Senai recuperou mais de 200 respiradores na Bahia || Foto Seplan-BA
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O Senai aparece em oitavo lugar na lista com as 100 maiores empresas em doações no esforço contra a Covid-19 no Brasil. Iniciativas vão do conserto de respiradores à fabricação de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e ao financiamento da inovação

O Senai está entre os maiores doadores do Brasil no combate ao novo coronavírus. A instituição aparece em oitavo lugar na lista da revista Forbes com as 100 maiores empresas doadoras do país. Essa rede de solidariedade já disponibilizou mais de R$ 5,4 bi na luta contra a Covid-19.

No caso do Senai, a matéria cita a mobilização feita junto ao setor industrial, com R$ 63 milhões destinados ao combate ao vírus. A rede coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Senai mobilizou 380 indústrias de diversos portes, entidades representativas setoriais e as federações estaduais das indústrias.

Atualmente, o apoio do setor industrial contra o novo coronavírus já passa dos R$ 336 mi. São ações que vão do conserto de respiradores mecânicos à produção de testes rápidos e à doação de insumos essenciais ao sistema de saúde e seus profissionais.

Conheça as 10 maiores doadoras, segundo a lista da Forbes

1º – Itaú Unibanco: R$ 1 bilhão
2º – Vale: R$ 500 milhões
3º – JBS: R$ 400 milhões
4º – Ambev: R$ 110 milhões
5º – Rede D’Or: R$ 110 milhões
6º – Bradesco: R$ 99 milhoes
7º – Caoa Chery: R$ 74 milhões
8º – SENAI: R$ 63 milhões
9º – Nestlé: R$ 55 milhões
10º – BRF: R$ 50 milhões

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Câmara pode livrar Temer de investigação amanhã.
Câmara pode livrar Temer de investigação amanhã.

Da Agência Brasil

Com as atenções voltadas para a votação sobre a admissibilidade do processo contra o presidente Michel Temer, senadores e deputados voltam ao trabalho nesta terça-feira (1º), após duas semanas de recesso.

Pelo calendário estabelecido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, hoje, no primeiro dia de trabalho, o parecer da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), contrário ao prosseguimento da denúncia, será lido em plenário às 14h. Amanhã (2), o parecer deverá ser votado pelos 513 deputados.

ACUSAÇÃO

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusa Temer de corrupção passiva com base em gravações e na delação dos donos do grupo J&F, que controla o frigorífico JBS. O empresário Joesley Batista gravou uma conversa com o presidente, em março, no Palácio do Jaburu, que gerou a denúncia.

O presidente nega ter cometido ilegalidades e sua defesa deve repetir os argumentos apresentados à CCJ de que não há provas e que a denúncia se baseia em ilações dos procuradores.

VOTAÇÃO

Nesta quarta-feira (2), a votação só será aberta quando pelo menos 342 dos 513 deputados registrarem presença em plenário. Rodrigo Maia decidiu adotar esse critério para evitar questionamentos futuros na Justiça.

A exemplo do que aconteceu no impeachment da presidente Dilma Rousseff, a votação será nominal e aberta (no microfone). Para que a acusação da PGR siga adiante, são necessários 342 votos contrários ao parecer da CCJ que livra Temer da denúncia.

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Geddel teria discutido Caixa 2 com a JBS || Foto Valter Campanário / ABr
Geddel teria discutido Caixa 2 com a JBS || Foto Valter Campanário / ABr

A colunista Mônica Bergamo revela, na edição desta quarta (26), da Folha, uma nova acusação contra o ex-ministro e ex-deputado federal Geddel Vieira Lima. O ex-ministro teria discutido anistia ao Caixa 2 com um dos executivos da JBS. A conversa, segundo delação, se deu com o diretor jurídico da empresa, Francisco de Assis e Silva.

O executivo diz ter discutido com Geddel, em Brasília, várias vezes sobre o assunto. Afirma, ainda, que Geddel entregou a ele rascunho de projeto de lei prevendo a anistia. Pela proposta do ex-ministro, conforme revelado pela coluna, o Caixa 2 seria tratado somente como crime tributário, não cabendo pena, caso confessado, beneficiando centenas de políticos.

O ex-secretário de Governo de Temer foi dos primeiros políticos brasileiros a defender anistia à prática de Caixa 2 na política. Ainda informa a colunista a existência de anexo exclusivo, no âmbito da Lava Jato, para tratar apenas dos supostos crimes de corrupção atribuídos ao peemedebista baiano.

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Temer prepara reação contra JBS, Janot e Fachin.
Temer prepara reação contra JBS, Janot e Fachin (Reprodução SBT).

– Presidente quer falência e prisão de donos da JBS

– Planalto já prepara dossiê contra ministro do STF

Tales Farias, do Poder 360

O presidente da República liberou seus auxiliares a buscar munição para reagir com vigor ao FriboiGate. São 3 as frentes de ataque planejadas por Michel Temer:

  • – Os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS;
  • – O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal);
  • – O procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

ÓDIO MAIOR: IRMÃOS BATISTAS
Segundo aliados do presidente, a ordem é atacar e tentar dizimar a JBS em todas as frentes: na Receita Federal, na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), no INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) e na Justiça.

A ideia é provar desde apropriação indébita dos descontos do INSS de seus funcionários até a especulação na bolsa de valores e no mercado de câmbio. E o que mais vier a aparecer na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da JBS/BNDES, que a bancada governista promove no Congresso.

A meta, afirmaram ao Poder360 3 dos congressistas que estiveram com o presidente nos últimos dias, é falir a empresa e prender os donos.

Fachin é alvo de dossiê do governo, segundo Poder360.
Fachin é alvo de dossiê do governo, segundo Poder360.

DOSSIÊ FACHIN
Os aliados de Michel Temer dizem que o Planalto prepara 1 dossiê sobre o ministro do STF. Além de seus contatos com o executivo da JBS Ricardo Saud, 1 dos delatores do caso FriboiGate, os governistas acreditam que há outras ligações de Edson Fachin com a empresa.

Também fazem 1 levantamento detalhado de suas decisões na Lava Jato que acreditam contrariar as atitudes tomadas no caso da delação dos irmãos Batistas.

O objetivo final do Planalto é obter dados suficientes para engordar 1 pedido formal ao STF de suspeição do ministro em relação à delação da JBS. Atualmente, Fachin é o responsável pelo processo na Corte.

Janot entra na mira do presidente (Foto Ag. Brasil).
Janot entra na mira do presidente (Foto Ag. Brasil).

RODRIGO JANOT E MINISTÉRIO PÚBLICO
Temer está decidido a não nomear para procurador-geral, em setembro, nenhum dos concorrentes que seja minimamente ligado ao atual chefe da PGR (Procuradoria Geral da República).

A ordem é também promover todo tipo de retaliação contra o Ministério Público no Congresso. Desenterrar, por exemplo, a PEC 37, que limita o poder de investigação do MP, fortalecendo os delegados de polícia. Também retomar o projeto de criminalização do abuso de autoridade, entre outros.

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Pleno da OAB aprova pedido de impeachment de Temer (Foto OAB Brasil)
Pleno da OAB aprova pedido de impeachment de Temer (Foto OAB Brasil)

Por 25 votos a 1, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aprovou relatório que recomenda à entidade ingressar com pedido de impeachment do presidente da República, Michel Temer (PMDB). A decisão foi tomada durante reunião do Conselho Pleno e anunciada ao final da noite deste sábado (20). Apenas a OAB do Acre não participou.

De acordo com a entidade, o pedido contra o presidente da República deverá ser protocolado nos próximos dias na Câmara dos Deputados. “Estamos a pedir o impeachment de mais um presidente da República, o segundo em uma gestão de 1 ano e 4 meses. Tenho honra e orgulho de estar nessa entidade e ver a OAB cumprindo seu papel, mesmo que com tristeza, porque atuamos em defesa do cidadão, pelo cidadão e em respeito ao cidadão. Esta é a OAB que tem sua história confundida com a democracia brasileira e mais uma vez cumprimos nosso papel”, disse o presidente da Ordem, Cláudio Lamachia.

Os conselheiros votaram relatório de comissão especial da OAB. O relatório aponta várias falhas cometidas por Temer no encontro com um dos donos da JBS, Joesley Batista, dentre elas “não informar às autoridades competentes a admissão de crime” por parte do empresário. Também, aponta a OAB, o presidente da República faltou com o decoro exigido do cargo ao se encontrar com o empresário sem registro da agenda e prometido agir em favor de interesses particulares.

O parecer da comissão foi lido pelo relator da comissão, Flávio Pansieri, que teve como colegas de colegiado Ary Raghiant Neto, Delosmar Domingos de Mendonça Júnior, Márcia Melaré e Daniel Jacob. O presidente da OAB explicou ainda que somente convocou a reunião extraordinária após ter acesso aos autos do processo que investiga o presidente da República, Michel Temer, no Supremo Tribunal Federal.

– Assim como fizemos ao analisar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, afirmei que não convocaria sessão baseado apenas em notícias de jornais e fiz o mesmo desta vez: só o faria com dados formais e oficiais do processo”, afirmou, lembrando que, como da outra vez, o presidente da República pôde se defender no Plenário. “Uma demonstração de que priorizamos a democracia e a independência, não criando situações díspares – afirmou Lamachia.

Os conselheiros federais se revezaram ao microfone para denunciar a atitude do presidente da República, Michel Temer. Foi execrado o encontro do mandatário da República com um empresário investigado em mais de 5 operações da Polícia Federal e o conteúdo dos diálogos travados.

Os advogados concluíram que, ao não denunciar Joesley após ele admitir ter corrompido dois juízes e um procurador, Temer faltou com o decoro e feriu a Lei do Servidor Público. Também teria agido em favor dos interesses pessoais de Joesley em detrimento do interesse público.

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images (1)Apostando em um futuro bom relacionamento com prováveis candidatos que fossem eleitos em 2014, a J&F (holding controladora do grupo JBS) destinou mais de R$ 500 milhões para ajudar a eleger governadores, deputados estaduais, federais e senadores de todo o país, segundo os delatores.  Em um dos depoimentos que prestou ao Ministério Público Federal (MPF), com quem firmou acordo de delação premiada já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o diretor de Relações Institucionais e Governo da J&F, Ricardo Saud, entregou um levantamento detalhado em que aponta todos os candidatos financiados pela empresa.

De acordo com Saud, o total em dinheiro repassado por meio de “pagamentos dissimulados” alimentou as campanhas de 1.829 candidatos. Destes, 179 se elegeram deputados estaduais em 23 unidades da federação e 167, deputados federais por 19 partidos.

O delator não deixa claro quais pagamentos foram feitos via caixa 2 e quais foram doações oficiais. No depoimento, divulgado após a retirada do sigilo da delação, ele dá a entender que os valores citados se referem apenas às campanhas de 2014. Em outro depoimento, o dono da JBS, Joesley Batista, também afirmou que a maioria das doações feitas pela empresa tratava-se de propina disfarçada por contrapartidas recebidas.

“Doamos propina a 28 partidos”, contou Saud, admitindo que os mais de R$ 500 milhões destinados a agentes públicos para as eleições de 2014 formavam um “reservatório de boa vontade”. “Era para que eles não atrapalhassem a gente”, afirmou.

O delator cita ainda que foram distribuídas “propina para 16 governadores eleitos e para 28 candidatos ao Senado que disputavam a eleição, a reeleição ou a eleição para governador”, acrescentou. Segundo ele, os governadores eleitos pertenciam ao PMDB (4), PSDB (4), PT (3), PSB (3), PP (1) e PSD (1).

Ao entregar a documentação aos procuradores, Saud enfatizou a importância do “estudo” que fez por sua própria conta. “Acho que, no futuro, isso aqui vai servir. Aqui estão todas as pessoas que direta ou indiretamente receberam propina da gente.” Os documentos liberados pelo STF não trazem a lista de todos os nomes que fariam parte deste levantamento aponta por Saud.

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Durante pronunciamento feito nesta tarde, o presidente Michel Temer negou suposta renúncia ao cargo. O peemedebista foi flagrado em gravações de um dos donos da JBS.

– Não renunciarei. Repito: não renunciarei. Sei o que fiz e sei a correção dos meus atos. Exijo investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro – disse ele.

Antes do pronunciamento, a renúncia era cogitada nos meios políticos e jornalísticos. Sobre a suposta decisão, teria conversado com ministros e acompanharia a redação da saída, segundo o jornalista e blogueiro Ricardo Noblat, d´O Globo. Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, teria sido avisado, conforme o blogueiro.

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TEMER É FLAGRADO DANDO AVAL PARA
COMPRAR SILÊNCIO DE EDUARDO CUNHA

“TEM QUE MANTER ISSO, VIU?”, ORDENOU

Temer é flagrado ordenado compra de silêncio de Cunha (Foto Antonio Cruz/Agência Brasil).
Temer é flagrado ordenado compra de silêncio de Cunha (Foto Antonio Cruz/Agência Brasil).

O conteúdo bombástico de uma gravação pode resultar no impeachment do presidente da República, o peemedebista Michel Temer. De acordo com revelação d´O Globo, Temer deu aval para que o Grupo JBS mantivesse pagamento de propina para compra de silêncio do ex-deputado e presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Lúcio Funaro. A Polícia Federal filmou pelo menos uma das entregas, no valor de R$ 400 mil, a uma irmã de Funaro, de prenome Roberta.

O diálogo em que Temer diz que a JBS tem que irrigar os bolsos de Cunha e Funaro para que estes se mantivessem em silêncio foi gravado por Joesley Batista. O diálogo foi gravado no final da noite do dia 7 de março, no Palácio do Jaburu, residência oficial dos vices-presidentes da República. Temer era vice, quando ascendeu ao poder após a queda de Dilma. Saiu do Jaburu, mas para lá voltou.

O conteúdo das gravações reveladas pelo jornal carioca foi confirmado à imprensa por investigadores envolvidos nestas “ações controladas”. Confira o furo clicando aqui.

AÉCIO FLAGRADO

A operação também resultou em gravações nas quais o senador Aécio Neves (PSDB-MG) é flagrado pedindo R$ 2 milhões à JBS. Segundo ele, era dinheiro para pagar a sua defesa na Operação Lava Jato. O dinheiro, marcado, foi entregue a ele em mochilas com chips e dinheiro ‘marcado’. Descobriu-se que a grana não pagaria advogados, mas era para um antigo amigo de Aécio, o polêmico Zezé Perrela, também senador mineiro, e do PMDB.

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marco wense1Marco Wense

Ainda tem o deboche do PMDB, legenda de Michel Temer. Em postagem oficial atemoriza: “se a reforma não sair, tchau, Bolsa Família”. Esse tchau é de uma frieza, de uma insensibilidade absurda, inaceitável.

 

Já disse aqui que a Reforma da Previdência é importante e imprescindível, mas não pode ser feita dando chicotada nas costas dos mais fracos.

Por que não vão atrás dos “Tarzans” da economia que devem horrores ao sistema previdenciário? A reforma do governo ignora R$ 426 bilhões devidos por empresas ao INSS. Entre os maiores devedores, estão o Bradesco, CEF, Marfrig, JBS e a Vale.

Como essas empresas contribuem com as campanhas eleitorais, fica o dito pelo não dito. Quem tem que tapar o rombo deixado pelos ricos são os pobres.

Como não bastasse a diabólica ameaça de acabar com o Bolsa Família, vem o Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, e diz que “sem a Reforma da Previdência, a carga tributária vai aumentar”.

E mais: ainda tem o deboche do PMDB, legenda de Michel Temer. Em postagem oficial atemoriza: “se a reforma não sair, tchau, Bolsa Família”. Esse tchau é de uma frieza, de uma insensibilidade absurda, inaceitável.

Só falta agora uma ameaça, digamos, futebolística, de que a seleção brasileira, mesmo passando pelas eliminatórias, não vai disputar a próxima copa do mundo.

A sorte desse pessoal, desses governantes, incluindo aí governadores e prefeitos, desses parlamentares – senador, deputados federal e estadual e vereadores – é que o povo brasileiro, além de ser acomodado, é fácil de ser tapeado, enganado pela velha política do “pão e do circo”.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.