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A Bahia é o estado com o maior número de mulheres que assumiram a direção de um estabelecimento agropecuário, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Elaine dos Santos é uma das 303,7 mil mulheres que estão à frente do trabalho no campo no estado, número que considera produtoras que compartilham a direção com o cônjuge ou não. Desde os 17 anos, ela trabalha como agricultora na região de Valença, município do baixo-sul.
Hoje com 27 anos, Elaine cultiva café, banana e mandioca em uma área de seis hectares. “Dedico-me à minha propriedade. Hoje minha fonte de renda é exclusiva da agricultura”, declara a produtora que, ao aplicar novas técnicas no estabelecimento, conseguiu aumentar a produtividade: passou de nove toneladas de mandioca por hectare para 30 toneladas utilizando a mesma área.
“Desde pequena sou apaixonada pela agricultura. Meus pais são agricultores, e isso ajudou a fortalecer ainda mais esse vínculo com o campo. Fui ganhando respeito e conquistando meu espaço, mostrando que nós mulheres somos capazes, sim, de cuidar dos afazeres da roça, vencendo o preconceito”, defende.
ASSUMIU O CONTROLE DA FAZENDA AINDA JOVEM
Aos 22 anos, Carmen Perez assumiu a direção de uma fazenda em Barra do Garças, município no interior do Mato Grosso. Criada em São Paulo, ela passou boa parte da infância frequentando a fazenda do avô que, no fim da vida, passou a propriedade para o nome dos filhos.
Diante da intenção de venda da propriedade por parte da família, a jovem resolveu aprender a administrar a fazenda e nunca mais saiu de lá. Hoje com 4 mil hectares e 2,8 mil cabeças de gado, a fazenda Orvalho das Flores se destaca por ter implementado práticas de bem-estar animal.