Gustavo Haun | [email protected]
Cada vez mais o eleitorado vai querer saber a vida do (a) cidadão (ã) que quer se eleger. A sua biografia vai estar diretamente ligada ao processo sucessório das cidades, estados ou nação.
Quem ainda acha que é pobre que elege está totalmente equivocado. A verdade é que, a partir de agora, quem quiser disputar cargo político vai ter que agradar é a Classe Média.
Com uma importante agenda de políticas públicas, de distribuição de renda e de assistência social, ninguém imaginava que um semianalfabeto como Lula fizesse essa revolução: elevar 35 milhões de pessoas das classes mais baixas para cima.
E, hoje, o que se vive não é mais uma pirâmide que marcava as ordens socioeconômicas do país, está mais para um losango, com um inchaço no meio, no miolo.
O problema, para os politiqueiros de botequim, é que a Classe Média é mais estudada, mais ‘experta’ e mais interessada nas questões políticas, porque sabe que atua diretamente em sua vida, em sua família, em sua rua, em seu bairro, em sua cidade…
O miserável que passa fome e ganha um eternit, um saco de cimento, um dinheirinho para votar, cai no engodo da pseuda-assistência. Está na desgraça mesmo, o que vier é lucro. Embora essa seja uma mentalidade infeliz de terceiromundistas, que urge mudança!
Mas o sujeito que passa um tempo maior na escola, que trabalha e paga impostos, que lê jornal ou sites informativos, vê noticiário, mesmo que pouco, ou seja, um sujeito normal, dentro do padrão dito “médio”, é mais difícil de ser “engabelado”, “iludido”, “cair na armadilha”.
Cada vez mais o eleitorado vai querer saber a vida do (a) cidadão (ã) que quer se eleger. A sua biografia vai estar diretamente ligada ao processo sucessório das cidades, estados ou nação.
Isso acontece muito por conta da fragmentação dos próprios partidos políticos – muitos nanicos de mera conveniência, sem nenhuma história e ideologia –, agora sem mais bandeiras da Direita e da Esquerda, aí o povo “médio” vota no Homem, no Ser, no Ente que mais se adeque às necessidades coletivas.
Foi o que se viu em Itabuna e em muitas cidades do interior do estado. Um simples reflexo do que aconteceu nas eleições majoritárias para presidente há seis e dois anos.
Quem doravante quiser se eleger, independente da cor, sexo, religião ou partido, apresente projetos concretos, história de luta e honradez, trabalho real de base, interesse em solucionar os problemas dos mais carentes. Do contrário, com demagogia, pulinhos e corridinhas, não vai dar mais!
Gustavo Haun é professor, formado em Letras (Uesc), ministra aula em Itabuna e região e mantém o Blog de Redação