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Da Folha

O senador Jaques Wagner (PT-BA) aproveitou sua recente participação na Brazil Conference, na região de Boston, para conversar com dois gigantes do setor de tecnologia.

Ele teve reuniões com membros das diretorias do Google e da Amazon, que o procuraram para perguntar sobre as perspectivas econômicas em um eventual governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Também queriam saber o que o presidenciável e o PT pensam sobre o funcionamento e as regras de regulação das big techs no Brasil.

Wagner também conversou com o empresário Jorge Paulo Lemann e deu uma palestra no Atlantic Council, centro de estudos sobre relações internacionais baseado em Washington.

O senador tem sido visto como um interlocutor que tem passado credibilidade junto ao empresariado, com grandes perspectivas de se tornar ministro em caso de vitória do petista.

Bebeto revisa metáfora do "teodolito" e afirma que todos os partidos aliados devem discutir formação de chapa
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O vice-prefeito de Ilhéus, Bebeto Galvão, afirma que seu partido, o PSB, ainda não foi chamado a dialogar sobre a possível substituição do senador Jaques Wagner (PT) pelo também senador Otto Alencar (PP) na cabeça da chapa majoritária governista. Sem anúncio oficial, a mudança foi cravada pelo noticiário baiano, indicando a candidatura do governador Rui Costa (PT) ao Senado.

Num regime democrático, segundo Bebeto, é natural e salutar que a imprensa apure e divulgue informações sobre o processo político, mas a indicação de Otto como candidato ao Governo da Bahia deve ser tratada no campo das possibilidades.

“O fato dessa possibilidade – eu tô dizendo porque não foi noticiado oficialmente, nem nós, enquanto partido, fomos chamados para conversa. Mas, esse fato, como possibilidade que se aventa, de uma alteração do nome de Wagner para o de Otto, se isso se consolida, mais do que qualquer crise, representa uma riqueza de lideranças no mesmo projeto, ao ponto de nós nos darmos ao luxo de promover alteração de um nome importante como o do Wagner por um nome tão importante quanto o do Otto”, declarou ao PIMENTA nesta sexta-feira (25).

Ex-deputado federal e suplente de Wagner no Senado, o vice-prefeito de Ilhéus avalia que todo o trabalho dos partidos da base consolidou a pré-candidatura de Wagner ao governo e, nas pesquisas eleitorais, a trajetória do ex-governador era de alta. Por isso, em entrevista recente, defendeu a manutenção do petista no páreo. Ao PIMENTA,  Bebeto também exaltou o nome de Otto, a quem atribui papel de expressão nacional na política.

O TEODOLITO…

Engenheiro agrônomo, o vice-governador João Leão (PP) usou a imagem do teodolito para ilustrar como enxerga o papel do trio PP, PSD e PT na aliança baiana. “Nós temos o tripé. A política da Bahia do nosso lado representa como se fosse um teodolito, aquele instrumento que você olha e vê longe. Ele tem três pés. Um é o PT, outro é o PSD e outro é o PP. Se nós tirarmos um dos pés, obviamente o teodolito cai e não funciona”, disse Leão ao Bahia Notícias em julho de 2021.

A metáfora do teodolito também serviu à reflexão de Bebeto, na entrevista ao PIMENTA, sobre a contribuição dos demais partidos da base, inclusive o PSB, para as vitórias eleitorais e o desempenho das gestões petistas na Bahia.

Além de PT, PSD, PP e PSB, a base reúne Avante e PCdoB. Caso a possibilidade da candidatura de Otto se concretize, segundo Bebeto, a mudança terá que ser discutida com todos os partidos aliados.

– Se isso – veja, estou colocando tudo no campo das possibilidades, porque não tem nada oficializado, o que temos é especulação.
Se isso ocorre, nós vamos ter que discutir a composição da chapa. Na minha opinião, os partidos todos devem ser chamados. Se havia o chamado teodolito, mas o teodolito não se sustenta sozinho se ele não tiver um lastro e se o terreno for íngreme. Ou seja, se o terreno for desnivelado, o teodolito não se põe de pé -.

…E O CAMINHÃO DE ABÓBORAS

Bebeto também minimizou o impacto da possível – e hoje provável – mudança na composição da chapa para as chances de vitória da candidatura governista. Segundo ele, o assunto tem sido tratado como cataclismo político da Bahia, mas seria melhor ilustrado como a dinâmica de abóboras transportadas na carroceria de um caminhão.

– Se o nosso grupo estiver unido, mesmo que ocorra qualquer mudança, com os debates que vão ocorrer internamente, os debates são do processo. Eu faço uma analogia com o caminhão de abóboras. Há turbulência na estrada, mas as abóboras vão se acomodando no caminhar da estrada-.

Rui afirma que futuro político depende de decisão coletiva
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Na tarde desta quinta-feira (17), em Terra Nova, o governador Rui Costa (PT) foi perguntado sobre o seu futuro político e afirmou que não vê problema em continuar no governo até o final do mandato, o que significaria abrir mão de tentar vaga no legislativo nas eleições deste ano.

Porém, não descartou a possibilidade de seguir outro caminho, se isso for demandado pelo grupo político que integra. Segundo Rui, essa será uma decisão coletiva.

“Eu não tomo decisão – nem de um jeito nem de outro, nem para ser candidato nem para deixar de ser candidato – apenas considerando um voo solo de uma carreira solo. Eu não sou assim. Nunca fiz política assim. Não acredito em que faz política assim”, declarou.

ESPECULAÇÕES

A fala do governador pareceu responder especulações a respeito da reunião que teve, na última terça-feira (15), com o ex-presidente Lula e os senadores Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PP). Correram notícias de que Rui teria manifestado o desejo de se candidatar ao Senado.

Duas fontes que acompanham as movimentações partidárias em Salvador disseram ao PIMENTA que Rui está mesmo inclinado a disputar a única vaga para a Câmara Alta.

Nesse caso, a cabeça da chapa para o Palácio de Ondina seria Otto, que, até aqui, tem reafirmado a intenção de ser reeleito senador. Ao vice-governador João Leão (PP), caberia assumir o governo do estado em abril e indicar o vice da majoritária governista.

Para refutar o cenário hipotético acima, logo após a reunião de terça-feira (15), Jaques Wagner apressou-se em anunciar que ainda é pré-candidato a governador.

NÃO NOS CONVIDARAM

Ontem (16), o secretário de Emprego, Trabalho, Renda e Esporte da Bahia, Davidson Magalhães (PCdoB), pôs em questão a continuidade da pré-candidatura de Wagner, conforme declaração ao programa O Tabuleiro, da Ilhéus FM.

Hoje (17), em nota à imprensa, Davidson esclareceu que falava apenas da dificuldade de o mesmo partido ocupar duas das três posições da chapa majoritária. “Em momento nenhum foi falado da impossibilidade de candidaturas. É bom deixar claro que quem atribui essa afirmativa a mim ou ao PCdoB tem o objetivo claro de criar intriga, pois temos nas relações políticas com o senador Jaques Wagner um grande apreço”.

Na mesma nota, Davidson afirmou que o PCdoB não participou de nenhum articulação sobre a majoritária na Bahia.

Projeto foi aprovado hoje em sessão semipresencial || Foto Edilson Rodrigues/Agência Senado
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Segue para sanção projeto, do senador Cid Gomes (PDT-CE), que regulamenta a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre vendas de produtos e prestação de serviços a consumidor final localizado em outro estado. O Senado aprovou nesta segunda-feira (20) um substitutivo da Câmara dos Deputados ao Projeto de Lei Complementar (PLP) 32/21. Foram 70 votos favoráveis e nenhum contrário.

A proposta, que altera a Lei Kandir (Lei Complementar 87, de 1996), procura evitar falta de regulamentação a partir de 2022 em razão de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de fevereiro deste ano, que considerou inconstitucionais várias cláusulas do Convênio 93/15, do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que reúne todos os secretários estaduais de Fazenda.

Esse convênio regulamentou o pagamento do ICMS nas operações interestaduais de bens e serviços segundo as regras da Emenda Constitucional 87/15, mas o STF entendeu que é necessária lei complementar para disciplinar, em âmbito nacional, a cobrança do diferencial de alíquota do ICMS exigida pelos estados.

O relator no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), recomendou a aprovação do substitutivo com ajustes de redação. Ele destacou que a aprovação do projeto garante o cumprimento do que já está determinado na Constituição e já vem sendo adotado pelos estados, mas que ficaria sem previsão legal a partir de 2022.

— Não há perda para ninguém. Era necessária esta lei complementar para a continuidade da cobrança — apontou Wagner.

O projeto já havia sido aprovado pelo Senado em agosto, quando o senador Cid Gomes destacou que o ajuste não implica aumento de impostos para o consumidor. Na sessão desta segunda-feira (20), ele agradeceu ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por ter convocado a sessão e reforçou que as regras atuais se encerram em 31 de dezembro caso uma lei complementar não fosse aprovada.

— Os estados que enviam a mercadoria ficam com um percentual e o estado que recebe fica com outro. Apresentamos o projeto a pedido do Confaz — ressaltou Cid.