Maria Alice Pereira, presidente do DEM itabunense, antes uma unanimidade nas articulações políticas, hoje foi criticada por setores do partido e de legendas aliadas.
O Democratas “reservou” a Avenida do Cinquentenário neste sábado para um grande evento com os candidatos da coligação proporcional.
Faltou planejamento e somente os deputados estaduais e candidatos à reeleição Gilberto Santana e Augusto Castro marcaram presença, num tremendo gol contra que pode comprometer o desempenho da majoritária em Itabuna (Paulo Souto e Geddel Vieira Lima).
Baseando-se em informações do comando regional, Souto não reforçou sua presença em Itabuna nesta reta final. Aliás, geraldistas, vanistas e comunistas (haja istas!) também curtiram o vacilo do DEM.
Há quem diga que articulação mesmo… Só com a máquina na mão, principalmente em tempos bicudos e de aversão (quase) geral à política.
A discussão deve prevalecer sobre questões como mandato, ideologia, partidarismo e escolha de apoio político e não sobre a história de luta do cidadão que se lança como candidato.
A corrida eleitoral para vagas na Câmara Federal e Assembleia Legislativa da Bahia tem um diferencial este ano. Nunca se lançou tantos militares para a disputa.
Desde oficiais a praças, a disputa está acirrada dentro da caserna, todos tentando sensibilizar os colegas e familiares destes, a ser o escolhido. Que em sua grande maioria irá eleger, caminhar com o vereador Marco Prisco, líder da greve no Estado baiano em 2012.
Correndo por fora para deputado estadual vem o Coronel Serpa, bem relacionado e de sorriso farto, Serpa goza de grande prestígio entre os seus pares. Já o coronel Gilberto Santana, realizou grande trabalho como chefe de polícia aqui na região e fez carreira como político distante das discussões e votos dos militares, mas pesa contra si ser antipatizado pela classe militar pelo seu jeito centralizador e temperamento forte, não agregador, principalmente pela classe Praça da PM. E isso eleva sua rejeição.
Disputas aqui e acolá, mas cada um desses citados tem o seu papel político e prestígio em determinadas regiões do Estado ou mesmo dentro da classe em que surgiu e fez carreira. O problema está para Deputado Federal, onde duas correntes dentre os militares disputam a representatividade legal.
Uns querem Capitão Tadeu, outros o Soldado Josafá. O primeiro foi deputado estadual por três vezes e o segundo liderou a greve da PM na cidade de Feira de Santana.
As acusações são diversas! Quem é contra Tadeu o acusa de sempre “surfar na onda política do momento”, ou seja, de estar sempre ligado ao grupo que está no poder e nunca lutar, exigir melhorias para classe PM como um todo. Os que são a favor rechaçam a ideia e dizem ser ele o único que vinha politicamente, de fato e de direito, a lutar por melhorias.
Contra Josafá dizem ser ele candidato para tirar votos de Tadeu, e que seria ligado a outro candidato da mesma legenda de seu adversário, não cabendo sua candidatura nesse momento, pois há um acordo de cavalheiros entre Prisco e Tadeu para que o apoio seja mútuo dentro da classe e que deve ser respeitado.
Já os que o defendem, relatam que é o verdadeiro representante não da classe PM, mas dos Praças, que anseiam por uma representatividade “puro-sangue”, originária.
Por um lado, estamos vivenciando o amadurecimento político de servidores públicos que antes eram tolhidos e avessos às questões políticas, mas também vemos, como em qualquer grupo político, que a disputa pelo poder e liderança de uma classe ou casta social gera desentendimentos que poderão enfraquecê-lo internamente.
Os ataques beiram a irracionalidade. A discussão deve prevalecer sobre questões como mandato, ideologia, partidarismo e escolha de apoio político e não sobre a história de luta do cidadão que se lança como candidato, quem fez menos ou mais. Ou deixou de fazer. Leia Mais
A Sócio-Estatística fez levantamento com 808 itabunenses, no período de 1 a 8 de março. Os resultados levam preocupação ao prefeito Claudevane Leite (PRB) e – mais ainda – ao ex-prefeito Capitão Azevedo (DEM).
Com pouco mais de dois meses de gestão, o Governo Vane obteve apenas 23,2% de avaliação positiva, percentual praticamente igual ao dos que consideram a gestão ruim ou péssima: 20,8%.
A margem de erro do levantamento é de 4 pontos percentuais.
O percentual dos que avaliam o governo como regular atingiu 21,5%. Dos eleitores ouvidos, 34,5% não quiseram emitir opinião.
Para Agenor Gasparetto, da Sócio-Estatística, a avaliação do governo tende levemente ao positivo, mas a administração “terá que provar que será capaz de ir além de boas intenções e bons propósitos”. O itabunense, diz Gasparetto, está mais exigente.
A pesquisa também aferiu o humor do eleitorado em relação ao finado governo de José Nilton Azevedo (DEM).
Exatos 52,1% dos pesquisados avaliaram como negativa a administração do ex-prefeito, sendo que, destes, 42,9% cravaram como “péssima” a gestão do democrata. A aprovação ficou em 21,1%.
Palavras de Gasparetto: “Essa avaliação praticamente sela a sorte de Azevedo como político no curto prazo. Saiu mal do governo e sair mal não é uma boa notícia e não emite sinais alvissareiros para o futuro, muito pelo contrário”.
A Sócio-Estatística ainda perguntou ao eleitor itabunense sobre as gestões de Dilma (muito bem avaliada) e de Wagner (tendendo ao negativo) e mandatos de deputados itabunenses: os estaduais Augusto Castro e Gilberto Santana têm avaliação tendendo ao positivo, enquanto o federal Geraldo Simões é mais conhecido (está no terceiro mandato de deputado e foi duas vezes prefeito de Itabuna), mas a visão que o itabunense tem dele, no geral, tende ao negativo. Atualizado às 13h37min.
O deputado estadual Gilberto Santana (PTN) não perde tempo. Além de não estar alheio ao debate se o Capitão Azevedo (DEM) poderá ser candidato, o parlamentar tem feito contatos com muitos empresários conhecidos por – dentre outras “qualidades” – financiar campanhas eleitorais.
Um dos alvos deste apoio pode ser homenageado em Itabuna durante a sessão itinerante da Assembleia Legislativa, na próxima quinta (22). Não à toa, ontem foram vistos veículos circulando com adesivo sugestivo: “Sou mais Santana”.
O vereador Wenceslau Júnior (PCdoB) protocolou hoje requerimento para que sejam votadas as contas do exercício de 2009 do prefeito Capitão Azevedo (DEM), rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). O requerimento também solicita que as contas de 2009 da Mesa Diretora sejam disponibilizadas à população.
O vereador diz que tomou esta decisão porque o prefeito está trabalhando para que a votação não ocorra antes da eleição de outubro, pelo menos. “Ele sabe que vai ter dificuldades se as contas forem analisadas agora”.
Segundo Wenceslau, o governo enfrenta resistências para obter os nove votos necessários para derrubar o parecer do TCM. “Como o voto é secreto, ele terá que conversar com toda a bancada de sustentação”, diz.
Hoje o prefeito conta com o apoio virtual de 11 dos 13 vereadores. Como a bancada anda insatisfeita, Azevedo terá de “rebolar” já que ficará impedido de disputar a reeleição caso tenha as contas rejeitadas pelo legislativo em ritual com ampla defesa.
Além dos naturais oposicionistas, Azevedo tem contra si os trabalhos de bastidores do deputado estadual Gilberto Santana (PTN), aliado de momento e que não esconde desejo de disputar a prefeitura ainda em 2012.
Além de ter convencido o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT) a realizar em Itabuna a primeira sessão itinerante do legislativo estadual em 2012, o deputado Augusto Castro (PSDB) pretende apimentar a sessão marcada para o dia 22 de março.
Castro afirma que tentará inserir na pauta um debate sobre o projeto que cria a Região Metropolitana de Ilhéus e Itabuna, de iniciativa do deputado Gilberto Santana (PTN). Neste pleito, o tucano espera envolver o próprio autor da matéria e a deputada ilheense Ângela Sousa (PSD).
A proposta da Região Metropolitana, sem dúvida da maior importância, chega num momento em que as duas principais cidades interessadas enfrentam disputa relativa aos seus limites territoriais. Uma comissão da própria Assembleia, com apoio da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), decidirá a pendenga.
Há mais de uma semana o PIMENTA revelou aqui os dados assustadores sobre o número de homicídios em Itabuna no ano passado e neste início de 2011. A cidade apresentou média de homicídios por grupo de 100 mil habitantes superior à de Salvador (73 contra 61) em 2010. O post comparativo repercutiu forte e chamou a atenção de alguns dos principais veículos do estado.
Estreando na Assembleia Legislativa, o deputado Gilberto Santana (PTN), que é coronel da polícia militar, usou estes dados publicados pelo blog para cobrar mais atenção do governo baiano a Itabuna e ao sul da Bahia. Itabuna, oficialmente, registrou 143 assassinatos em 2010 e já neste ano foram contabilizados 31. 75% das mortes violentas estariam relacionadas ao tráfico de drogas.
O deputado acredita que mais policiamento nas divisas da Bahia com os estados do Sudeste brasileiro e investimentos em inteligência vão possibilitar uma reversão de quadro. O policiamento nas divisas inibiriam, diz ele, o movimento de migração do crime do Sudeste para a Bahia.
Para Santana, que não esconde a vontade de aproximação com o governo baiano, são positivas as mudanças feitas pelo governador Jaques Wagner na área de segurança pública em 2011. Além de trocar o comando da Secretaria de Segurança Pública, a gestão estadual promoveu mudança em toda a cúpula da polícia civil baiana.
O professor José Formigli Rebouças deixou ontem o comando da Secretaria de Assistência Social após dois anos e 18 dias no cargo. Saiu alegando boicote do prefeito Capitão Azevedo (DEM). “Os projetos que a gente propunha ele não deixava [executar]”. A pasta será comandada por Marina Santos, ex-auxiliar de Formigli.
Ontem à noite, o ex-secretário concedeu entrevista ao PIMENTA e revelou que a prefeitura devolveu recursos ao governo federal por não ter implantado projetos sugeridos pela sua equipe. Sobre a sua passagem pelo governo, avalia: “foi uma experiência boa, mas frustrante porque não tive apoio”. Acompanhe os principais trechos da entrevista.
O que provocou a exoneração do senhor?
O prefeito está procurando os políticos e oferecendo as secretarias. No nosso caso, foi o [deputado estadual eleito, Coronel] Santana, que exigiu colocar lá uma pessoa dele, a Marina. Ele já entregou a Saúde ao [Augusto] Castro e a nossa secretaria ao Santana.
Como o prefeito lhe comunicou sobre a mudança?
Alegou que está em dificuldades financeiras e disse estar precisando da ajuda dos deputados. Esses deputados prometeram recursos. No entanto, dizem que têm que estar lá com pessoas deles. No nosso caso, foi o Santana que colocou a Marina.
O senhor ficou surpreso com esta decisão?
A exoneração não me pegou de surpresa, pois já esperava por isso. Eu não trabalhei na campanha dele e fui lá porque Azevedo tinha compromisso com uma pessoa que sugeriu o meu nome. Fui lá tentar fazer alguma coisa, mas não tive apoio de maneira nenhuma.
Tudo que a gente propunha, o prefeito não deixava [executar].
O prefeito não o apoiou?
Absolutamente. Tudo que a gente propunha, o prefeito não deixava [executar].
E qual a justificativa do governo?
Dou exemplos: apresentei projetos, parcerias para acabar com a mendicância e tirar o pessoal das ruas, mas nada disso foi aceito. O prefeito alegava sempre que não tinha recurso. No ano que passou, nós tivemos a oferta de mais um CRAS, para duplicar esse trabalho do Pró-Jovem e tudo isso foi rejeitado pelo prefeito sob a alegação de que não poderia contratar mais pessoas e não tinha recursos, mas nós devolvemos recursos ao governo federal.
Desde quando assumiu, o senhor nunca teve apoio do prefeito?
No começo, houve alguma manifestação. Muito pouca, mas normalmente não tive. O projeto que ele apoiou foi só o Bolsa-Renda, que era uma proposta que ele mesmo inventou [na campanha eleitoral]. Fora disso, não aconteceu.
Eu me sinto muito frustrado justamente porque ele não aceitava os projetos que apresentávamos, mesmo tendo recursos federais.
De toda a sua passagem, o que mais o deixou triste?
Eu me sinto muito frustrado justamente porque ele não aceitava os projetos que apresentávamos, mesmo, às vezes, tendo recursos federais. Sempre alegava a mesma coisa: falta de dinheiro, isso e aquilo.
A Casa dos Conselhos foi um desses projetos?
Nós batalhamos muito pela Casa dos Conselhos. Ele nos deu uma área, no antigo campo de aviação [aeroporto]. Quando estávamos terminando o projeto, ele embargou e alegou que vai usar aquilo ali para o Samu 192.
O Samu vai mudar do centro para lá?
Diz ele que vai mudar sim. Não se sabe quando. Chegou aí o novo secretário de Saúde e o prefeito está dando tudo que ele pede. Passaram por cima da gente.
Trabalhei com a Marina por muito tempo, mas sabendo que ela estava sempre querendo a secretaria.
O senhor se sentiu traído pelo prefeito?
Eu não digo que fui traído. Não fui apoiado. Conforme eu disse ontem lá na despedida, na minha secretaria havia a figura da Marina, que foi uma pessoa muito importante para a eleição dele e que tem uma penetração muito grande nos bairros. Ela tinha a certeza que a secretaria seria dela. Mas houve aí uma arrumação. Então, trabalhei com a Marina por muito tempo, mas sabendo que ela estava sempre querendo a secretaria. Agora que ela fez um esforço muito grande pela eleição do Santana. Ela, com o apoio dele, assumiu a secretaria.
O senhor foi convidado para outro posto no governo?
Não.
E se fosse convidado?
Olha, dependeria muito da circunstância, porque você sabe que gato escaldado tem medo de água fria. Então, a gente precisaria pensar duas vezes. Não seria muito agradável trabalhar ali naquele ambiente.
Falta sensibilidade das pessoas lá para com essas necessidades, carências da população, principalmente a parcela mais pobre.
O senhor se arrepende de ter trabalhado no governo?
Não digo que me arrependo porque o trabalho em si é algo dignificante, principalmente com as pessoas mais carentes. Tive lá uma equipe muito boa e pessoas dedicadas e com as quais me dava muito bem, inclusive com a Marina. Foi uma boa experiência, mas frustrante porque não tive o apoio. Falta sensibilidade das pessoas lá para com essas necessidades, carências da população, principalmente a parcela mais pobre, gente de rua, as abandonadas. Às vezes, não é tanto o dinheiro. A alegação do dinheiro não convence.
Por que o senhor só preferiu falar agora sobre esses problemas?
Não estou falando só agora, mas há muito tempo. Digo que trabalhar na Assistência Social em Itabuna é como dar murro em ponta de faca. Então, existe essa alegação da falta de recursos. Realmente a prefeitura chegou a uma verdadeira falência. O prefeito sempre falava em modificações, melhoras. A gente vai esperando, esperando, mas de um tempinho para cá não tínhamos esperança e estava esperando a qualquer momento essa mudança. Eu não tinha ilusão de que iria continuar.
A sucessão municipal de 2012 já começou. As duas maiores dúvidas são em relação ao prefeito Azevedo e ao nome do PT. O democrata (DEM) é candidato à reeleição? Juçara Feitosa ou Geraldo Simões?
Os partidos sabem que para ter assento na mesa das negociações, com uma candidatura a vice-prefeito ou reivindicando secretarias em troca do apoio, é preciso ter grupo político forte.
O PT, DEM e o PMDB, respectivamente com Geraldo Simões, José Azevedo e Fernando Gomes, são os protagonistas do jogo sucessório. Tem também o PCdoB de Davidson Magalhães, Luís Sena e do vereador Wenceslau.
O PDT, agora com a comissão provisória presidida pelo ex-vereador Carlito do Sarinha, tem na retaguarda os deputados coronel Santana (estadual) e Félix Mendonça Júnior (federal).
O Partido da Social Democracia Brasileira, o PSDB do jornalista José Adervan, ainda triste com a derrota de José Serra, tem o deputado estadual Augusto Castro.
Pode acontecer um partido sair da condição de coadjuvante para a de protagonista, basta lançar um candidato – um bom candidato – que não tenha nenhum vínculo político com o geraldismo, fernandismo e o azevismo.
ALÔ, ALÔ!
– Alô, Fernando, aqui é Azevedo!
Assim que foi eleito prefeito de Itabuna, o Capitão Azevedo ligou para Fernando Gomes e pediu sua opinião sobre a composição do secretariado.
“Só recomendo a permanência de dois: Geraldo Pedrassolli (Fazenda) e Gustavo Lisboa (Educação)”, disse o então melancólico chefe do Centro Administrativo Firmino Alves.
Nesta quinta (16), em Salvador, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) diplomou deputados, senadores e governador eleitos em 3 de outubro.
A prefeitura de Itabuna alega que está numa pindaíba de dar dó, mas liberou carro, motorista, combustível e o que mais precisasse para que Pedro Gago comparecesse à solenidade.
Gago é assessor do deputado eleito Gilberto Santana (PTN), mas quem pagou a conta foi o contribuinte itabunense.