Pandemia leva Brasil a bater recorde de desemprego|| Foto Rovena Rosa/Agência Brasil
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O número de pessoas desempregadas no Brasil foi estimado em 14,3 milhões no trimestre encerrado em janeiro, o maior contingente desde 2012, início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileira Geografia e Estatística (IBGE).

Embora a taxa de desocupação tenha ficado estável em 14,2% frente ao trimestre anterior, é a mais alta para um trimestre encerrado em janeiro. Já o contingente de pessoas ocupadas aumentou 2% e chegou a 86 milhões. Isso representa 1,7 milhão de pessoas a mais no mercado de trabalho em relação ao trimestre encerrado em outubro.

“Apesar de perder força em relação ao crescimento observado no trimestre encerrado em outubro, a expansão de 2% na população ocupada é a maior para um trimestre encerrado em janeiro. Esse crescimento ainda tem influência do fim de ano, já que novembro e dezembro foram meses de crescimentos importantes”, explica a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.

Com o aumento no número de empregados, o nível de ocupação, que é o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou em 48,7%. A maior parte desse aumento na ocupação veio da população informal. O número de empregados sem carteira assinada no setor privado subiu 3,6% em relação ao trimestre anterior, o que representa um aumento de 339 mil pessoas.

Já os trabalhadores por conta própria sem CNPJ aumentaram em 4,8% no mesmo período, totalizando 826 mil pessoas a mais. Os trabalhadores domésticos sem carteira, após crescerem 5,2% frente ao trimestre anterior, somam 3,6 milhões de pessoas.

“A perda de força no crescimento da ocupação vem principalmente da menor expansão na Indústria, no Comércio e na Construção. E em relação à posição na ocupação, o trabalhador por conta própria e o empregado no setor privado sem carteira permanecem sendo aqueles que estão contribuindo mais para o crescimento da ocupação no país”, diz a pesquisadora. Com isso, a taxa de informalidade no trimestre encerrado em janeiro foi de 39,7%. Veja mais detalhes sobre a pesquisa em leia mais.

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Taxa de desempregados no Brasil é a maior desde 2012
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A taxa de desemprego caiu para 13,9% no quarto trimestre de 2020, depois de atingir 14,6% no trimestre anterior. Mesmo assim a taxa média de desocupação para o ano passado foi de 13,5%, a maior desde 2012. Isso corresponde a cerca de 13,4 milhões de pessoas na fila por um trabalho no país.

No intervalo de um ano, a população ocupada reduziu 7,3 milhões de pessoas, chegando ao menor número da série anual. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Saímos da maior população ocupada da série, em 2019, com 93,4 milhões de pessoas, para 86,1 milhões em 2020. Pela primeira vez na série anual, menos da metade da população em idade para trabalhar estava ocupada no país. Em 2020, o nível de ocupação foi de 49,4%”, explica a analista da pesquisa do IBGE, Adriana Beringuy.

A pesquisa mostra que essa queda da ocupação foi disseminada por todos os trabalhadores. Em um ano, o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) teve redução recorde, menos 2,6 milhões, um recuo de 7,8%, ficando em 30,6 milhões de pessoas. Os trabalhadores domésticos (5,1 milhões) diminuíram 19,2%, também a maior retração já registrada.

Houve redução de 1,5 milhão de pessoas entre os trabalhadores por conta própria, que somaram 22,7 milhões, uma retração de 6,2% em relação a 2019. O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (9,7 milhões) caiu 16,5%, menos 1,9 milhão de pessoas. Até o total de empregadores recuou 8,5%, ficando em 4,0 milhões.

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Aumenta a taxa de desempregados|| Foto Adenir Britto
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O número de pessoas ocupadas no Brasil teve redução recorde de 9,6% no trimestre encerrado em junho. Em relação ao trimestre anterior, a queda foi de 8,9 milhões de ocupados. Com isso, a taxa de desocupação subiu para 13,3%, uma alta de 1,1% frente ao trimestre encerrado em março.

Já o número de desocupados apresentou estabilidade e foi estimado em 12,8 milhões. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).

Todos os grupamentos de atividade analisados pela pesquisa sofreram queda em relação ao número de ocupados. O comércio foi o setor mais atingido: 2,1 milhões de pessoas perderam suas vagas no mercado de trabalho, uma redução de 12,3% em relação ao último trimestre.

CONSTRUÇÃO CIVIL

O contingente de ocupados na construção teve uma redução de 16,6%, o que representa menos 1,1 milhão de pessoas trabalhando no setor. Outra perda considerável foi na categoria de serviços domésticos, em que os ocupados foram reduzidos em 21,1% frente ao trimestre encerrado em março. São 1,3 milhão de pessoas a menos nesse grupamento de atividades.

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