A Secretaria da Saúde de Itabuna voltou a ser alvo de críticas na Câmara de Vereadores. Na sessão plenária desta quinta-feira (06), quem puxou o cordão dos insatisfeitos com a gestão foi o petista Júnior Brandão, que disse ter visitado unidades básicas e constatado situações como a falta de médicos e remédios.
“Mesmo com a gestão plena e com a mudança no comando da Secretaria (a troca de Renan Araújo por Plínio Adry, no ano passado), o setor continua sem atender bem à população”, declarou o vereador. Segundo ele, na unidade de saúde Alberto Teixeira Barreto, do bairro Califórnia, há limite para a realização de nebulizações. “Crianças podem fazer apenas uma nebulização por dia, mas todos sabem que isso não é suficiente”, observou Brandão.
O petista sugeriu que os vereadores do PCdoB – Jairo Araújo e Aldenes Meira – intermedeiem um convite para que o secretário Plínio Adry compareça à Câmara a fim de prestar esclarecimentos. Em resposta, ambos disseram que não haveria dificuldade para atendimento desse pleito.
“São questões preocupantes e que precisam ser resolvidas”, reconheceu Araújo, cujo partido abonou a indicação do secretário. Segundo ele, Adry já avisou que tem interesse em ir à Câmara prestar esclarecimentos. O vereador do PCdoB responsabilizou tanto governos passados como o atual pela situação.
De acordo com Araújo, a falta de autonomia da Saúde no início da gestão Claudevane Leite prejudicou a pasta. “O processo licitatório era extremamente lento, realizado fora da Secretaria da Saúde, e houve diversos desencontros, aliados à destruição que atingiu o setor nos últimos oito anos”, pontuou o comunista.
Araújo também falou sobre o retomada do comando único do SUS pelo município, observando que “a gestão plena veio sem a integralidade dos recursos”. Ele acredita que “o município assumiu muitas tarefas sem contrapartida na ampliação das receitas”.
Em artigo publicado no PIMENTA, o coordenador administrativo do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Raimundo Santana, sustenta que os problemas no retorno do comando único têm a ver com equívocos na negociação conduzida pelo atual governo (confira).