Tempo de leitura: 3 minutosA economia brasileira cresceu 0,9% no segundo trimestre deste ano, na comparação com os primeiros três meses do ano. O Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no País, somou R$ 2,651 trilhões. O dado foi divulgado nesta sexta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, a economia brasileira avançou 3,4%. O PIB acumula alta de 3,2% no período de doze meses. No semestre, a alta acumulada foi de 3,7%.
O crescimento de 0,9% no segundo trimestre de 2023 em relação ao trimestre imediatamente anterior é a oitava alta seguida neste tipo de comparação, mas aponta também uma desaceleração, já que nos primeiros três meses do ano houve crescimento de 1,8% (valor revisado pelo IBGE) ante o último trimestre de 2022.
Os dados divulgados hoje situam a economia brasileira em um nível 7,4% acima do patamar pré-pandemia e a posiciona no ponto mais alto da série histórica.
SETORES
Os desempenhos da indústria (0,9%) e dos serviços (0,6%) explicam o crescimento do PIB no último trimestre. No caso dos serviços, a influência positiva é maior porque as atividades respondem por 70% da dinâmica econômica.
“O que puxou esse resultado dentro do setor de serviços foram os serviços financeiros, especialmente os seguros, como os de vida, de automóveis, de patrimônio e de risco financeiro. Também se destacaram dentro dos outros serviços aqueles voltados às empresas, como os jurídicos e os de contabilidade, por exemplo”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
A indústria teve crescimento pelo segundo trimestre seguido, com destaque para a extrativa (1,8%), impulsionada pela extração de petróleo e gás e de minério de ferro, produtos relacionados à exportação.
Como um todo, a indústria segue acima do patamar pré-pandemia, mas não conseguiu superar o ponto mais alto da série histórica, atingido no terceiro trimestre de 2013.
AGROPECUÁRIA
Dos três grandes setores da economia, a agropecuária foi o único a recuar no trimestre (-0,9%). A retração se deve, principalmente, à base de comparação elevada, já que o setor tinha sido o grande motor do PIB nos três primeiros meses do ano.
“Se olhamos o indicador interanual, vemos que a agropecuária é a atividade que mais cresce. O resultado é menor porque é comparado ao trimestre anterior, que teve um aumento expressivo. Isso aconteceu porque 60% da produção da soja é concentrada no primeiro trimestre”, analisa Rebeca.
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