A interdição do matadouro municipal de Itamaraju, há dois meses, tem resultado em ameaças ao secretário de Governo, o advogado Luciano Reis Porto. A acusação recai sobre Paulo Teixeira Fernandes, ex-administrador do matadouro fechado após sindicância administrativa.
A ameaça de Fernandes foi por telefone. Luciano ainda recebeu carta anônima alertando o secretário para que se cuidasse. Ao secretário, restou prestar queixa na polícia. “Qualquer ameaça que me aconteça, as autoridades já sabem a quem me responsabilizar”.
A gestão do matadouro era feita por uma empresa privada, a Liberdade, que explorava a concessão havia três anos. O secretário afirmou ao Pimenta que o governo fez apenas seguir o que sugeriu a sindicância: “interdição do matadouro e rescisão imediato do contrato com a Liberdade”.
A concessão valia por 20 anos, mas a empresa quebrou várias cláusulas contratuais e não vinha cumprindo com as suas obrigações. A Liberdade até terceirizou a gestão do matadouro, o que não era permitido pelo contrato.
Para agravar a situação, a empresa apenas investiu em parte de maquinário, e operava sem atenção a exigências ambientais e sanitárias. O secretário disse estranhar a posição de Teixeira Fernandes, um simples funcionário da empresa que explorava o matadouro.
