaching é o melhoramento do desempenho, pois o nível dos resultados obtidos pelo cliente é acrescido, concebendo assim mais realização, satisfação pessoal e profissional.

José Roberto Marques, fundador do Instituto Brasileiro de Coaching, define que “Coaching é um processo com inicio, meio e fim, definido em comum acordo entre o Coach (profissional) e o coachee (cliente), onde o coach apoia o cliente na busca de realizar metas de curto, médio e longo prazo, através da identificação e desenvolvimento de competências,como também do reconhecimento e superação de adversidades”.

Percebe-se, então, que o coach é o apoiador, é aquele que induz. O responsável pelo alcance das metas, bem como o foco e envolvimento no processo é o coachee (cliente).

Diferente da terapia, que atua sobre a saúde mental, o coaching, por sua vez, lida com o crescimento mental do cliente, por isso ambos não podem ser confundidos. O foco do coaching é o futuro, onde o coachee almeja e quer, sinceramente, chegar.

Jaciara Santos é consultora e professional and self coach.

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Mariana FerreiraMariana Ferreira | marianaferreirajornalista@gmail.com

Os únicos favorecidos por esse furacão chamado PL 4330 são os empresários, especialmente os que bancam os partidos favoráveis.

Na década de 1990, os empresários pediam ao Congresso a legalidade da terceirização das atividades-meio das suas empresas sob o pretexto de aumentar o investimento em suas atividades-fim, lembra o procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT) Helder Amorim, em audiência na Comissão de Direitos Humanos do Senado. Hoje, atendendo a uma demanda de 2004, a Câmara do peemedebista Eduardo Cunha vota a ampliação da terceirização às atividades finalísticas. Mas com que fundamento agora?

Segundo a Câmara de Cunha (faço essa referência para evidenciar quem realmente defende esse projeto), a crise econômica do país torna de “grande relevância” a discussão da matéria e, por que não, de urgência sua votação. Não à toa o presidente foi duramente rechaçado e vasculhado em sua vida particular – numa dessas descobriu-se que sua esposa, uma vez jornalista terceirizada, reclamou na Justiça sua contratação direta pela Rede Globo (e ganhou).

Os advogados do PL 4330 bancam que a ampliação da terceirização irá criar mais postos de trabalho e, esticando ao máximo o elástico, “beneficiar negros, mulheres e jovens”. Os acusadores, por sua vez, sustentam que o PL irá explorar as “zonas de fragilidade da terceirização”. E, ainda, irá tornar papel picado a CLT-Consolidação das Leis do Trabalho e a própria Constituição Federal de 1988, que determina a função social do trabalho.

Com a clareza didática do procurador Amorim é preciso dizer que constitucionalizar a terceirização da atividade-fim é permitir que uma empresa mire tão somente o lucro, esvaziando, portanto, completamente a sua função social. “Atinge direitos fundamentais dos trabalhadores, como o direito à greve, acordos e convenções coletivas, reduz a remuneração e as contribuições para a Previdência”, disse o representante do MPT.

O problema se mostra ainda mais grave quando passamos a incorporar à discussão os dados do Dieese-Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos para os anos 2010-2013: nas 10 maiores operações de resgate de trabalhadores em situação análoga à escravidão, em quase 3 mil, entre 3.553 casos, estavam terceirizados. Mais: no setor elétrico, 61 terceirizados perderam a vida em 2013, contra 18 empregados diretos. Na construção civil, 75 das 135 mortes foram de terceirizados. Em obras de acabamento, 18 entre 20; nas de terraplanagem, 18 entre 19; e, nos serviços especializados, 30 de 34 mortos. Ou seja, os únicos favorecidos por esse furacão chamado PL 4330 são os empresários, especialmente os que bancam os partidos favoráveis.

Mariana Ferreira é jornalista.

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marco wense1Marco Wense

Polícia Federal e o Ministério Público, só para ficar em dois exemplos, são provas incontestes de que a normalidade institucional continua forte, que não há ingerência do Executivo nas suas prerrogativas.

Rone Montenegro, liderança do movimento Pátria Amada Brasil, um dos organizadores do “Fora Dilma” nas ruas de Itabuna, tem razão quando fala da corrupção, da alta carga tributária e da precariedade na educação e na saúde.

Ninguém, pelo menos em sã consciência, pode ir de encontro ao que está escancarado, ao óbvio ululante. Só um imbecil, incauto e idiota diria que está tudo bem.

O afastamento da presidente Dilma Rousseff, eleita democraticamente, com o aval e o endosso das urnas, da vontade popular, não é uma questão meramente política, assentada no inconformismo de uma derrota eleitoral.

A defesa do impeachment tem que ser subsidiada com elementos sólidos, consistentes do ponto de vista jurídico, do contrário é golpe, é desrespeito a Lei maior.

Tem que se respeitar o estado democrático de direito. Qualquer outro caminho é retrocesso, é anarquia. É rasgar, cuspir, jogar na lata do lixo a Carta Magna.

Outro detalhe é que Montenegro só pensa na defenestração de Dilma Rousseff, sem se importar com as consequências: “Queremos a saída dela, não queremos nada dela, nem a reforma política”.

O desprezo pela imprescindível e indispensável reforma política é a marca dos defensores do “Fora Dilma”. Esquecem que toda essa corrupção é fruto do financiamento privado de campanhas eleitorais, do vergonhoso toma-lá-dá-cá.

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marivalguedesMarival Guedes | marivalguedes@gmail.com

Na verdade Imperial fez o jogo sujo a serviço de Daniel Filho, diretor da Globo, numa vingança provocada por uma profunda dor de corno. Mário Gomes trabalhava numa novela e estava namorando a colega Betty Faria, mulher do poderoso diretor da emissora.

Você já foi vítima de fofoca ou calúnia? Estas maldades podem partir da vizinhança, trabalho, escola, igreja, partido ou do barzinho. Algumas vezes a mídia noticia sem antes investigar a denúncia, manchando a vida das pessoas caluniadas.

O casal Glória Pires e Orlando Morais já foi atingido. Uma nota num jornal acusava o músico de traição com a enteada, Cléo Pires, filha da atriz e de Fábio Júnior. Acrescentava que o episódio levou Glória à tentativa de suicídio.

Dizia também que, no contrato entre a Globo e Glória Pires, havia uma cláusula exigindo que Orlando Morais fosse autor de músicas nas trilhas sonoras das novelas que ela participasse.

A fofoca atingiu duramente a família, provocando hipertensão em Orlando. De onde partiu, não souberam. Mas entraram com ações na justiça contra os veículos que divulgaram. O drama é relatado num capítulo da biografia “40 anos de Glória”.

Outra bomba detonou a Escola Base em SP. O casal de proprietários foi acusado de abusar sexualmente de duas crianças. Divulgada pela Rede Globo sem a devida apuração, foi replicada por vários veículos.

A história foi desmentida, os órgãos de comunicação se retrataram, o casal entrou com ações na justiça. Mas o estrago já estava feito: escola fechada, dívidas, problemas morais e psicológicos.

O ator Mário Gomes também foi vítima. Uma nota afirmando que ele foi hospitalizado com uma cenoura no ânus repercutiu nacionalmente. Encaminhada pelo jornalista e produtor musical Carlos Imperial, a baixaria foi publicada no jornal Luta Democrática.

Afirmava o texto: “O másculo galã deu entrada na Maternidade Fernando de Magalhães para medicar-se de uma insólita ocorrência. Ele estava entalado com uma cenoura em local absolutamente sensível…”

Na verdade Imperial fez o jogo sujo a serviço de Daniel Filho, diretor da Globo, numa vingança provocada por uma profunda dor de corno. Mário Gomes trabalhava numa novela e estava namorando a colega Betty Faria, mulher do poderoso diretor da emissora.

O ator diz que “a nota foi uma cilada plantada por vingança porque eu e Betty Faria nos apaixonamos”. Ele compara a calúnia a “uma tentativa de assassinato”, lembrando que foi estigmatizado, apontado nas ruas e ficou longe das telas por longo tempo.

Marival Guedes é jornalista e escreve no Pimenta às sextas.

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Karoline VitalKaroline Vital | karolinevital@gmail.com

A água fugiu das torneiras de Itabuna e o racionamento entrou para a rotina. O rio Cachoeira, cada vez com menos volume, exibe suas pedras, consequência de uma consciência rasa e uma visão míope, que não consegue ver além da resolução de problemas imediatos.

“Check-check-check-check”, é o barulho que a minha vizinha faz com a vassoura, enquanto lava a calçada. “Como sou asseada, vou deixar meu passeio um brinco”, deve pensar minha vizinha. “Vai dar até para lamber o chão”, deve imaginar, orgulhosa de seu espírito asséptico. Essa tarefa diária é cumprida com devoção. É praticamente uma beata da lavagem de calçadas. Se fosse com vassoura e balde, menos mal. Mas ela usa a mangueira, que pode gerar um gasto de até 250 litros.

A mulher executa sua tarefa admirando sem pressa as ondas formadas pela pressão do jato ao bater no chão; o arco-íris formado pela luz solar atravessando as gotículas do precioso líquido que brota da mangueira; o rastro de água e sabão que vai seguindo rua abaixo, como um delgado e perfumado rio. Depois de jogar água e sabão, capricha na fricção da vassoura, jogando ainda mais água para enxaguar e mandar toda sujeira embora, junto com sua consciência ambiental.

Bem que eu poderia dar um toque a minha vizinha, falar sobre os perigos do desperdício, como ela poderia economizar, reaproveitando a água usada na lavagem de roupas, que já vem com sabão e trocando a mangueira pelo balde. Mas a minha timidez e o medo de arrumar encrenca com quem pode tirar o meu sono literalmente, não me atrai. Contorço-me por dentro, bufo e sento na frente do computador para desabafar escrevendo esse texto.

Quando era só no distante sertão nordestino ou na exótica África , rendendo matérias jornalísticas e documentários comoventes, marejando os olhos dos espectadores por um minuto, a falta de água era quase ficção científica. Ouvi muito na minha infância que, em 50 anos, o mundo viveria uma grande estiagem e a água doce seria artigo de luxo. Mas não é que essa era resolveu chegar mais cedo?

A falta d’água só consternou o Brasil quando atingiu o seu umbigo, que é para onde todos olham. Depois que o desenvolvido Sudeste passou a conviver com a realidade dos sertanejos e africanos, soaram o alarme, buscaram culpados, investiram em campanhas educativas, sobretaxaram os perdulários domésticos.

Como escreveu Carlinhos Brown e Marisa Monte cantou, Segue o Seco. A água fugiu das torneiras de Itabuna e o racionamento entrou para a rotina. O rio Cachoeira, cada vez com menos volume, exibe suas pedras, consequência de uma consciência rasa e uma visão míope, que não consegue ver além da resolução de problemas imediatos.

Chove cada vez menos, enquanto não paramos de gastar cada vez mais. Desmatamos, poluímos, desperdiçamos. A conta chegou para pagarmos caro e não há dinheiro que resolva. Falo na primeira pessoa do plural porque ninguém pode ser excluído desta responsabilidade. Bem diferente de quando eu pedia a minha mãe para comprar o brinquedo ou a roupa da moda e ouvia como resposta: “Você não é todo mundo”. Porém, quando se trata do uso de um bem coletivo, eu sou todo mundo. Afinal, ainda não aprendi a fabricar e nem tratar minha própria água.

Karoline Vital é jornalista.

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marivalguedesMarival Guedes | marivalguedes@gmail.com

Na última campanha, o assunto gerou polêmica nas redes sociais. Numa postagem, um internauta destilou veneno contra a vereadora Fabíola Mansur afirmando que a candidata à deputada estadual fazia propaganda enganosa.

O jovem João Maria de Bragança se decepcionou quando viu pela primeira vez a menina Carlota Joaquina, filha do rei da Espanha, com a qual deveria se casar por imposições familiares. Até aquele momento, ele a conhecia apenas através de pinturas de generosos artistas. Carlota, para o padrão de beleza, era “feia de doer”. O futuro Dom João VI balbuciou num lamento: “Fui enganado.”

Surgiu a fotografia, no século XVIII, evitando tais constrangimentos. No entanto, recentemente inventou-se a possibilidade de novo artifício, o Photoshop, utilizado exageradamente nas campanhas eleitorais. Estes magos da imagem deixam candidatos (as) sem rugas, dentes alvos mais que a neve e remoçam jornalistas em outdoors que anunciam programas de rádio e TV.

Na última campanha, o assunto gerou polêmica nas redes sociais. Numa postagem, um internauta destilou veneno contra a vereadora Fabíola Mansur afirmando que a candidata à deputada estadual fazia propaganda enganosa.

O assunto foi pauta de uma reunião entre Fabíola e sua assessoria. Decidiram não responder as provocações, mas foi publicado na coluna Tempo Presente, assinada pelo jornalista Levi Vasconcelos, no jornal A Tarde.

A candidata leu e telefonou:

– “Olha, seu Levi, tem muito jornalista também abusando do photoshop, viu?”.

Levi foi um dos que teve a foto espalhada em outdoors em anúncios sobre debates nas eleições.

O famoso profissional já havia sido questionado sobre fotografia e realidade. Dona Angélica, proprietária de uma banca de revista na Pituba, em Salvador, abriu uma edição do jornal A Tarde e indagou:

– Seu Levi, posso lhe fazer uma pergunta?

– Claro.

– Nesta foto o senhor era bem mais moderno, não era?

Me antecipando, sugiro ao diretor deste blog, Davidson Samuel, que, na próxima semana, substitua minha foto…

Marival Guedes é jornalista e escreve no Pimenta às sextas-feiras.