Bem interessante a carta da direção nacional do PMDB, que convida os dois melhores quadros do partido – os senadores Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos – a bater em retirada, por conta das críticas que vêm fazendo às “orgias” com o dinheiro público promovidas pelo presidente da casa, José Sarney.
Ao pretender livrar-se daqueles que prestam, o PMDB emite para a sociedade um sinal claro de que opta pela corrupção e abona todos os atos secretos e imorais de Sarney à frente do Senado.
E o partido ainda diz que, sem Vasconcelos e Simon, vai ficar mais “coeso e musculoso”. Só faltou acrescentar que a liga dessa coesão é o fisiologismo e a musculatura é fruto de anos e anos sugando as tetas de uma generosa, mas já exaurida, “vaca leiteira”.
Ao PMDB, os parabéns por finalmente revelar-se sem sutilezas como um partido feito sob medida para políticos do tipo de Sarney e terreno inóspito para os que pregam um mínimo de decência na política. A carta aberta, assinada por Michel Temer e pela presidente em exercício da legenda, Íris Araújo, diz tudo.
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Parabéns ao pessoal do Pimenta pela reportagem. Ao que parece agora o PMDB está se definindo como partido. O importante para a democracia é que os partidos tenham um identidade, quer gostemos ou não da ideologia. Esses homens que o PMDB está querendo ver longe do partido já não cabem dentro da lata de lixo que se transformou a legenda. Que eles saiam e fundem outro partido, para o bem do PMDB e principalmente para o bem do Brasil
No Brasil, levar vantagem em tudop virou virtude. Quem opta pela honestidade e ética é taxado de otário. O PMDB acaba de institucionalizar de uma vez por todas essa marca (infelizmente) registrada do País.
Os dois,são tão pilantra quanto os outros.
Sempre quando surgem denúncias de corrupção, logo aparecem dois grupos: as vestais, os varões de Catão, as puras e imaculadas, erigindo seus dedos e bradando por Justiça; de outro aqueles com seus discursos de lógica permissiva, ” todo mundo faz”. O Simon que lá no Senado urge pela saída de Sarney, é o mesmo que apóia o governo enlameado e soçobrante da Yeda Crusius. O tal do Jarbas foi o mesmo que disse estar sendo grampeado por colegas de partido em reportagem para a Veja, mas na hora que foi convidado a depor na CPI dos grampos, avisou pra “deixar pra lá” e que também não iria cobrar providências do Senado, além de ser um aliado do governador inescrupuloso José Serra. Como diria o saudoso Bezerra da Silva: “se gritar pega ladrão não fica um, meu irmão”.
Quem no Brasil não conhece Sarney? Quem na imprensa brasileira não conhecia as maracutais do sr. Sarney? É bom lembrar que durante muito tempo Sarney teve o apoio de quem hoje o denuncia. A midia brasileira nunca queixou-se de Sarney quando ele apoiava FHC. Bastou ele se colocar contra a candidatura Serra, para a imprensa brasileira “descobrir” que Sarney é um grande corrupto.
Quanto a Simom e Jarbas, só quem não os conhece é quem os compra. Como bem disse o Diego, o governo do Rio Grande tá mergulhado em corrupção e o sr. Simom não abre a boca. Aliás, abre sim, para defender o governo da Yeda.