Danilo Cruz está preso pelo assassinato de Aline Andrade
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O Superior Tribunal de Justiça negou liberdade ao agente de trânsito Danilo Cruz da Silva, de 43 anos, acusado de matar a esposa, Clealine Santos Andrade, 38, na noite de 27 de dezembro passado, na residência do casal, no Hernani Sá, em Ilhéus. Preso desde então, Danilo sofreu a terceira derrota no esforço de sua defesa para que ele responda ao processo em liberdade.

Ele já havia sido derrotado no Tribunal de Justiça da Bahia, que negou o Habeas Corpus nos julgamentos da liminar (provisório) e do mérito do recurso. Nos dois casos, prevaleceu o entendimento de que a liberdade de Danilo representaria ameaça à ordem pública. A nova decisão contra Danilo, do ministro relator do recurso no STJ, Joel Ilan Paciornik, referenda a posição do TJ-BA.

Para o ministro, a defesa não demonstrou ilegalidade na prisão preventiva nem elementos que justificassem a concessão da liberdade com urgência. O mais prudente, afirma, é aguardar o parecer do Ministério Público Federal e o posicionamento colegiado do STJ.

“A pretensão será analisada mais detalhadamente na oportunidade de seu julgamento definitivo, após as informações devidamente prestadas, bem como da manifestação do Parquet federal. Por tais razões, indefiro o pedido de liminar”, escreveu o magistrado na decisão publicada nesta segunda-feira (4).

CELERIDADE

As instituições envolvidas no caso imprimem ritmo célere aos trabalhos. A Polícia Civil encerrou o inquérito rapidamente e enviou as informações ao Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), que denunciou Danilo à Justiça. No dia 8 de janeiro, 13 dias após o assassinato, o juiz Gustavo Henrique Almeida Lyra, titular da Vara do Júri de Ilhéus, aceitou a denúncia, transformando o investigado em réu por feminicídio, tipo de homicídio qualificado, com pena prevista de 12 a 30 anos de reclusão.

Hoje (5), a Justiça deu início à instrução do processo, com os depoimentos das testemunhas de acusação e defesa, informa o site Fábio Roberto Notícias, que divulgou a decisão do STJ em primeira mão. Ao final dessa fase do processo, o juiz Gustavo Lyra vai decidir se Danilo Cruz da Silva será levado ao Tribunal do Júri, responsável pelos julgamentos dos crimes intencionais contra a vida.

Ato pede justiça por Aline e outras vítimas da violência contra a mulher

“QUANTAS ALINES SERÃO NECESSÁRIAS?”

Clealine era mais conhecida como Aline e trabalhava no setor administrativo do Hospital Regional Costa do Cacau, onde a morte violenta da funcionária causou profunda consternação.

A vítima também fazia parte de um grupo de amigas criado ainda nos tempos de escola. Elas se reuniam, pelo menos, uma vez por ano. Hoje, sem Aline, lutam por Justiça à memória da trabalhadora. Na abertura do Mês da Mulher em Ilhéus, na última sexta-feira (1º), se manifestaram pela condenação de Danilo e defenderam que ele seja expulso da Superintendência de Trânsito do município.

“Quantas Alines serão necessárias para estancar essa violência, numa cultura machista?”, questionaram as manifestantes, com mensagem pintada em uma das faixas levadas às ruas de Ilhéus.

Danilo Cruz está preso preventivamente || Foto Redes Sociais
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O Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) recusou pedido de Habeas Corpus, em caráter provisório, da defesa do agente de trânsito Danilo Cruz da Silva, de 43 anos. Ele foi preso em flagrante na noite de 27 de dezembro passado, em Ilhéus, pela morte da esposa, Clealine Santos Andrade, 38 (relembre).

Para o juiz substituto de segundo grau Álvaro Marques de Freitas Filho, a defesa não demonstrou a necessidade da concessão liminar de liberdade ao réu. Por isso, segundo o magistrado, a análise do pedido deve ser feita de forma mais apurada, no julgamento do mérito do Habeas Corpus, pela 1ª Turma da Primeira Câmara Criminal.

“Logo, é inviável a concessão da liminar pretendida, devendo a análise da matéria ocorrer de forma mais apurada, quando do julgamento do mérito pelo Colegiado, juiz natural da causa, garantindo-se a necessária segurança jurídica, sendo prudente analisar as informações a serem prestadas pela Autoridade Coatora”, escreveu Álvaro Marques na decisão assinada no último dia 11.

Clealine era funcionária do Hospital Costa do Cacau

Danilo Cruz é agente de trânsito da Superintendência de Transporte e Trânsito de Ilhéus (Sutram) e está custodiado no Presídio Ariston Cardoso. Após o crime, a Prefeitura afirmou, em nota, que acompanhará o processo penal e que a Corregedoria-Geral do Município atuará dentro de suas atribuições legais.

Danilo e Clealine eram casados || Fotos Redes Sociais
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A Justiça recebeu denúncia do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) contra Danilo Cruz da Silva, de 43 anos, acusado de matar a esposa, Clealine Santos Andrade, 38, no dia 27 de dezembro passado, no bairro Hernani Sá, em Ilhéus (relembre). Agente de trânsito do município, ele foi detido em flagrante, pela Polícia Militar, e teve a prisão convertida em preventiva.

Ao receber a denúncia, o juiz Gustavo Henrique Almeida Lyra, titular da Vara do Júri de Ilhéus, considerou que a acusação do MP, baseada nas investigações policiais, tem elementos suficientes para o início da ação penal por crime doloso contra a vida.

“O inquérito contém depoimentos que indicam autoria e laudos técnicos que delineiam a possibilidade de ocorrência material da conduta descrita na peça acusatória”, escreveu o magistrado na decisão da última segunda-feira (8).

Danilo está no Presídio Advogado Ariston Cardoso, em Ilhéus, numa área separada dos outros presos. Na semana passada, ele recebeu visita de colegas da Superintendência de Transporte e Trânsito (Sutran). Clealine foi sepultada no Cemitério Reviver Parque, na mesma cidade. Ela era funcionária do Hospital Regional Costa do Cacau.

Clealine era funcionária do Hospital Costa do Cacau
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A Justiça decidiu manter a prisão de Danilo Cruz da Silva pelo assassinato da esposa, Clealine Santos Andrade, de 38 anos, cometido na noite de quarta-feira (27), no bairro Hernani Sá, em Ilhéus (veja aqui). A decisão da juíza Emanuele Vita Leite Armede, da 1ª Vara Criminal de Ilhéus, converte a prisão em flagrante do investigado em preventiva (por tempo indeterminado).

De acordo com a juíza, as informações já disponíveis, como o auto de prisão em flagrante, indicam a autoria do crime e o risco da libertação de Danilo. “Veem-se, assim, demonstrados a prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria”, escreveu a magistrada. No seu parecer, o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) opinou pela manutenção da prisão.

Familiares e amigos se despediram de Clealine Andrade na manhã desta sexta-feira (29), no Cemitério Reviver, em Ilhéus, onde o corpo da funcionária do Hospital Regional Costa do Cacau foi sepultado.

CORREGEDORIA ACOMPANHA O CASO

Danilo Cruz é agente de trânsito da Superintendência de Transporte e Trânsito de Ilhéus (Sutram). Hoje (29), a Prefeitura divulgou nota, informando que acompanhará o feminicídio de Clealine Santos Andrade e que a Corregedoria-Geral do Município atuará dentro de suas atribuições legais.