Segundo Bernadete, obra de distribuição de água deveria ter sido entregue há seis meses
Tempo de leitura: 2 minutos

A ialorixá Bernadete Souza (PSOL) reivindica a conclusão das obras que levarão água potável aos moradores do distrito de Banco do Pedro, na zona rural de Ilhéus. Segundo ela, originalmente, o fim do trabalho estava previsto para setembro de 2022. “Prometeram entregar antes das eleições”, disse Bernadete ao PIMENTA, nesta terça-feira (4).

Liderança do Assentamento Dom Helder Câmara, Bernadete afirma que a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) e a Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos da Bahia (Cerb) são responsáveis pelas obras, que estão paradas. “Após a enchente, canos instalados se soltaram e ficaram em cima das pedras, abandonados”, denuncia.

Embasa e Cerb não informaram à comunidade quando os trabalhos serão concluídos, lamenta Bernadete. Enquanto isso, crianças, adultos e idosos têm apenas uma forma de acesso à água em Banco do Pedro, o uso de cisternas, que submete a população ao contato com microrganismos danosos à saúde.

“As cisternas são construídas nos quintais. Como Banco do Pedro não tem saneamento básico, o risco de contaminação da água é sempre grande, é uma realidade”, conclui.

OUTRO LADO

Canos da rede estão abandonados, segundo Bernadete

Ouvido pelo PIMENTA, o coordenador regional da Cerb, Luís Alberto Sellmann, afirmou que a Companhia já concluiu sua parte do empreendimento e, agora, cabe à Embasa terminá-lo e iniciar a distribuição da água.

Segundo o coordenador, originalmente, a obra foi delegada à Cerb, mas, antes mesmo de encaminhar o material para o início da execução, a empresa descobriu a existência do compromisso da Embasa de prover o abastecimento de água em Banco do Pedro. “Então, fizemos um ajuste do modelo Cerb para o modelo Embasa e executamos a obra”, relata. Ainda conforme o gestor, a mudança foi informada à comunidade, que consentiu.

A Cerb, acrescenta Luís, fez toda a parte de construção civil e instalou os quatro reservatórios e as redes adutora e de distribuição de água, além das ligações das residências e um módulo de tratamento de água. Com a mudança de modelo, conclui Luís Alberto, a Embasa vai ampliar o sistema de tratamento e instalar os hidrômetros nos imóveis para iniciar a operação do sistema.

Também contatada pelo PIMENTA, a assessoria da Embasa ficou de emitir nota de esclarecimento sobre o protesto de Bernadete Souza e o andamento da obra em Banco do Pedro. A resposta não foi enviada até o fechamento desta matéria.