Ministro Edson Fachin, do STF suspende isenção de impostos para importação de armas
Tempo de leitura: < 1 minuto

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu, em caráter liminar, os efeitos da resolução do governo federal que zerou a alíquota de importação de revólveres e pistolas. A medida estava previsto para entrar em vigor no próximo dia 1º de janeiro.

Na decisão, o ministro afirmou que, embora o presidente da República tenha a prerrogativa para a concessão de isenção tributária no contexto da efetivação de políticas fiscais e econômicas, a opção de fomento à aquisição de armas por meio de incentivos fiscais encontra obstáculo na probabilidade de ingerência em outros direitos e garantias constitucionalmente protegidos.

No caso da resolução em análise, é inegável, a ser ver, que, ao permitir a redução do custo de importação de pistolas e revólveres, o incentivo fiscal contribui para a composição dos preços das armas importadas e, por conseguinte, para a perda automática de competitividade da indústria nacional, o que afronta o mercado interno, considerado patrimônio nacional (artigo 219 da Constituição).

Segundo Fachin, a iniciativa tem grave impacto na indústria nacional, sem fundamentação juridicamente relevante para isso. Há significativo risco, portanto, de desindustrialização de um setor estratégico para o país no comércio internacional.

Vendas externas baianas apresentaram crescimento de 1% em julho
Tempo de leitura: 2 minutos

As exportações baianas cresceram 1% em julho deste ano, quando comparado a igual período de 2019, aponta levantamento da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) divulgado nesta tarde de segunda (10). As vendas externas baianas alcançaram US$ 652,8 milhões no mês passado, conforme a autarquia ligada à Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan).

A resposta rápida da China, que entrou primeiro na crise e começa a sair dela antes dos demais países, a desvalorização cambial e a demanda global por commodities, mesmo com preços em queda – até julho houve desvalorização média de 32,4% nos preços dos produtos exportados, sustentaram os resultados obtidos pelas vendas externas da Bahia. Após cair 8,8% no primeiro semestre, sobre o mesmo período de 2019, as exportações voltaram a acusar crescimento em julho.

“Vale ressaltar que a participação da China na pauta de exportações baianas cresceu de 24,6%, no período de janeiro a julho de 2019, para 28% no mesmo intervalo de 2020. Também cresceram os embarques físicos de produtos da Bahia para a exportação em julho e no acumulado do ano”, destacou o secretário estadual do Planejamento, Walter Pinheiro.

Os embarques físicos de produtos baianos (quantum) cresceram 58,5% em julho e 40,6% nos sete meses de 2020 em relação a igual período do ano anterior, o que, de acordo com a SEI, corrobora com a tese da resiliência do setor à crise pandêmica, principalmente de produtos básicos como soja, celulose, minerais, petróleo e algodão. Só para a China, em julho, eles aumentaram 102% ou o equivalente a 588,5 mil toneladas, resultando em receitas que somaram US$ 214 milhões, 47% superiores ao mesmo mês de 2019. No ano, até julho, as exportações baianas atingiram US$ 4,31 bilhões, o que representa uma queda de 5% em relação ao mesmo período de 2019.

IMPORTAÇÕES

A queda das importações baianas se aprofundou em julho, com recuo de 66%, em relação a igual mês do ano passado. Com o desempenho, a queda acumulada, ampliou-se para 37,3% até julho. Além da queda acentuada da demanda interna, a forte desvalorização do real também atuou para conter os desembarques no período. As projeções apontam para a ampliação do superávit comercial do estado que até julho atingiu US$ 1,68 bilhão, 376,4% superior a igual período de 2019.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Conforme noticia o Blog do Thame, uma carga de 12 mil toneladas de cacau, proveniente de Gana, está sendo desembarcada no Porto de Ilhéus. Metade do carregamento é destinada à Nestlé e a outra parte será dividida igualmente entre a Barry Callebaut e a Cargill.
A importação de cacau por uma região que já foi a maior produtora mundial do produto foi motivo de protestos no ano passado, mas as indústrias alegam que precisam do cacau africano para evitar queda na atividade do parque moageiro e, consequentemente, demissões.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Reunião discutiu detalhes do protesto
Reunião discutiu detalhes do protesto

O protesto que agricultores sul-baianos planejam fazer no próximo dia 5, a partir das 9 horas, no Porto de Ilhéus, deverá entrar para a história como a primeira forte reação contra a importação de cacau livre de maior controle por parte do governo. A categoria defende restrições para conter a queda do preço do produto no mercado interno, bem como das cotações em bolsa.
Detalhes da manifestação –  que será realizada propositalmente quando um navio com 5 mil toneladas de cacau, procedente de Gana, estará no porto -, foram discutidos nesta quarta-feira, 27, em uma reunião dos produtores no Centro de Pesquisa do Cacau (Cepec). Entre os participantes, estava o diretor-presidente do Instituto Biofábrica de Cacau, Henrique Almeida.
Um dos pontos que ficou definido é que, durante a manifestação, sacos de cacau serão queimados para simbolizar o protesto contra a importação. Segundo os cacauicultores, mesmo com a produção em alta – 137 mil toneladas na safra 2011/2012 -, a maior parte do cacau colhido permanece estocada em depósitos, enquanto as indústrias moageiras continuam importando.
O presidente do Instituto Pensar Cacau (IPC), Águido Muniz, espera que o governo interceda pelos produtores. “Esperamos que o governo cumpra sua missão de mediador entre produtores e indústria, estabelecendo dispositivos para dar equilíbrio à relação entre produção e demanda”, apela o cacauicultor. Com informações do Mercado Cacau

Tempo de leitura: < 1 minuto

Indignados com uma manobra das indústrias moageiras, que estariam deixando de comprar o cacau nacional e, assim, afetando o preço do produto, cacauicultores sul-baianos planejam realizar um protesto no próximo dia 5, a partir das 9 horas, no Porto do Malhado, em Ilhéus. Na ocasião, deverá estar atracado no terminal portuário um navio caregado com 5 mil toneladas de cacau proveniente de Gana.
O objetivo da manifestação é forçar o Governo Federal a adotar medidas de controle da importação, que prejudicaria o cacau produzido no país. Segundo os cacauicultores, a safra 2012/2013 na Bahia alcançou 137 mil toneladas, mas grande parte da produção se encontra armazenada em depósitos.
O boicote das indústrias, de acordo com os produtores, gera deságio sobre a cotação das amêndoas na Bolsa de Nova York e também derruba os preços no mercado interno. Nesta semana, o produto está sendo comercializado de R$ 58 a R$ 60 no eixo Ilhéus Itabuna. As informações são do site Mercado Cacau.

Tempo de leitura: < 1 minuto

insetos-no-cacauUm carregamento de cacau proveniente da Indonésia se encontra retido no Porto de Ilhéus e mais uma vez o motivo é a contaminação das amêndoas por larvas de insetos. Segundo informações obtidas pelo PIMENTA, a presença do agente nocivo é maior do que a identificada em uma carga embargada no mês de julho de 2012 (leia nota aqui). Em ambos os casos, a importadora da matéria-prima foi a multinacional Cargill, mas no ano passado o fruto era procedente da Costa do Marfim. A Nestlé também enfrentou o mesmo problema recentemente.
A retenção do cacau contaminado foi determinada pela fiscalização do Ministério da Agricultura. Há pouco mais de seis meses, quando foram identificadas as primeiras cargas com larvas de insetos, sindicatos de produtores rurais da região protestaram contra a Instrução Normativa 47/2011, do órgão federal, que atenuou os rigores para a importação da matéria-prima.
Cacauicultores temem que a entrada de cacau com agentes nocivos desencadeie o surgimento de uma nova praga na lavoura da região.