Tempo de leitura: 1 minuto

Adab liberou carne que, segundo MP, deveria ser incinerada (Foto Costa Filho).

O promotor Yuri Lopes negou que o Ministério Público seja “tolerante” às condições precárias de abate e transporte de carne em Itabuna, alegação ontem usada por uma veterinária da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), para liberar 2,2 mil quilos de carne apreendidos pela Polícia Rodoviária Estadual (PRE). “A polícia está de parabéns. A carne deveria ser incinerada e de modo algum destinada ao consumo”, afirmou ao PIMENTA.
A promotoria move ação civil pública requerendo a interdição do matadouro local. A Justiça determinou nova perícia para verificar a situação sanitária do referido matadouro. A perícia deve ser feita pela Adab.
O promotor afirmou que custa a acreditar que a Adab tenha liberado a carne sob alegação de tolerância por parte do MP.
Yuri Lopes explicou que a fiscalização do transporte intermunicipal de carne é de competência da agência de defesa agropecuária, enquanto a vigilância sanitária local é responsável pela fiscalização da venda da carne no município.
– Ambas devem ser realizadas independentemente de qualquer solicitação do Ministério Público. Até porque estas instituições existem para atender esta finalidade e, por isso, ambas possuem fiscais – observa.
Lopes diz ser um “equívoco” atribuir ao Ministério Público a tarefa de fiscalizar o transporte e venda de carne. “Na verdade, a atuação do MP ocorre justamente porque os órgãos de vigilância sanitária não cumprem sua tarefa primordial”.